Ainda por confirmar o estado exacto forças da Polícia e da UDD confrontam-se na intersecção de Silom com a Rama IV na área do Hotel Dusit Thani.
A UDD tem uma grande barricada como protecção avançada de toda a zona até Rajaprasong e as tropas estaão a preparar o ataque final como se vai percebendo.
As imagens na Televisão, que são escassas, mostram uma grande confusão como sempre acontece nestes casos.
Durante a noite houve várias explosões que bem ouvi mas não consigo identificar o tipo (bomba, tiro, foguetes,etc) pois de tudo tem havido.
Se a situação não fosse complicada às vezes daria para rir. Uma coluna da polícia está a tentar avançar sobre as barricadas da UDD. Já atravessou metade da rua e está estacionada no meio de Rama IV enquanto como se nada se passasse os carros continuam a circular.
Não há uma cabeça que se lembre de cortar o tráfico!?
Neste momento e depois das frustadas tentativas de negociação a polícia recuou e Silom está tentando retomar a normalidade.
Alguns comentários sobre os acontecimentos de ontem à noite.
A comunidade internacional está profundamente preocupada com a situação em Bangkok tendo várias embaixadas e as Nações Unidas emitido declarações sobre a situação. Os ingleses actualizaram o aviso aos nacionais informando que só deveriam viajar para o país em caso de extrema urgência. Várias embaixadas já tinham o mesmo ou semelhante aviso.
Entretanto continuam as acusações de um e de outro lado. Quando Suthep ontem veio, tão rápida como desnecessáriamente, dizer que as bombas/granadas tinham sido lançadas detrás da estátua do Rei Rama VI mais uma vez perdeu a oportunidade para não falar. É agora conhecido o mapa das bombas (acima e em todos os meios de comunicação social). A primeira é em Thanya plaza (impossível de ser atingida do dito local), as três seguintes perto da estação do BTS tendo uma dela furado o telhado. Um jornalista que conheço e que passava no momento a caminho da mesma sessão onde estive ontem, disse-me que esse furo foi feito com um projéctil vindo de baixo para cima. Um colega meu, que estava no local, disse-me o mesmo. Outros dizem que houve um disparo vindo do 5º andar do Chulalongkorn Hospital (este também impossivel de atingir a estação visto haver uma curva bem visível do local onde me encontro agora). Se é verdade que houve disparos do Hospital (o que estranho mas tudo é possível) eles foram o 5º e o 6º que atingiram a esquina na entrada do lado esquerdo de Silom, aí sim bem visível e bem em frente aos vermelhos.
Dizia esta manhã na TPBS, uma das estações de televisão estatais, uma vendedora de Silom, que aqueles que diziam que o "povo de Silom" estava a manifestar-se, não era verdade pois ela conhece a todos e todos se conhecem e que as pessoas que ali estavam ontem vieram de fora.
A questão importante é encontrar uma solução e não incriminar este ou o outro. Os vermelhos abusam tal como os outros o fizeram no passado porque desde há muito tempo não existe autoridade do estado e o poder caiu na rua. Só naquilo que na definição de direito internacional se chama "Failled State" é que acontece o poder estar nas mãos de grupos fora da lei que criam a sua própria lei e ordem.
As presentes autoridades, de tanto conciliarem, já perderam toda a capacidade para dirigirem o estado e deveriam abrir caminho a uma solução para o bem do país em vez de se agarrarem a conceitos profundamente errados. Contudo existe um problema, que já muitas vezes referi, que é a falta de alguém capaz de se assumir como independente e de cara limpa e aberta para levar o país para a frente.
Todos estão catalogados em cores. Ontem o médico que falou no FCCT disse que os resultados das autópsias do passado dia 10, dos quais Suthep falou ao fim de três horas como se eles existissem, esses resultados, dizia, não são apresentados pois há médicos vermelhos e médicos amarelos e não se consegue encontrar um acordo.
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