Comemorou-se ontem em Nakhon Phatom, a Oeste da capital, o Dia Nacional da Polícia mas as comemorações de ontem tiveram uma particularidade bem demonstrativa do momento que a corporação atravessa.
Os cadetes e outros oficiais desfilaram numa parada como sempre acontece nestes dias. Para assistir à parada por norma deverão estar os oficiais de maior patente a começar pelo comando da corporação.
Com a confusão que tem havido desde o início de Agosto na guerra das polícias, como aqui já se chama, acontece que não foi ainda aprovada a lista das nomeações para os diferentes sectores.
Todos os anos, no dia 1 de Outubro, entra em vigor a lista das promoções e das novas funções para os três ramos militares e para a polícia, Todos os que atingiram os 60 anos de idade passam compulsivamente à reforma e são reorganizados os organigramas funcionais das forças de segurança preenchendo-se as vagas e procedendo-se às promoções de patente.
Este ano, e pela primeira vez na sua história de mais de 100 anos, a parada não teve na tribuna os comandos visto muitos já se terem reformado e os novos ainda não foram nomeados.
Quem presidiu foi o comandante interino, que tem mesmo esse carácter de interino pois neste momento é mais que seguro que não será o nomeado para assumir a posição depois de já ter sido derrotado, ele e Abhisit, por duas vezes. Igualmente não esteve presente, como é hábito, o membro do governo que tem o pelouro da corporação que neste caso seria o Ministro do Interior, Chaowarat e/ou eventualmente o Vice-Primeiro Ministro Suthep, encarregado das questões de segurança, e tal compreende-se visto ambos terem votado sempre contra o General Prhateep.
Uma força que se quer forte e coesa está neste momento, fruto da luta política em volta de quem tem mais poder para nomear o “seu” candidato, enfraquecida e insegura.