Duas questões relevam da decisão judicial sobre os bens de Thaksin.
O poder dominante no país começou a pregar os últimos pregos no caixão de Thaksin?
O que vai fazer o ex PM acantonado e perto da derrota total?
Depois da decisão de confiscar 46 mil milhões de bath e de concluir que Thaksin violou a lei em dois pontos principais, a não declaração de bens enquanto exercia um cargo público e o abuso desse mesmo cargo para beneficiar as suas empresas com os consequentes prejuízos para o país outras empresas, vão seguir-se uma série de processos cíveis requerendo indemnizações que numa primeira aproximação atinge o valor de 117 mil milhões de bath. De igual modo o Ministério das Finanças irá requerer o pagamento de 12 mil milhões de bath de impostos não pagos. Para além desses processos cíveis procedimentos criminais poderão ser iniciados com as devidas consequências.
O actual PM Abhisit já veio a público para instruir as empresas dependentes do estado e que no entender da decisão judicial foram prejudicadas para que façam prevalecer os seus direitos e o Minsitro das Finanças já fez sabe que irão ser investigados os Administradores dessas mesmas empresas, ao tempo dos factos agora vindos a público. Todas as empresas são do sector de telecomunicações e ontem a bolsa de Bangkok teve uma significativa queda nesse sector.
O sistema Judicial tailandês está disposto a conseguir aquilo que não foi consseguido por outros meios, ou seja a morte política e financeira de Thaksin.
Como vai reagir o ex PM agora que se encontra fortemente acossado e em real perigo de vir a sofrer pedidos de indemnizações que serão muito superiores aos bens que eventualemente detêm, forçando a sua ruptura financeira? Para além desta questão Thaksin irá por certo ser indiciado em vários processos criminais que poderão terminar na condenação, ainda que in absentia, em muitos anos de prisão efectiva.
Parece evidente que não resta ao fugitivo ex PM outra saída que não seja a de lutar de qualquer forma e, utilizando uma linguagem de jogador, “encavar”, para tentar encontrar uma saída do canto onde foi encurralado.
Antes do termo do processo falou-se muito de que negociações estariam em curso no sentido de encontrar uma solução que pudesse ser do agrado de todas as partes e contribuísse para a pacificação no país. Tal rumor parece ter consistência mas o facto é que, se existiram, as negociações falharam já que as partes porventura não conseguiram encontrar o ponto de equilíbrio necessário.
A decisão do Tribunal, se bem que restituiu uma parte a Thaksin, (que muito difícilmente receberá), abriu as portas para aquilo que referi, ou seja colocar os últimos pregos no caixão de Thaksin.
Dizia hoje Nevin, o ex braço direito de Thaksin e que o conhece bem, que este não vai parar e irá incentivar a intensificação das acções dos seus apoiantes já que não lhe resta nenhuma outra alternativa. Segundo Nevin a única possibilidade de Thaksin será a de provocar o regresso ao poder dos seus apoiantes, por qualquer forma, esperando que estes possam aprovar uma lei que o amnistie de todos os crimes.
Estamos perante um cenário de conflito latente e crescente e as acções já iniciadas e programadas quer pela UDD quer pelo Puea Thai são disso um bom exemplo.
Contráriamente ao que muitos julgaram a decisão do passado dia 26 não foi o fim mas o príncipio de uma nova fase neste processo complexo de mudança na sociedade tailandesa.
O poder dominante no país começou a pregar os últimos pregos no caixão de Thaksin?
O que vai fazer o ex PM acantonado e perto da derrota total?
Depois da decisão de confiscar 46 mil milhões de bath e de concluir que Thaksin violou a lei em dois pontos principais, a não declaração de bens enquanto exercia um cargo público e o abuso desse mesmo cargo para beneficiar as suas empresas com os consequentes prejuízos para o país outras empresas, vão seguir-se uma série de processos cíveis requerendo indemnizações que numa primeira aproximação atinge o valor de 117 mil milhões de bath. De igual modo o Ministério das Finanças irá requerer o pagamento de 12 mil milhões de bath de impostos não pagos. Para além desses processos cíveis procedimentos criminais poderão ser iniciados com as devidas consequências.
O actual PM Abhisit já veio a público para instruir as empresas dependentes do estado e que no entender da decisão judicial foram prejudicadas para que façam prevalecer os seus direitos e o Minsitro das Finanças já fez sabe que irão ser investigados os Administradores dessas mesmas empresas, ao tempo dos factos agora vindos a público. Todas as empresas são do sector de telecomunicações e ontem a bolsa de Bangkok teve uma significativa queda nesse sector.
O sistema Judicial tailandês está disposto a conseguir aquilo que não foi consseguido por outros meios, ou seja a morte política e financeira de Thaksin.
Como vai reagir o ex PM agora que se encontra fortemente acossado e em real perigo de vir a sofrer pedidos de indemnizações que serão muito superiores aos bens que eventualemente detêm, forçando a sua ruptura financeira? Para além desta questão Thaksin irá por certo ser indiciado em vários processos criminais que poderão terminar na condenação, ainda que in absentia, em muitos anos de prisão efectiva.
Parece evidente que não resta ao fugitivo ex PM outra saída que não seja a de lutar de qualquer forma e, utilizando uma linguagem de jogador, “encavar”, para tentar encontrar uma saída do canto onde foi encurralado.
Antes do termo do processo falou-se muito de que negociações estariam em curso no sentido de encontrar uma solução que pudesse ser do agrado de todas as partes e contribuísse para a pacificação no país. Tal rumor parece ter consistência mas o facto é que, se existiram, as negociações falharam já que as partes porventura não conseguiram encontrar o ponto de equilíbrio necessário.
A decisão do Tribunal, se bem que restituiu uma parte a Thaksin, (que muito difícilmente receberá), abriu as portas para aquilo que referi, ou seja colocar os últimos pregos no caixão de Thaksin.
Dizia hoje Nevin, o ex braço direito de Thaksin e que o conhece bem, que este não vai parar e irá incentivar a intensificação das acções dos seus apoiantes já que não lhe resta nenhuma outra alternativa. Segundo Nevin a única possibilidade de Thaksin será a de provocar o regresso ao poder dos seus apoiantes, por qualquer forma, esperando que estes possam aprovar uma lei que o amnistie de todos os crimes.
Estamos perante um cenário de conflito latente e crescente e as acções já iniciadas e programadas quer pela UDD quer pelo Puea Thai são disso um bom exemplo.
Contráriamente ao que muitos julgaram a decisão do passado dia 26 não foi o fim mas o príncipio de uma nova fase neste processo complexo de mudança na sociedade tailandesa.