sábado, 13 de março de 2010

Sábado 13

A Marcha Vermelha continua em andamento mas a passo de caracol já que os controlos militares estão a tentar reter os comboios de manifestantes o mais que podem.

O sistema está a funcionar de acordo com o que os militares querem mas o facto é que já aconteceram alguns incidentes devido a essas prolongadas buscas às caravanas.

Continua a campanha de (des)informação de parte a parte embora nesse campo o poder ganhe por uma larga nargem já que a esmagadora maioria de meios de comunicação são por si controlados. Como já uma vez referi mais de 50% dos canais de televisão e rádio pertencem aos militares.

Uma das acusações sempre presente é a de que os manifestantes fazem a marcha por dinheiro e que cada um recebem 1.000 bath proveniente de Thaksin. O dinheiro existe, uma parte vem concerteza dele e dos seus próximos e outro vem de muitos, ricos e pobres, que suportam o movimento. O mesmo se passa sempre. A manifestação do PAD que durou 192 dias consumia, segundo se diz, cerca de 10 milhões de bath por dia, e sabe-se de onde vinha uma parte grossa dessa dinheiro, e havia, também, muitos dos manifestantes que recebiam dinheiro para ali estar. Assim se faz política na Tailândia. O mesmo acontece nas eleições já que na provincia a maioria das pessoas recebe dinheiro, de todos os partidos, e depois acabam por votar como muito bem entendem. Há variados estudos que sustentam o que afirmo.

Estamos num momento de "guerra suja" em que as partes tentam criar ambientes de rejeição da outra parte, acirrando ainda mais a divisão.

Há quem clame contra os "vermelhos" dizendo que eles estão a destruir a "calma" existente, mas esses mesmos não olham para dentro dessa calma e observam bem o porquê o movimento existe.

Os opositores dos vermelhos dizem que a única coisa que estes querem é trazer Thaksin de volta mas ver as coisas por este prisma é ser cego de um olho e portanto ter uma visão curta da realidade. O novimento vermelho existe com ou sem Thaksin e é isso que se torna necessário entender. É uma movimento político-social com objectivos pouco claros ainda mas que luta pelas igualdade de direitos.

É claro que Thaksin usa o movimento como uma das suas armas para atingir o seu objectivo de poder, mas pessoalmente, perfiro este movimento do que Thaksin ver que a UDD falhou e avançar com outros meios mais radicais para atingir os seus objectivos.

Continuo a pensar, e nisso até sou seguido por pesoas muito perto do Primeiro Ministro Abhisit, que é necessário ouvir aquilo que os vermelhos dizem, dialogar, contradizer, e aproveitar o que de bom eles têm para melhorar o funcionamento do país e garantir igualdade de oportunidade para todos.

Abhisit pode ser o protagonista dessa mudança, é o homem que no momento tem mais capacidades para o fazer, mas o "sistema", que também o utiliza, tem de o deixar estender as mãos a todos os lados para chegar ao ponto de equilibrio dentro da sociedade.

E a Marcha continua

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ás 3 da tarde


Um dos líderes da UDD declarou que a manifestação terminou por hoje e que a acção tinha tido somente por objectivo a preparação da grande manifestação de Domingo.

Na realidade houve várias concentrações de "camisas vermelhos" ao fim da manhã nos locais préviamente anunciados, mas foram poucas as pessoas que mal se fizeream notar o que terá sido a real razão para esta mudança tática. O maior grupo terá sido provávelemnte em Nonthaburi, alguns milhares, mas no resto resumiram-se a centenas.

O governo continua com a sua campanha de (des)informação e a última mensagem que recebi, vinda de meios militares, era para comunicar às pessoas que não deveriam andar de táxi porque os taxistas as poderiam fazer reféns. Sem comentários.

Falei pessoalmente com as pessoas que estão em contacto de ambas as partes e estas confirmaram o facto embora se queixassem de que a outra parte não era flexivel, o que se compreende. Negociações nunca foi uma coisa que começa por um acordo. Começa~se normalmente bem afastado para se chegar a um ponto de equilíbrio. Se não fosse assim não era necessário negociar, bastava anunciar intenções~.

O positivo, como já referi, é existir o diálogo.

Sexta 12


Ainda bem que não é Sexta-feira 13.

Faz hoje 80 anos que Gandhi começou a Marcha do Sal contra os ingleses na Índia e igualmente começa hoje a Marcha Vermelha sobre Bangkok contra Abhisit mas fundamentalmente contra as forças que o apoiam.

Ambas as partes reafirmam a sua intenção de obedecerem aos princípios da não violência e da observância da lei. Assim se espera que aconteça.

Ontem o governo mostrou as forças da ordem que vão estar em acção (num total de 100.000 entre forças no terreno e de reserva) e a UDD uma vez mais confirmou o seu objectivo de vir a Bangkok solicitar a convocação de novas eleições.

Depois do apelo do Dr Gotham Arya, que ontem referi, ambas as partes deram a conhecer quem estará do outro lado da linha permanente que estabeleceram. O Secretário do PM Korbsab e o líder Dr Weng. Saúda-se este passo pois é fundamental que as partes tenham a possibilidade de dialogar.

Só do diálogo pode sair uma solução. Nunca da confrontação.

O PM Abhisit disse, o que também se saúda, que se for necessário para evitar o aprofundar da crise se demitirá e convocará eleições.

Contudo já houve alguns pequenos incidentes quando controles militares impediram manifestantes de viajaram para Bangkok e inclusíve viraram os carros em que se faziam transportar.

O fundamental é que a linha de contacto funcione e que de parte a parte aqueles que estão na liderança sejam capazes de transmitir as ordens com eficácia.

Para continuar a seguir ao longo do dia.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Os Brancos


Enquanto de um lado são dados os últimos preparativos para a Marcha Vermelha e do outro para a contrariar, vâo surgindo movimentos, que por certo representam a maioria do povo que não quer nem uns nem os outros e quer ver o seu país em paz e a progredir.

Um dos movimentos chama-se Stop Hurting Thailand e apelou aos cidadãos que a partir de amanhã usem uma banda branca na sua indumentária como símbolo de paz. Mais uma cor para o arco-irís politico-social do país.

Numa conferência de impremsa ontem organizada solicitaram aos vermelhos que não bloqueassem a cidade e que se manifestassem com total respeito pela lei. Igualmente um dos seus membros, um General e director do King Phrajadipok Institut, apelou ao governo para respeitar a Constituição quanto ao direito à diferença e à manifestação e para assegurar que os militares exercem o seu dever com o total respeito pela lei e pelos direitos dos cidadãos..

Aconselhou as duas partes a criar uma hot line para poderem seguir constantemente a situação e evitar qualquer mal entendido que possa fazer descarrilar as acções de ambas as partes para o lado da violência.

Note-se neste particular que o Presidente do Parlamento já se ofereceu para ser o mediador entre as partes, mas não obteve até à data nenhuma resposta.

Outro movimento, com um nome mais radical já que o que ele prenúncia não me parece estar de forma alguma em cima da mesa, The People that Not Accept a Civil War, convocou uma manifestação para hoje, da qual não sei ainda promenores, mas que se destinava igualmente a repudiar acções violentas e aconselhar calma e contenção às partes.

Gotham Arya, um muito respeitado activists dos Direotos Humanos e professor da Universidade Mahidol, encontrou-se ontem com o principal líder da UDD, e hoje com o Governo, para transmitir uma mensagem de paz e de conciliação, que por certo será ouvida dado o peso do Professor.

Os jornalistas foram igualmente alertados para o dever de não tomar parte e de serem um elemento essencial na produção de um clima de calma e conciliação, facto que diga-se não tem sido o caso tal forma são partidários nas suas análises e relatos.

Exemplo disso era a primeira página do The Nation de hoje que falava do corte de imensas ruas na capital, tendo lançado o pânico, e quando eu próprio telefonei para o jornal perguntando qual tinha sido a fonte, depois de ter ligado os telefones de emergência da polícia, governo e município, foi me dito que não havia cortes mas talvez, talvez, repito, operações de controlo das viaturas. O próprio jornal contradiz aquilo que escreveu na sua primeira página em letras bem grossas.

Este mesmo jornal, fazendo referència à conferência de imprensa, dirigida ás duas partes e que aqui refiro, titulava " Grupos pedem aos vermelhos para não serem violentos", quando na realidade o apelo à calma foi feito para as duas partes.

O papel da comunicação social é crítico numa situação destas pois podem criar o caos ou desenvolver a paz. A eles de decidirem aquilo que querem.

Saudam-se sim os movimentos de cidadãos que querem levar a Tailândia para a frente com a cabeça erguida e com os respeito de todos e por todos.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Segunda Actualização

Quer o Governo quer a UDD acabam de convocar a imprensa para os actualizar sobre os planos.

Nada de muito novo foi dito embora se possm realçar os seguintes pontos:

Os militares estão em controlo total da situação. Uma das partes disse-o de uma forma negativa a outra confirmando que o ISOC, Internal Security Operational Command, é o ponto focal de coordenação de todos os movimentos.

Esta noite deverão ser movidas para Bangkok as tropas que ainda não estão na cidade.

Serão impostas fortes restrições ao movimento de pessoas e carros e abolida a utilzação de equipamentos electrónicos em zonas a definir amanhã pelo ISOC.

Embora não confirmado fala-se que os táxis serão proíbidos de circular no Domingo, os postos de gasolina fechados e que os carros com matrículas fora de Bangkok serão impedidos de aceder à cidade.

Evoluir da Situação

Alguma histeria está a tomar conta da cidade num momento em que se aconselharia contecção e precaução.

O exército veio agora falar de que tem 100.000 homens preparados para reagir a qualquer incidente que venha a acontecer. o custo desta operação vai neste momento em 319 milhões de bath.

Ontem o MNE Kasit informou a comunidade diplomática dos preparativos do governo, que parecem normais. mas tudo está a ser feito criando alguma tensão e ansiedade nas pessoas. Nesse mesmo debriefing Kasit disse que o governo tinha instruído o tribunal para não prender os dirigentes vermelhos que estão em liberdade condicional numa total e absurda confissão de interferência do poder executivo no poder judicial.

O PM Abhisit veio a dizer que o aumento do consumo de gasolina e de garrafas vazias era um sinal de que estariam a ser preparados cokctails molotov para serem usados contra os edifícios do governo. É uma afirmação insensata a quem se pede sensatez. É normal que as pessoas consumam mais gasolina visto estarem com medo de um, também anunciado, encerramento dos postos de gasolina, e gostaria de saber onde o PM consegue ver que aumenta o consumo de garrafas vazias? Onde é que elas se compram? Quem faz a estatística?

O governo igualmente pôs em vigor 18 leis diferentes que lhe dão a possibilidade de actuar para contrariar a marcha vermelha.

A Polícia enviou ontem para muitos e variados faxes na cidade o plano de cortes de ruas que irá entrar em vigor a partir do meio dia de Sexta-feira. A cidade de alguma forma vai ser bloqueada com um particular incidência na zona norte.

Ontem no distrito de Dusit, onde se encontram os ministérios, foi encerrada uma área devido ao facto de ter sido visto um objecto estranho. Uma bomba por certo. Notícias nos jornais, na TV e pânico. Era simplesmente um pneu velho que tinha arames como sempre existe dentro dos pneus.

É este ambiente de tensão que não se deseja e que nada favorecerá que o fim de semana decorra, por certo com alguma alteração da vida normal ou não venham para Bangkok de acordo com as estimativas do governo 200.000 manifestantes, de uma forma pacífica e que cada um faça fazer ouvir os seus pontos de vista com razão mas sem paixão.


Entretanto o maior perigo parece ser a possibilidade de agitadores vindos de uma terceira força e fala-se muito de 8.000 falsos camisas vermelhas que estariam já a preparar uma série de atentados para criar o caos. O próprio governo veio falar, sem se saber de onde obteve a informação, de que havia 40 edifícios que poderiam ser alvos de ataques bombistas.

As forças próximas dos "vermelhos" puseram a circular uma série de imagens da televisão que mostra o Vice-Primeiro Ministro Suthep a dar ordens aos "camisas azuis" de Nevin Chidchob durante os acontecimentos de Pattaya em Abril passado. Nevin, também nas imagens, foi igualmente visto no local nessa altura viajando numa moto e misturado com os seus homens que tomaram parte activa nos disturbios.

A intervenção de forças interessadas a provocar o caos parece ser o grande problema para este fim de semana mas quando se reunem centenas de milhares de pessoas uma simples discussão menor poder inflamar o todo.

terça-feira, 9 de março de 2010

A Marcha Vermelha

Já aqui referi o propósito da UDD em avançar com uma manifestação de grandes proporções contra o governo que começará a tomar forma durante o próximo fim de semana.

Até um certo momento tive algumas dúvidas sobre a capacidade de mobilização e de organização e portanto, como mais do que uma vez aconteceu, a “grande marcha” seria adiada ou cancelada ou alterada no seu formato.

Parece agora seguro que tal irá acontecer com “1 milhão” de pessoas a convergirem para a capital a partir da próxima Sexta-feira. O número parece ser uma meta não atingível mas por outro lado é crível que sejam centena ou centenas de milhares as pessoas que virão de todo o país exigir a demissão de Abhisit e a convocação de eleições.

Os planos estão bem elaborados ao ponto do porta-voz de Abhisit tal ter reconhecido. A UDD começou já desde a passada semana a mobilização e pode dizer-se que a marcha está em andamento. Os manifestantes virão de todos os pontos do país, não só do Norte e Nordeste, tradicionais pontos de apoio dos “vermelhos” e entrarão na capital por dez pontos definidos. Depois no Domingo irão convergir para a zona onde quase sempre acontecem as manifestações ou seja o distrito de Dusit onde se encontram a sede do Governo, o Parlamento, o Conselho Privado do Rei, etc.

Aí ficarão a exigir a dissolução do governo e a convocação de eleições, o fim daquilo que sejam o poder aristocrático e burocrático e do sistema de dois pesos e duas medidas existente fundamentalmente no que respeita a aplicação da lei e da justiça.

O governo anda em grande azáfama para preparar a “contra-ofensiva”. O PM viu-se obrigado a cancelar a viagem que iria começar á Austrália e ao Borneo Dar es Salaam, foi decretado a aplicação a partir de Quinta-feira e até ao dia 23, do Internal Security Act, lei que atribui aos militares o controlo da situação.

O Genaral Kanit, o comandante da mais poderosa região militar no país, parece estar a ditar ordens já que invulgarmente deu a cara e afirmou ter colocado 50.000 militares em estado de alerta para o fim de semana.

Serão montados controles nas principais entradas da cidade, aliás já visiveis nalguns pontos da capital desde o passado Sábado, de modo a afunilar a chegada dos manifestantes da UDD para os seus pontos de convergência. Escolas, bancos e outros estabelecimentos foram autorizados a encerrar portas se assim entenderem como conveniente.

O governo está determinado a não usar a violência, bem como a UDD, mas a manter a lei e a ordem usando para isso todos os meios ao seu dispôr. Hoje o representante da Human Rights Watch solicitiva a ambas as partes, UDD e Governo, o respeito pelos Direitos Humanos na condução da manifestação e medidas de controlo.

O clima de grande instabilidade está assumido como o disse o Ministro das Finanças ontem num jantar com empresários e embora todas as vozes neutrais e independentes apelem a ambas as partes para operarem a de forma ordeira e pacífica, uma simples “ovelha negra” pode criar situações de confusão ou até caos.

Entretanto, e contráriamente ao que tem acontecido o PAD, os “amarelos” para quem já não se lembra autores da ocupação do Palácio do Governo durante 192 dias e dos aeroportos durante uma semana, veio reclamar actuação firme por parte do governo contra os “vermelhos” visto estes violarem o artigo 68 da Constituição ao quererem, com a manifestação, derrubar o governo. Fraca memória têm os seus dirigentes já que nem das próprias acções se lembram.

A situação está frágil e propícia a grandes cuidados e contenções.

Entretanto ontem ao fim da tarde PM Abhisit avistou-se com o Rei para o informar da situação. Não deixou de ser notado que o Rei mostrava estar bem de saúde.

Assunto a seguir com atenção.

domingo, 7 de março de 2010

Tailândia no Feminino

Vai fazer dois anos que comecei a escrever este Blog com a ideia inicial de fazer o relato de um quotidiano em Bangkok.

Estes dois anos foram igualmente anos de grande turbolência na vida política no país, na continuação do que tinha começado a desenhar-se em Outubro de 2005, e aconteceu que a maíoria dos escritos, ditos posts, acabaram por ser reflexo dessa crise, da minha experiência diária dessa crise e da forma como a via.

A minha vida profissional está ligada a esse fenómeno e os escritos inclusíve ajudavam-me a por ordem em certa informação que ia coligindo e às ideias que daí iam nascendo e que fazia parte de relatórios a enviar, na maior parte das vezes cifrados pois iam para além daquilo que públicamente aqui escrevia.

Sinto-me feliz pois a minha visão e interpretação dos factos chegou a muita gente e ajudou alguns a melhor entender esta país que me acolhe tão carinhosamente como é a sua gente e a sua cultura.

Muitas foram as mensagens que recebi por diversos meios ora comentando, ora discordando, ora agradecendo, ora pedindo apoio ou esclarecimentos. É sempre motivador qualquer mensagem, seja em que sentido, essencialente se elas são simbolos de uma forma de diálogo correcta, formal e intelectualmente, e honesta como o que senpre tive com todos.

Acontece que sinto alguma dificuldade em escrever neste momento. Haverá porventura muito para dizer mas há demasiados olhos nas nossas costas nem sempre entendendo o que escrevemos.

A Tailândia em português é feminina. Em português qualificam-se os países. Uns são femininos outros masculinos e outros ainda assexuados.

A Tailândia é feminina mas últimamente deve ter frequentado demasiado os gimnásios e começou a ganhar uma musculatura pouco condizente com o seu caracter de duçura e simpatia sempre bem visiveis na cara e nos costumes do povo.

Infelizmente o desenvolvimento desses musculos está tão presente no dia a dia que ontem uma larga dezena de quilómeteros feitos pela cidade em variadas direcções levou-me a escrever o que agora digo. Eles, os sinais, aí estavam visíveis e a fazer ver-se.

Já na Sexta feira tinha ficado boquiaberto ao olhar para fotografias das quais, como dizia um amigo meu, nenhum país se pode orgulhar. A Sexta, reetiu-se ontem e hoje e porventura será amanhã e todos sabemos que quando a excepção se torna vulgaridade acaba por ser aceite. O pior é que ninguém nos vem contar disso. Os orgãos de "Comunicação Social" não cumprem o objectivo que o próprio nome determina: comunicar à sociedade o que acontece.

O país vive um momento conturbado e os dias que se aproximam serão disso exemplo. A incapacidade de dialogar e de discernir correctamente turva as mentes à direita e à esquerda ou como aqui é mais comum do arco-íris do expectro político.

A mudança para aquilo que os tailadeses querem, mostra que será uma mudança geracional e complexa.

Digo "aquilo que os tailadses querem" baseado não só nas permanentes sondagens que são feitas sobre os acontecimentos políticos e onde a consistência das respostas é grande mas também pelo conhecimento directo do pensar de muitos daqueles que estão silenciados, voluntáriamente, seja em Bangkok, seja em Chiang Mai, seja em Khon Kaen, seja em Nakhon Si Tammarat, ou seja ainda nos corredores do poder e da burocracia ou no simples homem ou mulher na rua.

A Tailândia tem de assumir a sua feminilidade. As mulheres sempre foram boas donas de casa e capazes de nos momentos mais difíceis de muitas famílias de serem elas as que sabem conduzir os destinos.

É momento de tornar os músculos mais suaves já que esses não ficam bem a uma cara bonita como a da Tailândia.