
Passando pela zona do Parque Lumpini onde está o acampamento vermelho nota-se que este engrossou desde ontem á noite e também em relação à manhã de ontem. Uma novidade é o facto da entrada da avenida Rajadamri estar neste momento totalmente vedada com blocos de cimento (?). Na ponta oposta, perto do meu escritório, a UDD criou uma espécie de barricada com lanças de bambu pontiagudas. Os militares usam arame farpado e os vermelhos lanças pontiagudas. Alguém vai magoar-se. Os discursos, que ouço bem alto da outra ponta do parque, são bastante mais acalorados agora.
A UDD anunciou que se estão a preparar para um eventual assalto dos militares e preocupam-se pelo facto de eles estarem a ocupar o Christian Hospital em Silom, onde creem que as eventuais vítimas podem ser tratadas, sem olharem que eles próprios estão a, quase que, ocupar o Chulalongkorn Hospital bem no centro do acampamento. A UDD anunciou também um reforço da posição em Rajaprasong onde esparem cerca de 150.000 manifestantes hojé á noite.
O Coronel Sansern acaba de afirmar, mais uma vez, no seu encontro matinal com a imprensa que o exército está pronto a usar a força se necessário, mas que primeiro tentarão métodos pacíficos para desalojar os manifestantes. O Coronel disse haver na zona de Lumpini 6.500 manifestantes.
Mais um dia de tensão pela frente onde uma pequena faísca pode criara um grande incêndio.
Entretanto dois membros do governo já vieram a terreiro para dizer que é inapropriado o pedido de audiência ao Rei feito pelo General Chavalit, pois Sua Majestade não deve ser envolvida nas questões políticas. A Constituição em vigor desde 19 de Agosto de 2007 diz no seu artº 2 que o Rei é o Chefe do Estado e no artº 10 que é o Comandante Supremo das Forças Armadas.
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