
sábado, 3 de abril de 2010
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Actualização ás 22.30

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A Situação

Os Camisas Cor-de-Rosa

sexta-feira, 2 de abril de 2010
SAR a Princesa Maha Chakrit Sirindhorn

Coincidências?

A fotografia acima mostra uma imagem da manifestação, actualmente a decorrer no Lumpini Park, onde devido aos medos do governo serão mais as forças da ordem, entre polícias e militares, do que manifestantes vestidos, agora, de cor-de-rosa apelando à paz.
A fotografia traz memórias tristes de 1976 quando no dia 6 de Outubro estudantes da Universidade de Thammasat, acusados de serem comunistas, foram massacrados em pleno Sanan Luan e um deles foi exactamente pendurado de uma árvore e agredido até á morte como é documentado em muitos retratos da época.
Essas imagens são horrorosas e por respeito pelos leitores não as público mas são abundantes na net, e sem photoshop, conceito não usado na altura pelas agências de informação e contra informação.
As Notícias da Manhã

Enquanto um forte aparato militar e policial continua a imperar na capital onde, por exemplo, as ruas em redor da Universidade de Chulalongkorn, estão reduzidas a uma faixa de circulação, devido ao facto de a Policia estar a inspeccionar todos os carros que por lá circulam com medo de uma planeada manifestação vermelha na Universidade, no Sul continua a haver graves incidentes causando vítimas.
A zona era um sultanato Malaio e maioritáriamente muçulmano até que em 1902 foi anexada pela Tailândia predominantemente budista. Os terroristas, embora sem face visível e reivindicações claras, aparentam lutar contra "a dominação imposta por Bangkok" e essa luta, que se intensificou em 2004, já causou desde então mais de 4,000 mortos apesar da fortíssima presença de verca de 120.000 homens pertencentes ás forças de segurança aí estacionadas.
A Fuga e a "Caça"

Desde que o presente governo tomou posse que uma das tarefas levadas a cabo pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros tem sido seguir os movimentos de Thaksin Shinawatra.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Dito por um Deputado

Deixo aqui esta ligação para a notícia do Bangkok Post, já que traduzi-la e depois escreve-la pode conduzir a interpretações erradas.
O Impasse
Korbsak, um dos negociadores do lado do Governo, falou com os "vermelhos", segundo ele a pedido de Abhisit, para se analisar a possibilidade de retomar negociações, mas acrescentando logo que o governo não baixaria a sua proposta de eleições dentro de 9 meses.
Por outro lado a UDD diz estar aberta a negociar mas continua a bater na tecla dos impossíveis 15 dias e prepara activamente os seus planos para os próximos dias.
Vários movimentos começaram a mostrar a sua face e todos convergem no sentido de que as partes deverão negociar e que a presente situação não interessa ao país.
Quer o governo quer os vermelhos estão em perca, mais estes últimos do que os primeiros até porque não têm a trabalhar para eles a máquina da comunicação social, cada vez mais controlada pelos militares. Um exemplo disso foi a ordem emitida, públicamente denunciada e não contraditada, pelo comando do exército aos canais 3 e 9 da televisão àcerca do conteúdo da informação que deveriam incluir nos noticiários. Ao menos a cara fica visível.
Para o próximo fim de semana a UDD prepara uma nova manifestação em toda a Bangkok e anunciaram que a partir de Segunda-feira irão levar a cabo uma manifestção do mesmo tipo dia sim dia não.
O país está cansado e os custos quer directos ao erário público quer indirectos nos danos causados á economia são visíveis.
Em relação aos custos que o governo está a suportar dia a dia com as forças de segurança eles são gigantescos causando grande mal estar noutros sectores e igualmente lavantando perguntas em todos os cantos como é que é possível o governo ter dezenas de milhares de soldados e polícias envolvidos na segurança à capital e diáriamente haver granadas que são atiradas para edifícios com importância suficiente para estarem a ser vigiados. Para além disso as investigações a esses actos criminosos não conseguiram até ao momento identificar um único suspeito, pelo menos que seja conhecido do público.
Como na grande maioria dos casos nunca se consegue indiciar ninguém por um acto criminoso pois quando as investigações chegam a um ponto onde existe alguém suspeito com "padrinhos" a investigação desvia-se ou termina. Este um dos grandes problemas de todas as investigações no país como, por exemplo, o famigerado caso Santika, onde embora o próprio Ministério da Justiça tenha levantado graves suspeitas sobre um comandante da polícia, pretensamente o proprietário do clube. Como se sabe ainda nada aconteceu e por certo serão um dia condenados os empregados ou o arrumador de carros que é legalmente o gerente.
No entretanto o Camboja aproveita para entrar na campanha de desinformação e ontem um dos mais lidos jornais no país dizia que a Tailândia tinha reduzido os efectivos militares na fronteira em 50% para fazer frente aos problemas na capital. Isto vem na sequência do anúncio feito há duas semanas pelo comandante das forças cambojanas sitiadas na zona do templo de Phrae Viharn de que recentemente tinham morto 88 soldados tailandeses por invasão do território do país. Tal foi hoje, e só hoje, negado pelo exército tailandês.
Com as dificuldades que o país sente em todas as fronteiras, especialmente com a Birmânia e com o Camboja e com a situação no Sul onde estão estacionadas 120.000 elementos das várias forças de segurança, a questão da segurança nacional começa a ser posta em causa e comentada nos corredores militares como ontem mesmo pude constatar numa alargada reunião no Comando Supremo das Forças Armadas onde estive presente.
Um mediador, independente, respeitado e sem cor necessita-se urgentemente, só que não consigo lembrar-me de nenhum nome e também os tailandeses com quem contacto não.
terça-feira, 30 de março de 2010
A Última Ronda Negocial?

Ontem aconteceu a segunda ronda negocial e muito pouco se terá avançado.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Quero ir para Casa

Os vermelhos querem terminar com a manifestação, Thaksin quer regressar ao país e Abhisit quer ir também para casa donde se encontra arredado faz hoje exactamente 15 dias.
Será que os primeiros e o último vão conseguir realizar os seus objectivos na ronda de negociações que está preste a começar?
Quanto ao segundo irá ter de esperar muitos anos para que tal seja possível. Como já por vezes referi Thaksin não é parte da solução para os problemas deste país.

Deixou a capital pela manhã e é esperado regressar por volta das 4 da tarde para retomar as conversações com a liderança da UDD às 6 da tarde. O Dr. Weng já anunciou que se Abhisit não estiver presente a ronda não acontecerá.
Abhisit tem pouco tempo pois amanhã parte para uma viagem de dois dias ao Barém.
Analisando o que ontem aconteceu pode dizer-se que o clima foi de grande cordialidade e respeito mútuo mas pouco se avançou.
O mais positivo foi mesmo o facto de todo o país ter visto que é na mesa das negociações que o debate político se deve fazer e que é possível "vermelhos e amarelos" falarem de forma civilizada e respeitando-se. Isso ficou bem demonstrado na forma que quer Abhisit tratou Veera quer o contrário. Abhisit sempre se referiu a Veera como Pi Veera e este ao PM como Tan Nayok Ratha Montri.
Contudo a distância entre as partes é grande. Uns querem a dissolução imediata do Parlamento, a UDD, e o governo quer explicar que com o presente sistema legal e constitucional isso não é a solução, mas também não avança para um calendário para as mudanças necessárias.
Abhisit tentou ser lógico e explicar que se se avançasse para eleições poderíamos ter o mesmo cenário de 2008 com uma vitória do Puea Thai a ser contestada nas ruas pelo PAD. Abhisit lembrou que naquela altura quando o PAD pedia a dissolução do Parlamento ele foi a voz que se levantou contra a medida, tal como o faz agora.
O PM tem razão já que a presente lei constitucional está feita contra o sistema político partidário bem como muitas das cláusulas do legislado sobre eleições. Tem contudo de apresentar um calendário e uma proposta para que seja possível avançar com as reformas de tal forma que qualquer que seja o resultado das eleições o sistema político e os actores envolventes o aceitem e não haja intromissão no funcionamento por órgãos de origem não democrática, como hoje acontece.
A UDD se quer ser parte da solução para a crise da democracia no país tem de entender aquilo que Abhisit diz e criar o ambiente favorável para que o debate e as reformas do sistema político sejam céleres, eficazes e independentes e que só depois se pode e deve pensar em eleições. Há contudo um elemento importante a ter em conta que é o facto do maior partido político, o Puea Thai, não estar sentado à mesa das negociações. Embora Jatuporn seja Deputado pelo partido não é uma voz com poder decisório na sua estrutura. Pode acontecer que a UDD acorde uma plataforma com o governo e depois o Puea Thai não esteja disponível para a prosseguir nos fóruns necessários o que frustrará a sua efectivação. Espera-se que a UDD consulte hoje o Puea Thai e possa de alguma forma acordar com ele uma posição comum
É sabido que não existe grande confiança entre as partes. De um lado o governo está sempre timorato de que a UDD seja somente uma mascara de Thaksin – competindo a estes desfazer esse argumento com actos reais – e a UDD entende que se o presente governo continuar em funções alguns dos partidos na coligação continuem a usar os dinheiros e o aparelho do estado, como hoje acontece, em benefício próprio e com o objectivo de obter vantagens eleitorais. Compete a Abhisit mostrar que é capaz de solucionar essa questão.
As perspectivas não são muitas mas, como sempre tenho referido, é melhor estarem sentados á volta de uma mesa a falar, e repito de forma muito respeitosa, do que utilizarem outros palcos para fazer ouvir os seus pontos de vista.
Continua a haver lançamentos de granadas por mãos desconhecidas e as conversações são uma das melhores formas para derrotar esses agitadores.
domingo, 28 de março de 2010
Conversações


Negociações

Domingo 28

