sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mediação

Dr. Surin Pitswan, o Secretário-geral da ASEAN, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros da Tailândia, falou à imprensa em Singapura, onde se encontra para participar na cimeira da APEC e na Cimeira da ASEAN+US, sobre a crise que se encontra instalada entre dois dos membros da organização, Tailândia e Camboja, mostrando grande apreensão pelo momento que se vive e afirmando que todos os líderes da Associação estavam empenhados em encontrar uma solução para o conflito durante os trabalhos deste fim-de-semana.
Este fim-de-semana, em Singapura, abre-se uma janela de oportunidade para fazer com que as duas partes baixem o teor das suas declarações e temos que a aproveitar, afirmou o Secretário-Geral.

A ASEAN tem, na sua Carta Constitucional, em vigor há pouco menos de 1 ano, uma clausulo em que se afirma o principio de não interferência nos assuntos internos dos estados membros, Ao contrario da União Europeia a ASEAN ainda não tem mecanismos comuns nem áreas onde a soberania individual foi alienada a favor do colectivo, embora se prepara para implementar, a partir de 2015, a Comunidade Económica embora ainda não estejam claramente definidos os contornos desse pilar da ASEAN.

O MNE cambojano mostrou-se disponível para aceitar qualquer mediação “desde que a Tailândia também aceite” mas Abhisit, hoje à saída de uma reunião do Conselho nacional de Segurança disse que os problemas entre os dois países são assuntos bi-laterais e portanto não deveriam ser discutidos durante o fim-de-semana.

O S-G da ASEAN mostrava-se particularmente preocupado com a imagem que a organização está a dar ao Mundo, com o seu Presidente envolvido numa disputa ,com já fortes consequências diplomáticas, com outro membro, no momento em que pela primeira vez vai ser realizada a Cimeira com os Estados Unidos que estará representado pelo Presidente Obama.

Apesar das reticências de Abhisit pode ser que o bom senso acabe por impor-se e as duas partes encontrem uma plataforma comum onde possam começar a caminhar em conjunto no sentido de resolver as divergências à mesa das negociações.

Ontem para ainda assanhar mais as relações e depois de o Camboja ter declarado persona non grata o segundo secretário da Embaixada tailandesa em Phnom Penh, Bangkok retaliou com a expulsão de um diplomata ao serviço na capital tailandesa. Asiim vai de resposta em resposta o conflicto.

Dr. Surin conhece bem estes corredores e sabe que é necessário parar e acabar com esta espiral que a nada leva e daí a sua iniciativa, um pouco fora do comum na Associação mas que se resultar lhe dará a ele e ao próprio secretariado um forte impulso positivo.

O Bom Exemplo


Os militares dos dois países acabam de dar uma lição de bom serviço.

Anunciaram que foi estabelecida uma linha telefónica directa entre os dois Ministros da Defesa de modo a que possam manter um salutar e aberto contacto a qualquer momento de modo a evitar qualquer possível mal entendimento e acordaram, igualmente, realizar no próximo dia 21 um encontro de futebol entre militares dos dois lados em princípio num local na fronteira.

Uma jornalista que trabalha fundamentalmente junto das forças armadas disse-me que os militares continuam em permanente e amigável contacto e que consideravam que o que se está a passar é um problema que compete ao governo resolver e não a eles.

O único receio é que com os ânimos quentes qualquer pequeno incidente possa levar um soldado, de qualquer dos lados, a disparar uma arma o que gerará por certo confusão, daí esta iniciativa de criar a hot-line para estarem sempre em comunicação.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Conferência de Imprensa de Hun Sen


O PM Cambojano deu ontem uma conferência de imprensa, ao lado de Thaksin Shinawatra, onde ultrapassa todas as barreiras do que é diplomacia.

Começa por dizer que o problema que existe entre os dois países é um problema pessoal entre ele e Abhisit e que este último sabe muito bem do que se trata, e que enquanto Abhisit ainda andava a brincar como uma criança, que o era na altura, ele (Hun Sen) já andava na política.

Continua afirmando: Se quer fechar a fronteira, que feche. Nós, cambojanos sabemos muito bem se queremos produtos tailandeses onde os ir buscar e não necessitamos das fronteiras para nada. Para além disso fechar as fronteiras afecta mais os negócios tailandeses do que os nossos visto no ano passado termos comprado 2 mil milhões de US$ e vendido somente 90 milhões.

Para mim, diz Hun Sen, quem está a fazer um grande drama é Abhisit pois foi ele que cancelou um MoU validamente assinado entre dois países (referência ao Memorando de Interesses sobre a exploração das plataformas petrolíferas no Golfo da Tailândia), perguntando como é que a comunidade internacional vai sentir-se ao assinar um qualquer contracto com a Tailândia se sabe que depois eles o podem rasgar. Nós sempre negociamos com a Tailândia em boa fé mas quando acabamos de assinar qualquer acordo eles apagam com os pés, afirma Hun Sen.

Diz ter tudo explicado durante a cimeira em Hun Sen, sobre a nomeação de Thaksin como conselheiro económico tal e qual o tinha antes feito com o actual PM Coreano, Lee, e com Australianos.

Escala o tom acusando Abhisit de ser uma marioneta nas mãos de Thaksin pois cada vez que se fala deste o PM reage sem direcção e simplesmente por razões pessoais e nunca pensando nos interesses do seu povo e do seu país. Podem os tailandeses suportar um líder como este? Pode a ASEAN ter um presidente como este? São duas perguntas das mais insultuosas que faz. Nós (refere a ASEAN) um dia seremos um só mercado, teremos uma só moeda (referência ao modelo europeu) mas quem em vez de querer construir quer destruir é o Presidente da ASEAN, a Tailândia.

Quando acusa o Camboja de ter roubado território à Tailândia o melhor é ler a história e verá quem são os agressores, volta á carga Hun Sen.

Pergunta depois se todo o problema é por o Rei do Camboja ter nomeado Thaksin conselheiro do Governo. Se é assim então voltemos tudo para trás inclusive o golpe de estado de 2006 em que aquele foi retirado de um lugar para o qual tinha sido democraticamente eleito. De que é que Abhisit tem medo? Eu sou PM neste país porque recebi 2/3 dos votos do meu povo. Quantos votos Abhisit recebeu (note-se que o partido Democrata tem só 1/3 dos Deputados no Parlamento)? A nomeação de Thaksin não tem nada a ver com a Tailândia. Ele é meu amigo e amigo não trai amigo.

Abhisit está envolvido em todo o tipo de problemas. Pode morrer devido ao stress que isso lhe causa. Tem problemas com todos os seus vizinhos (Abhisit ainda não visitou nenhum deles o que é tido como uma das grandes falhas da Diplomacia tailandesa em ano de presidência da ASEAN), e para além disso tem problemas com os amarelos, com os vermelhos, os azuis e os verdes.

Que tipo de respeito é que a Tailândia merece para o Camboja (se a tradução para inglês está correcta esta é muito forte pois Hun Sem não refere Abhisit mas Tailândia e portanto torna-se numa forte acusação contra o país). Não há nada no sistema judicial tailandês que deveremos respeitar. No passado davam guarida aos Khmer Rouges quando eles atacavam e destruíam o meu povo e o meu país.
A acrescentar ao que fica relatado, hoje o Governo do Camboja recusou o pedido de extradição apresentado pelo Encarregado de Negócios em Phnom Penh, e mais tarde declarou esse mesmo diplomata persona non grata dando-lhe 48 horas para abandonar o país.

Pergunta-se agora. Qual a resposta? Qual é o jogo de Hun Sen (e de Thaksin)? Apostarem na fragilidade de Abhisit e fazer cair o governo? Mas entretanto Abhisit subiu estrondosamente nas sondagens já que o povo tailandês não tolera tamanha arrogância (para ser simpático) vinda do outro lado da fronteira.

Há quem diga que tudo isto é uma estratégia para fazer Abhisit querer que está forte e pode dissolver o Parlamento e convocar eleições sabendo (ou crendo) que essas serão sempre ganhas pelo Puea Thai. Até pode ser verdade mas é tremendamente arriscada e custosa, mas Hun Sen, como ele diz já anda nisto há muitos anos e não vai ser agora que muda e se torna um líder com contornos democráticos.

Os próximos dias (horas) vão ser cruciais para entender o rumo deste destroyer sem comando.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

PAD no seu pior

Hoje o jornal Manager, propriedade do líder do PAD, Sondhi L. trazia um artigo sobre as disputas actuais entre a Tailãndia e o Camboja, Como é natural o artigo atacava Thaksin Shinawatra e Hun Sen, apelidando o primeiro de traidor à pátria.

Nada de mais. É essa a linha do PAD e portanto é natural esses ataques. O Manager não é um jornal independente é um jornal que defende uma linha política, o que do meu ponto de vista é salutar especialmente se se comparar com outros que se dizem independentes e depois estão totalmente viciados nas suas opiniões.

Aprecio, portanto, mais o Manager do que, por exemplo, The Nation, embora na maíoria das vezes não esteja de acordo com as opiniões lá emitidas por as achar demasiadamente extremistas. Nunca fui adepto de fundamentalismos sejam eles de que quadrante forem.

Hoje porém o Manager ultrpassou o risco do admíssivel.

Esse artigo tinha, na sua versão on-line, variados comentários de leitores e uma das obrigações do jornal, quando autoriza a publicação dos comentários é ver se eles estão ou não dentro da sua linha editorial.

Acontece que um dos comentaristas afirmava, qual membro da Al-Qaeda, o seguinte: "Estou pronto para matar toda a família Shinawatra", ao que infelizmente outros adicionaram alguns comentários de apoio nomeadamente dizendo "os verdadeiros tailandeses estão prontos a tudo".

Pior do que esses comentários foi que no espaço de uma hora 327 pessoas apoiaram aquela afirmação.

Um péssimo trabalho jornalístico, um péssimo trabalho a favor do país, um péssimo trabalho a favor da paz que se necessita.

É legítimo condenar Thaksin, merece-o, mas apelar a e apoiar uma "Jihad" nunca é a solução.

É bom que o PAD e os seus líderes não se esqueçam, como muito bem dizia hoje um dos mais respeitados Professores da Universidade de Chulalongkor, que existem muitas culpas daqui deste lado da fronteira nesta guerra absurda.

O MNE Kasit foi o primeiro a repetidamente atacar o PM Hun Sen com todas as palavras inclusíve chmando-o criminoso; o PAD recentemente entrou pelo "Templo da Disputa" atacando as populações locais que os querim ver fora dali, causando feridos entre os seus compatriotas; por último o governo de Abhisit, apoiado pelo PAD, autorizou que o líder da oposição Cambojana, Sam Rainsy, fizesse um comício em sólo tailandês atacando Hun Sen.

Como diz o provérbio:

Se de um lado venta, do outro chove.

Citações

É sabido que em política não há amigos. Existem companheiros ou camaradas, consoante a área política, mas essa qualificação é sempre ocasional e tem a ver com o momento em que qualquer táctica aproxima ou afasta as personagens.

Temos bastantes exemplos disso em Portugal, em todos os quadrantes políticos, quando se vê encontros ad-hoc sempre no “interesse da Nação”, em que os figurantes (alguns dirão figurões), mudam de casaco com grande facilidade tal qual como numa passagem de modelos.

Também aqui na Tailândia isso acontece e lembrei-me disso a propósito da calorosa recepção que o líder do país vizinho, Hun Sen, fez ao seu “eterno e fiel amigo” Thaksin Shinawatra.

Em 2003 a Embaixada da Tailândia em Phnom Penh foi incendiada pelos cambojanos depois de uma actriz tailandesa ter feito declarações consideras provocatórias acerca de territórios que no entender dela tinham sido roubados à Tailândia pelo Camboja. Nessa altura Thaksin, então Primeiro-Ministro, deste lado, ameaçou enviar forças especiais para a capital cambojana para matar os criminosos e houve uma troca de palavras, através dos meios de comunicação social, bastante quente entre ele e Hun Sen. Os grandes amores por vezes têm os seus momentos de raiva e nalguns dos casos acabam em divórcio. Mais tarde se verá até que ponto quer Hun Sem quer Thaksin podem confiar um no outro. Uma das citações que muitas vezes se ouve é a de que os nossos piores inimigos são os nossos amigos.

Que o diga Abhisit que anda a governar numa gaiola cheia de cobras escorregadias.

Mas recordemos outras interessantes citações ditas em tempos aqui na Tailândia:

Sondhi Limthongkul, co-líder do PAD e agora Presidente do Parido da Nova Política e inimigo mortal (?) de Thaksin “ Thaksin é o melhor Primeiro-Ministro que a Tailândia já teve”, em 2004.

General Chamlong Srimuang, co-líder do PAD: “Thaksin é a pessoa certa para liderar, a partir de agora, o Phlang Dharma party”, o partido que Chalong fundou nos anos 90 e de cuja liderança se afastou nesse momento. Foi o General que trouxe Thaksin para a política.

Nevin Chidchob, o líder de facto do Bhum Jai Thai party, ex braço direito de Thaksin e actualmente dedicado, segundo disse, a defender até à sua morte o Rei e a Monarquia, disse: “Choro pelo que fizeram a Thaksin”. Foi ele mesmo que após ter sido feito prisioneiro e posteriormente corrido de Bangkok (como ele disse com as calças na mão) no rescaldo do golpe de 2006, acusou o Presidente do Conselho Privado do Rei de interferências no processo.

Kasit Piromya, o actual Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês chamou a Hun Sen, por duas vezes, "criminoso" quando era um dos animadores dos palcos do PAD, mas mais tarde disse que tudo o que tinha dito antes de 22 de Dezembro, dia da tomada de posse, não era relevante. Por certo para ele pois Hun Sen não o esquece.

O único que tem razão é o “grande filósofo” português, João Pinto, ex capitão do Futebol Clube do Porto, que disse que “prognósticos só no fim do jogo”. Enorme sabedoria muito aplicável no campo político.

La Famiglia


Uma nova familia nasceu. A familia Shinawatra-Sen

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Homem que não ouve a ninguém

Thaksin Shinawatra chegou esta manhã, pelas 9.45 locais a Phnom Penh.

Nada de anormal visto ter sido nomeado há dias para assessor económico do Governo do Camboja. Como bom funcionário apresenta-se ao trabalho.

Desde o momento do anúncio por Hun Sem de que iria proceder à nomeação do seu amigo afirmando mais que não o extraditaria para a Tailândia, que a tensão entre os dois países voltou a subir, como já relatei.

No meio dessa escalada Abhisit está a jogar, com sucesso, a carta nacionalista. Começou por apelar a Thaksin para que olhasse para os interesses do seu país, para mais tarde o vir a acusar de traidor entre outros adjectivos. A discussão desceu a níveis tão baixos que o porta-voz do PM,Thepthai Senapong, declarou que Thaksin e a família deveriam ser decapitados! O facto é que Abhisit subiu nas sondagens e agora lidera com confortável margem à frente do fugitivo ex PM.

Assim, como diz hoje o Thai Rath, um jornal de língua tailandesa independente, o povo esquece que o governo actual não resolveu nenhum dos problemas no sector económico, começa a estar manchado por váriados casos de corrupção e nepotismo para além de governar à sombra de um sistema judicial que o protege. Hoje mesmo foi adiada, pela enésima vez, a decisão sobre o financiamento ilegal do Partido Democrata que a ser provada levará (mas tal nunca acontecerá) à dissolução do Partido. Recorde-se também que está quase a fazer 1 ano que o PAD, o pricipal suporte actual de Abhisit, ocupou os aeroportos da capital com os prejuízos de milhões de milhões de bath, mais do que o a totalidade do actual estímulo para a economia, segundo o Banco Central, e ninguém foi presente perante a justiça.
Para agravar as questões Thaksin concedeu uma entrevista ao Times onde faz comentários sobre a monarquia, e se bem que eles em si nada de especial representem, foi mais um prego no caixão que o espera. Todo o tipo de acusações estão a ser feitas o que o obrigou a vir acusar o jornal britânico de distorcer a verdade.

Uma nota interessante para ver como o sistema na Tailândia funciona sempre a favor do vento que sopra. Há dias foram constituídos arguidas algumas pessoas por terem reproduzido uma notícia da Bloomberg sobre a saúde do Rei. Hoje quando, inclusive membros do Governo o fazem, isso já não é uma ofensa passível de procedimento criminal. A já cansada prática dos dois pesos e duas medidas do sistema judicial.

Voltando a Thaksin, o ex PM não consegue parar para reflectir e preparar uma estratégia que seja favorável à sua causa. Thaksin quer voltar ao país, voltar ao poder. Argumenta que é um perseguido político que a condenação de que foi alvo foi politicamente motivada (o que é evidente) mas jogar o papel do separatismo em nada ajuda a sua causa.

Thaksin é conhecido por não ouvir ninguém. Só ele é que sabe, só ele é que tem a verdade. Nem mesmo no tempo em que esteve casado, e com uma mulher poderosa e inteligente, não lhe dava espaço para ouvir um conselho dela ao ponto de ela se ter cansado de seguir um homem sem rumo e sem estratégia.

O seu objectivo é ganhar o coração dos seus concidadãos, dos quais uma vasta percentagem ainda lhe presta grande vassalagem, mas não consegue largar o seu antigo hábito de ver todos os outros como os seus empregados.

Thaksin teve grande mérito em muitas questões na política tailandesa ao ponto de o presente governo replicar, passo a passo, linha a linha, muitos dos projectos que ele lançou ou mesmo alguns que estavam na gaveta ao tempo em que foi corrido pelo golpe de estado de 2006.

Um dos grandes problemas de Thaksin foi a sua atitude para com todos aqueles que eram seus “compagnons de route”, como o seu, actual, archi-inimigo, Sondhi L. Para Thaksin todos passaram de seus parceiros a seus empregados como o patrão que tudo tem e depois distribui os lucros do negócio, como e a quem quer, utilizando tal como uma forma de ir comprando serventias casuais.

Mais uma vez nesta guerra que ajudou a acender com o seu país e que Abhisit, fortemente pressionado pelo PAD, está a inflamar ao contrário do que seria desejável, Thaksin não conseguiu trabalhar nos ganhos iniciais que teve, aproveitar a precipitação do governo de Bangkok, e jogar ele a cartada do “pai do povo” como ele tão bem soube jogar no passado.

Um cão acossado é sempre mais perigoso do que um cão que tem espaço e capacidade para “pensar” e isso é o que se está a passar actualmente com Thaksin.

Deitou a perder o momento que criou e está envolvido numa guerra da qual dificilmente vai sair vencedor. Talvez lhe reste a possibilidade de renunciar à cidadania tailandesa e obter o passaporte, mais um, Cambojano.