domingo, 18 de abril de 2010

Para Rir?

O cada vez mais famoso, já que diariamente aparece na TV, Colonel Sansern Kaewkamnerd, acaba de fazer uma declaração á imprensa que "é de gritos".

Sei bem que o Coronel não fala em inglês e portanto pode sempre dizer-se que a tradução está errada, mas afirmar que vão ser colocados, secretamente, atiradores nos edifícios altos em redor de Rajaprsong, o principal acampamento dos vermelhos, parece aquela história de contar um segredo só para você ou seja para que toda a gente saiba.

Ou bem que é secreto ou bem que é público e agora seja o que for é público.

Parece mais uma encenação grotesca como aquela da tentativa de captura de Arissaman e de outros líderes da UDD onde só faltou a polícia ligar para os telefones deles a dizer por donde deveriam fugir e quantos minutos tinham para o fazer, e que depois se deixariam prender para ser tido como reféns e dizer que falhou porque os vermelhos eram mais.

Ficamos assim todos a saber que vão ser colocados snipers nos edíficios em redor para, e aqui fica a questão. Atirar sobe os líderes da UDD? Defender os vermelhos dos famosos terroristas, embora de acordo com a teoria do governo, os "terroristas" estarem contra o governo porque estão infiltrados no meios dos vermelhos?

É caricato demais para uma situação que se torna cada vez mais difícil de digerir quer para o governo quer para os militares já demasiado divididos. É sobejamente sabido que, embora comendo à mesma mesa, o grau de confiança mútua dos comandos militares está no seu nível mais baixo de há muito.

Entretanto já se sabe o que o PAD, amarelos, querem. Deram um ultimatum ao governo para resolver a situação, ou seja retirar os vermelhos das ruas, em 15 dias caso contrário saem em defesa do país e sabe-se bem do que são capazes.

Na passada Sexta-feira foi preso um grupo de 6 elementos do NPP/PAD de Rayong, uma província na costa leste do país, na posse de armas (2 pistolas, 100 carregadores e 2 facas de mato). Não foram apelidados de terroristas pelo Governo, e o facto foi relatado na imprensa em letras pequenas e em colunas pares como convém.

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