
sábado, 1 de maio de 2010
Indesculpável

sexta-feira, 30 de abril de 2010
Dantes como Agora
E não há situações anárquicas boas e outras más. São todas más todas violações da ordem que é um dever de todos para todos.
Podiam aqui acrescentar-se as imagens dos disturbios causados pelos vermelhos em Abril do ano passado mas os que causam agora são suficientes, bem conhecidos e estão nos olhos de todos. Não devemos contudo esquecermos aqueles como os do PAD que já não vemos senão em fotografia.
E ainda ninguém do lado amarelo.foi acusado de nada, e do vermelho também ainda estamos pouco mais do que em promessas.
Abhisit e a Polícia

O Bangkok Post titula hoje na primeira página que o PM Abhisit está desagradado com o facto de a Polícia não obedecer ás suas ordens para que a lei e a ordem sejam impostas em Bangkok. O cartoon que também publicam, é um excelente exemplo da liberdade de acção da vermelhada enquanto a um canto o Polícia dorme.
Nesse sentido foram sondados alguns dos comandos da Polícia para passarem a estar representados no CRES e se envolverem nas decisões aí tomadas. Até ao momento nenhuma resposta foi dada.
Há que lembrar que desde Agosto, no momento em que Abhisit demitiu o anterior comandante geral da Polícia, general Patchawarat, irmão do actual Ministro da Defesa, que a instabilidade se instalou dentro da corporação. Por duas vezes o PM tentou nomear o seu candidato e por duas vezes foi derrotado. A luta pelo controlo do posto principal na Polícia foi inclusive referida como uma luta muito mais intensa do que o que aparecia á superfície e levou à demissão do secretário do PM Niphon Prompan, que era tido por ser o emissário de uma das partes.
Abhisit acabou por nomear comandante interino o seu candidato, General Pateep e assim se mantém o comando da Polícia até á data. Toda a cadeia de comando exerce-o interinamente com a consequente dificuldade para fazer impôr as ordens, como se observa. O general Pateep não foi nenhum dos três generais sondados para colaborar no CRES sinal de que Abhisit já lhe terá tirado a confiança.
A inacção das forças da Polícia tem sido uma constante na sua actuação preferindo os "homens de castanho" o diálogo e a não confrontação do que qualquer acção que possa colocar em perigo as suas promoções e carreira. Como há tempos me disse um comandante da Polícia. O importante é contentar o nosso chefe, mas o chefe a que ele se referia não era o topo da pirâmide mas o chefe próximo. E contentar significa que da acção da Polícia não cause nenhum problema, nenhum conflito.
Para agravar esta situação ontem o CRES teve de admitir que o indivíduo que foi apanhado com um saco com 63 granadas na refrega em Viphawady, na quarta-feira, onde morreu um soldado, era um polícia e não um vermelho como rapidamente tinham acusado, e que as granadas tinham vindo de arsenais do exército.
O homem em questão, um sargento da Polícia, nada mais era do que um traficante de armas que vendia cada granada a 1.200 bath (25 euros).
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Dia 29 de Abril

Nos vídeos que existem do incidente não fica claro se foi a polícia ou os militares quem disparou sobre esse soldado. Esta manhã falando com um comandante da polícia ele confirmou ter sido um erro mas não confirmou quem disparou. A UDD afirma que foi a polícia mas com o objectivo de fazer crer que a polícia disparou deliberadamente contra o militar em mais uma das lutas internas nas forças de segurança.
As fotos e vídeos mostram outra vez alguma confusão na forma como as disputas se desenrolam com soldados e vermelhos por vezes misturados, com o trânsito a circular por meio das balas, enfim num ambiente propício a acidentes como o que aconteceu.
Entretanto a UDD decidiu como acção para hoje vir fazer uma visita á Delegação da União Europeia para entregar uma carta solicitando a atenção da EU para a luta em que está empenhada e para denunciar aquilo que chamam os abusos e violações dos direitos humanos e da lei por parte do governo. A carta solicitava que a EU enviasse observadores para ver, in loco, a situação e apreciar a forma pacífica como a UDD luta pelos seus objectivos. Assim rezava a missiva.
A visita acabou por ser muito calma pois só 4 camisas vermelhas vieram até aos escritórios da delegação numa batalha de intermediação que durou toda a manhã. Inicialmente estava previsto haver uma manifestação de centenas de vermelhos com toda a sua máquina de propaganda mas conseguiu-se que isso diminuísse para uma simples visita, testemunhada pela comunicação social, e sob a vigilância muito discreta da polícia.Tenho de dar os meus cumprimentos ao comando da Esquadra de Lumpini da Polícia pela forma altamente profissional e competente como assistiram em toda a operação.
Apesar de haver cerca de 300 elementos da polícia no local, todos equipados para conter multidões, a descrição como todos actuaram foi de louvar. Recebi pessoalmente o principal responsável da UDD com o comando da polícia e pude ver a forma extremamente cortês como tudo se passou. O plano que estava estabelecido e acordado faria com que tudo se passasse com grande discrição.
O que irá sair na comunicação social poderá ser por certo diferente pois, contrariamente ao plano inicial, três dos representantes acabaram por subir ao 19 andar, onde se mantiveram durante 40 minutos, e posteriormente poderão dizer á comunicação social a versão deles.
No comunicado transmitido á imprensa a EU apelava mais uma vez ao diálogo e à moderação.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
A Situação
Existe uma tensão acrescida na cidade com grandes movimentos de tropas, polícia e militares concentrando-se nas zonas mais críticas.
Os próprios vermelhos fortaleceram as suas barricadas como pude ver numa mesmo à porta do escritório. O tráfico é caótico por toda a cidade com anúncios, mas que não consigo confirmar, de várias ruas e avenidas fechadas.
Houve um incidente entre vermelhos e tropas ao norte de Bangkok no qual morreu um soldado e ficaram feridos dezoito pessoas entre manifestantes e militares. O soldado está confirmado foi morto pelo tiro de um colega. Outro dia vi um vídeo dos acontecimentos do dia 10 de Abril e mostrava essa mesma situação em que um soldado avançou a disparar enquanto os outros se quedaram no lugar onde estavam e o "aventureiro" realizou que estava para aí uns bons 5-10 metros á frente dos colegas e todos disparando. Nada aconteceu daquela vez.
Os Estados Membros da União Europeia solicitam a todos os seus nacionais que se registem no respectivo consulado de modo que se possa saber o paradeiro das pessoas.
A Sky News informava à pouco que um ataque estava em preparação para esta noite e recebi semelhante notícia de um jornalista, de outra agência, no terreno. Outros falam que um golpe de estado estará já em andamento com a mais que possível instauração da Lei Marcial.
Impasse e Anarquia

Diariamente recebo a sagrada pergunta: Então como vai isso? Já se resolveu?
O mundo não compreende como é que foi possível deixar chegar a situação ao caos actual e como é que não é imposta a ordem.
O Ministro dos Estrangeiros Kasit Piromya dizia ontem que a comunidade internacional está preocupada com a situação política e que tem havido várias ofertas de mediação (Secretário-geral da ASEAN, Presidente de Timor-Leste e MNE da Indonésia, que eu saiba) e que isso tinha um impacto negativo no país. Entretanto chamou o decano do Corpo Diplomático para lhe dizer do seu desagrado pelo facto de ter havido vários diplomatas que visitaram o acampamento dos vermelhos e que se reuniram com "gente que quer acabar com a monarquia". Por acaso os diplomatas que ali foram reuniram-se com os mesmos que fizeram parte de delegação da UDD que teve conversações com o Primeiro-ministro.
O Governo encetou uma campanha mediática tentando criar o fantasma de que há um plano orquestrado para acabar com a monarquia no país e o Vice Suthep acaba de anunciar que será emitido um mandado de captura contra o General Chavalit se este se recusar a prestar declarações à comissão que foi encarregue de investigar este caso, já que ele é um dos principais visados. Chavalit, que serviu o país nos mais altos postos, quer políticos quer militares, há dias solicitou uma audiência ao Rei e logo foi acusado, entre outros por Abhisit de querer envolver o reverendo monarca em questões políticas. Abhisit, o próprio enquanto líder da oposição, e fazendo eco dos apelos do PAD, apelou ao Rei para que, no uso da competência que lhe dá o artigo 7º da Constituição, destituísse o governo de Samak Sundaravej e nomeasse um outro. No entendimento de Abhisit e dos seus aliados do PAD isso não constituía envolvimento do Rei em questões políticas.
Este mesmo tipo de tácticas foi utilizado no passado com péssimos resultados. Defender a monarquia é seguir o exemplo do Rei sempre próximo e a acompanhar o seu povo, como um deles, na realidade como o pai que o povo vê nele.
Abhisit disse há pouco que resignaria se sentisse ser um obstáculo político para a reconciliação nacional para logo acrescentar que o actual problema não é político mas de segurança nacional.
Há cinco ou seis semanas atrás o problema era claramente político e nada foi feito para o resolver. Ainda agora se a dissolução do parlamento for decretada, como os vermelhos pedem, eles não terão mais razão para continuar na ocupação selvagem da cidade visto ser essa aquela que dizem ser a única demanda. Portanto é empacotar e sair.Do mesmo modo que Samak e Somchai, os dois anteriores PM durante os 192 dias de manifestações do PAD, Abhisit falhou até agora na imposição da ordem e na criação de um clima de confiança junto da população. Diz-se que não tem poder, que os militares fazem orelhas moucas aos seus pedidos, o que em parte é verdade, mas o PM tem a capacidade de destituir os líderes militares. A lei dá-lhe essa prerrogativa e não deve dizer, como ainda hoje o fez, que a imposição ou não da Lei Marcial é uma decisão dos militares. Não é verdade a lei atribui esse direito ao poder político. Só numa situação de golpe de estado, onde o poder democrático já foi subtraído é que tal está nas mãos de outrém.
Numa sociedade democrática o povo quer líderes fortes, líderes capazes de exercerem o poder que lhes foi conferido através do voto com autoridade e dentro dos princípios do respeito pelas leis do país e das convenções internacionais de que o país é signatário. É para isso que existem governos e outras instituições. A sua falta é a anarquia.
A sua falta só ajudou a insurreição vermelha a estabelecer-se como um estado dentro do estado. Quando era um grupo em Phan Fa o governo fechou os olhos. Agora que a mancha se espalhou na cidade causando tremendos prejuízos qualquer solução é muito mais complicada.
Do mesmo modo como aconteceu com o PAD em 2008, altura em que todos sabiam que o PAD estava a caminho para bloquear o aeroporto e ninguém agiu, mesmo com os pedidos do PM da altura e do governador da província da Samut Prakhan, também agora a UDD anunciou que se ia mudar para Rajaprasong e todos taparam os olhos como que convidando os vermelhos a instalarem-se onde actualmente estão.
Agora como os tirar de lá sem ser com um banho de sangue?
terça-feira, 27 de abril de 2010
Avisos e Protecção Consular

Há neste momento grande quantidade de soldados naquilo que se pode considerar posição de ataque à base vermelha de Rajaparsong, tentando cercá-la por todos os lados. Entretanto o CRES anunciou, inclusive mostrando um esboço à comunicação social, que está em curso um plano para derrubar a monarquia tentando assim criar não só uma causa para um possível ataque mas também uma onda de apoios para isso.

A UDD tinha anunciado que deixariam a sua posição defensiva e que passariam hoje à ofensiva. Até agora sabe-se da confusão e o mal entendido que levou a paralisar o BTS durante 4 horas. Os vermelhos colocaram pneus na estação de Ploenchit perto da base deles de Rajaprasong. Quem conta um conto acrescenta um ponto, como se diz em Portugal, e os pneus "voaram até aos carris" o que na verdade não aconteceu fazendo parar toda a rede. A administração do BTS já confirmou que se tratou de um mal entendido e o serviço está restabelecido desde as 10 da manhã. Outra acção menor foi o facto de terem cortado o trânsito em Lang Suan uma das ruas de acesso à base de Rajaprassong.
Entretanto a maioria das missões diplomáticas na capital prepara planos de apoio aos seus nacionais. Residem em Bangkok, embora nem todas as embaixadas tenham proporcionado números, cerca de 30.000 europeus. A este número há que acrescentar os turistas dos quais só se pode fazer uma estimativa visto a grossa maioria não se registar nos respectivos consulados. Um rápido apanhado indica que poderão estar em Bangkok cerca de 5.000 turistas europeus.
A maioria dos países têm planos de emergência preparados e aconselha todos os nacionais a entrarem em contacto com os respectivos serviços consulares para se registarem.Ontem o Embaixador dos Estados Unidos reunium com a comunidade americana residente em Bangkok e fez os mesmos tipo de alertas
Todos os países da União Europeia alteraram o seu aviso de viagem prevenindo os seus nacionais de que deverão evitar toda e qualquer deslocação para Bangkok, embora o aeroporto seja considerada uma zona calma e o trânsito possível.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Alerta?
Não consigo confirma mas há grande barulho vindo do palco em Lumpini.
Houve ainda anúncios de incursões da Polícia por três frentes, Pathumwan, Silom e Suanlum e de gás lacrimogéneo sendo usado em Phanyanthyn. Jatuporn apelou, no palco de Rajaparsong aos vermelhos dos dsitrictos vizinhos que bloqueiem os movimentos das tropas.
Contudo parece que a situação voltou a acalmar.E a UDD anunciou que foi um exercício das forças da ordem para testar o estado de alerta e histeria dos vermelhos.
Tailãndia não é só Rajaprasong

Há já bastantes dias que vinham a acontecer pequenos incidentes fora da capital provocados pela insurreição vermelha.
Hoje isso está mais na ordem do dia devido á torrente de incidentes que aconteceram nas últimas horas fora das acima referidas zonas.
Vou tentar enumerar só os mais salientes: Polícia ou Militares cercados em Chachoengsao (Este de Bangkok), Pithsanolook (Norte), Udon Thani (Nordeste), Ayuthaya (perto de Bangkok na direcção Norte), Khon Kaen (Nordeste), Pathum Thani (ás portas Norte de Bangkok), Payao (Norte).
Ataques com bombas ou granadas: Chiang Mai (quartel da polícia bem no centro da cidade), Pathum Thani (depósitos de combustível que abastecem o aeroporto), Ayuthaya (central eléctrica), Bangkok (casa do líder de um partido da coligação no poder – 1 ferido grave).
Outros incidentes: o corte da emissão televisiva durante 9 minutos quando o Primeiro-ministro estava a falar.
Caravana de líderes e outros muçulmanos de Songkla presumivelmente em direcção de Bangkok.
Nos cercos a polícias e militares há indicações de que armas terão sido apreendidas mas não posso confirmar a informação.
Em várias áreas do Norte e Nordeste do pais em várias estradas os vermelhos locais estabeleceram controlos de acesso e não deixam passar quem pendam poder vir para Bangkok para ajudar em qualquer acção contra os acampamentos vermelhos.
Abhisit autorizou os Governadores de Província a impôr o Estado de Emergência na sua região e o PAD disse que o governo deveria aplicar o Estado de Emergéncia a todo o país e aplicar a Lei Marcial nalguns locais, presume-se que Bangkok e zonas adjacentes.
Não me parece ser esta a solução que o país necessita.
Sem uma solução política não será possível estabelecer a paz que todo o país necessita. Torna-se urgente entender-se isso.
domingo, 25 de abril de 2010
Mapa da Zona de Silom

As granadas lançadas de detrás da estátua de Rama VI, segundo Suthep, teriam para além da distância a percorrer de passar sobre a ponte Thai-Japan, elevada sobre a avenida Rama IV e sobre a própria linha do BTS que fica ainda mais acima.
O Governador de bangkok Sukhumbhan disse, na Televisão, que os engenhos que causaram as explosões foram lançados de edifícios altos.

Um lançador de granadas M79 não é um "instrumento" que se meta debaixo do braço e se vá passear para a rua com ele é um equipamento que necessita de treino profissionalizado o que faz acreditar outra vez nas palavras de Apichart, e hoje Anupong, quando dizem haver militares a lutar contra militares.
Silom há 5 Minutos

Abhisit na Televisão

Os Outros
