sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Lisboa não fica atrás

Lisboa quis mostrar que nós também temos cheias e desdobrou-se em esforços para ultrapassar Bangkok o que conseguiu com alta classificação.

Ainda não está ao nível das cheias no centro da Tailândia mas a desordem urbanística e o desleixo dos escoamentos fez com que muitas artérias da baixa lisboeta se transformassem esta manhã em verdadeiros rios como se pode ver nas imagens.






Água



As cheias continuam a ser o tema central na Tailândia.

A zona central do país está "debaixo de água" e o número de mortos ascende já a uma centena mas há também a registar um número não conhecido de desaparecidos.

Anuncia-se agora que o pior para Bangkok pode surgir no dia 8 de Novembro quando a maré no Golfo registar o seu ponto mais alto e entretanto as comunidades ribeirinhas vão se preparando algumas já com os pés bem dentro de água.

O pior contudo continua a ser a zona centro como referi com especial foco nas província de Lop Buri e de Auythya onde a água persiste em manter-se bem alta apesar da melhoria das condições climatéricas. Os solos estão tão saturados que as águas não conseguem ser absorvidas.

Há inúmeras povoações isoladas e nalgumas províncias os pontos secos transformaram-se em ilhas só acessíveis por helicóptero.

O povo tailandês continua a sua bonomia e como se pode ver nas imagens enfrenta as adversidades de uma forma tão natural e tão diferente daquilo que nós ocidentais o fazem.

Pode ver-se uma rapariga na sua casa meia inundada que não quer perder o seu programa de televisão e numa outra um residente enfrenta as águas para tentar apanhar peixes que vêm arrastados nas correntes. Note-se também a serenidade do monge ao enfrentar água quase pelo pescoço.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

As Cheias


Apesar da presença de Ban Kii-moon em Bangkok as cheias não podem de deixar de ser a notícia principal.

Até ao momento estão contabilizados 56 casos fatais e há centenas de milhares de pessoas afectadas sanitariamente pelas cheias devido fundamentalmente à falta de água ou à sua contaminação.

O Governador de Bangkok apelou às autoridades que tentassem moderar os fluxos de água das barragens na parte superior do Chao Phraya visto a zona ribeirinha do rio estar já totalmente tomada pelas águas que continuam a subir. Ontem na estação de Pak Klhong Talat, o mercado das flores junto ao tempo do Wat Po ou templo do Budha reclinado, as águas tinham atingido 2,23 metros acima do nível do mar. De igual modo a corrente no rio é forte o que provoca preocupações caso haja pessoas ou bens que sejam envolvidos pelas águas.

Outro dos problemas em Bangkok, para além das zonas adjacentes aos canais da cidade, é a zona de Lat Krabang, transversal norte-sul a leste da capital a não muito longe do novo aeroporto, que para além de ser uma zona pantanosa está a sofrer os efeitos da construção desse mesmo aeroporto que nalgumas das suas frentes funciona como barragem às águas naturais que por ali deveriam correr e se acumulam inundando grandes áreas.

Nós homens ditos sapientes temos, por todo o Mundo, a brilhante ideia de construir projectos em cima das correntes naturais de água, que dizemos estarem secas, e quando estas são em grande volume não conseguem encontrar as saídas e criam albufeiras que tudo destroem.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cheias em Bangkok

A água avança rápido sobre Bangkok e o governo prepara um plano de evacuação das populações das zonas ribeirinhas, quer junto do rio quer dos muitos canais da Veneza do Oriente como antigamente era chamada a cidade.

Até agora foram contabilizadas 41 vítimas fatais e os prejuízos para o país e para as pessoas em bens e em perdas de rendimento futuro, fundamentalmente na agricultura, são muito significativos.

O povo tailandês tem contudo uma relação muito especial com a água, fonte de riqueza e de purificação, que está bem ilustrada na fotografia acima.

A Tailândia é mesmo a terra dos sorrisos.

domingo, 24 de outubro de 2010

Inundações


Mesmo em Portugal não posso deixar de sentir a ansiedade com que se vive neste momento em muitas áreas na Tailândia devido às cheias que assolam grande parte da zona central do país.

A maioria das províncias nessa zona estão "debaixo e água" e estão contabilizados até agora 37 vítimas mortais das piores inundações de há muitos anos.

Várias barragens não resistiram e tiveram de ser abertas ou viram as suas barreiras serem galgadas pelo volume da águas.

Em meados da próxima semana espera-se que essas águas cheguem à capital o que conjugado com a alta maré dos dias 26 e 27 irá por certo fazer com que o Chao Phraya salte do seu leito e tome conta das margens.

O Governador de Bangkok tem andado incansável a tentar proteger a cidade e oxalá os esforços das forças de prevenção consigam minorar as cheias visto que uma coisa é certa. O volume de água é tanto e os solos estão tão empapados que não há duvidas que elas virão por aí abaixo em direcção ao Golfo da Tailândia que por si também está cheio.

Como dizia hoje um jornal "todos os olhos estão postos no rio".