

O renegado General continua em estado crítico num hospital da capital fortemente guardado por blindados e centenas de soldados como se o seu corpo metesse medo.
Mais recentemente é ele o "engenheiro" das barricadas vermelhas e é ele que treina os guardas em artes marciais e eventualmente no uso de explosivos. Como se sabe não é difícil obter material bélico pois ele é vendido ao desbarato depois de ser desviado dos arsenais militares. Por exemplo no Sul do país as balas vendem-se livremente nos mercados locais sem nenhuma interferência da polícia visto serem eles os principais intermediários. Nos incidentes ao norte da capital em Rangsit há dua semanas quando foi deixado abandonado um saco com 67 granadas veio a provar-se que era pertença de um polícia que as vendia a 1.200 bath cada.
Quando o sistema de investigação só investiga de acordo com os interesses de alguns e a justiça só julga aquilo que é conveniente e nunca vai contra interesses estabelecidos temos Seh Daengs e outros quejandos á solta a destruir este país actuando com total impunidade.
Nevin e o seu pai Chai, o Presidente do Parlamento viraram rapidamente a sua atenção para se tornarem ainda mais devotos á defesa da monarquia, um facto que sempre consegue ter eco e ficar bem junto de certos sectores da sociedade. Nevin, o antigo braço direito e esquerdo de Thaksin, que tem como único propósito na carreira política o enriquecimento e o controlo do número suficiente de votos que lhe permita estar sempre em cena, com a ajuda quer do seu pai quer do Ministro do Interior Chaowarat, montaram uma máquina de controlo das próximas eleições de modo que aquele objectivo continue a ser uma realidade.
Por outro lado viraram o seu discurso somente para a "defesa da monarquia". Desde Outubro do ano passado que Nevin as únicas vezes que fala, e que são poucas, é só para louvar a monarquia ou para mostrar o seu desagrado contra algum facto que no entender dele(s) pode merecer a atenção da comunicação social como uma ofensa á monarquia. De política nunca fala, aquele que é um dos principais actores da cena política tailandesa.
Agora dedicam-se a não entenderem como existem "tantos sítios de internet contra a monarquia" e que irão devotar o seu tempo e energia a lutar contra esta causa.
Entretanto correm rumores também de que o Bhum Jai Thai Party, o seu partido pode acabar e dar lugar a um outro partido mais amplo que fosse liderado por Pravit, o actual Ministro da Defesa partido esse que teria por objectivo atingir o poder com Pravit PM e Anupong Ministro da Defesa. Deste modo Nevin continuaria na sombra, não só porque é o lugar que gosta mas também porque tem os direitos políticos cerceados até meados de 2012, trabalhando para a angariação de fundos para o partido e na sua posição de controleiro.
Também o PNP (o braço político do PAD) volta a atacar o governo por entender que o que se passa actualmente é uma telenovela onde o escritor do guião anda á procura de como escrever o final feliz pois tudo tem de acabar bem para todos. Condena violentamente o "namoro" entre os dois campos e volta a apelar à intervenção contra os vermelhos.
Hoje o Vice PM Suthep apresentou-se na polícia para ouvir a acusação, devido a uma queixa das famílias das vítimas do 10 de Abril, de que é responsável pela morte de inocentes. Antes a UDD tinha dito que se Suthep se rendesse e que se o mesmo tratamento fosse garantido aos seus líderes, acabavam com a manifestação, mas agora dizem que querem que Suthep se apresente na Divisão de Supressão de Actividades Criminais e não no Departamento de Investigação Especiais onde foi! O mesmo pedido foi feito pela UDD em relação a Abhisit mas este tem de requerer o levantamento da imunidade parlamentar. Suthep no ano passado demitiu-se de Deputado depois de uma investigação ter concluído que ele violara o regulamento sobre a detenção de acções em empresas estatais por membros do parlamento.
Noutras notas soltas, o MNE Kasit chamou ao Ministério o Embaixador dos Estados Unidos para apresentar queixa por "interferência nos assuntos internos" do país por um alto funcionário americano, Kust Campbell, como ontem referi, se ter reunido com a oposição ao governo. É a segunda vez em pouco mais de duas semanas que Kasit tem um "desacordo" com os diplomatas acreditados em Bangkok. Kasit está por certo esquecido que a 12 de Abril, na Universidade John Hopkins, em plenos EEUU, comparou Thaksin a Hitler e acusou três países de o acolher: a Rússia, a Suécia e os Emiratos Árabes Unidos. Dois entendimentos do que é ingerência.A Tailândia tem nos EEUU um dos sue mais antigos aliados (177 anos) e o gesto por certo terá consequências em Washington.
Os nomes dos negociadores por ambas as partes andam já nas bocas de muitos e, a serem verdade, mostram que as negociações estão a ser muito mais feitas entre Thaksin e Abhisit do que entre a UDD e os Democratas.