Uma das prioridades anunciadas pelo Governo de Abhisit Vejjajiva é reparar os danos feitos à imagem do país no Mundo após o turbulento ano político de 2008.
Ontem o Banco da Tailândia apresentou as suas conclusões dos danos sofridos pelo país com a ocupação dos aeroportos durante 10 dias no final do ano e tal estudo aponta para o número astronómico, e sabe-se bem quanto os bancos centrais são conservadores, de 290 mil milhões de bath, o que ao câmbio de hoje representa um pouco mais de 6 mil milhões de € e por outro lado é 3% do PIB da Tailândia. Os jornais fazem eco também das palavras de um diplomata Japonês acreditado na capital referindo a necessidade de o país fazer "um grande esforço" para recuperar turistas e investidores. Refira-se que o Japão é o maior investidor no país com mais de 6.000 empresas instaladas e com uma forte componente na indústria automóvel na sua generalidade, carros peças e acessórios.
Uma fatia importante do orçamento dos Ministérios do Turismo e do Comércio é dedicada precisamente a tentar recuperar ambos os turistas e os empreendedores tão necessários para desenvolver o sector exportador. Refira-se aqui, e como uma novidade no orçamento neste sector, o facto de o Governo ir dedicar parte de sua atenção aos tailandeses residentes no estrangeiro, como se sabe sempre uma fonte importante de atracão de exportações para os países onde se instalaram. Anteriores governos pouca ou nenhuma atenção tinham dado a este sub-sector.
Um dos aspectos cruciais nesta batalha para restaurar credibilidade vai ser a realização da cimeira da ASEAN, já adiada e que tem andado "em bolandas" com constantes mudanças de localização e data.
Acabou ontem de ser confirmada a sua realização para 27 de Fevereiro até 1 de Março em Hua Hin, a estância costeira a três horas de Bangkok, mas a cimeira vai ficar "coxa" visto não ter sido possível associar a ela, como de costume, as reuniões ASEAN+3 e ASEAN+6 que constituem outras importantes plataformas nas quais a organização tenta ter um papel de liderança.
Hoje no Bangkok Post Achara Ashayagachat, uma das mais conceituadas jornalistas no país, num artigo com o título " ASEAN is perplexed but understanding" alertava ser esta a última oportunidade que o Governo tem para regressar ao pleno convívio das Nações.
Contudo muitas nuvens existem ainda no ar e apesar da mudança de local da cimeira, com medo de problemas criados pela UDD, esta já anunciou que irá mobilizar as suas forças para Hua Hin para perturbar/impedir o funcionamento da cimeira.
Noutro artigo, desta vez no The Nation, alertava-se o governo para o facto de se não tomarem nenhumas medidas punitivas contra as acções do PAD no passado e responsabilizarem este movimento e os seus lideres pelos danos causados ao país, estarão implicitamente a abrir as portas para que a UDD utilize os mesmos meios e tácticas devido à impunidade de que, no passado, semelhantes actos beneficiaram.
Abhisit, entretanto vai se desdobrando em preparações para apresentar publicamente o seu programa de estímulos para a economia, ontem descrito através da imprensa. Na realidade na próxima semana o PM vai falar em três Forums, em dias consecutivos, e tenho informação de que um quarto está já em preparação, desta vez para os empresários. Embora o pacote de medidas anunciadas se destine, fundamentalmente, aos meios menos favoráveis aos Democratas, numa clara tentativa de "matar dois coelhos com a mesma cajadada", os problemas que afectam os mais desprotegidos e desviar os seus corações de "amar" Thaksin, as apresentações serão feitas primeiro à elite de Bangkok no FCCT depois a quem pagar 3.500 bath por lugar num grande Forum organizado pelo Bangkok Post na capital e por fim aos convidados do Board of Investment, na realidade o mesmo conjunto de pessoas para os três dias, excepto a imprensa estrangeira que só irá ao FCCT visto poder colocar questões.
Duro trabalho espera a equipa governamental e como se sabe destruir uma imagem dura um segundo mas construí-la ou refazê-la pode durar uma vida.
É este um desafio crucial para esta governação.
Ontem o Banco da Tailândia apresentou as suas conclusões dos danos sofridos pelo país com a ocupação dos aeroportos durante 10 dias no final do ano e tal estudo aponta para o número astronómico, e sabe-se bem quanto os bancos centrais são conservadores, de 290 mil milhões de bath, o que ao câmbio de hoje representa um pouco mais de 6 mil milhões de € e por outro lado é 3% do PIB da Tailândia. Os jornais fazem eco também das palavras de um diplomata Japonês acreditado na capital referindo a necessidade de o país fazer "um grande esforço" para recuperar turistas e investidores. Refira-se que o Japão é o maior investidor no país com mais de 6.000 empresas instaladas e com uma forte componente na indústria automóvel na sua generalidade, carros peças e acessórios.
Uma fatia importante do orçamento dos Ministérios do Turismo e do Comércio é dedicada precisamente a tentar recuperar ambos os turistas e os empreendedores tão necessários para desenvolver o sector exportador. Refira-se aqui, e como uma novidade no orçamento neste sector, o facto de o Governo ir dedicar parte de sua atenção aos tailandeses residentes no estrangeiro, como se sabe sempre uma fonte importante de atracão de exportações para os países onde se instalaram. Anteriores governos pouca ou nenhuma atenção tinham dado a este sub-sector.
Um dos aspectos cruciais nesta batalha para restaurar credibilidade vai ser a realização da cimeira da ASEAN, já adiada e que tem andado "em bolandas" com constantes mudanças de localização e data.
Acabou ontem de ser confirmada a sua realização para 27 de Fevereiro até 1 de Março em Hua Hin, a estância costeira a três horas de Bangkok, mas a cimeira vai ficar "coxa" visto não ter sido possível associar a ela, como de costume, as reuniões ASEAN+3 e ASEAN+6 que constituem outras importantes plataformas nas quais a organização tenta ter um papel de liderança.
Hoje no Bangkok Post Achara Ashayagachat, uma das mais conceituadas jornalistas no país, num artigo com o título " ASEAN is perplexed but understanding" alertava ser esta a última oportunidade que o Governo tem para regressar ao pleno convívio das Nações.
Contudo muitas nuvens existem ainda no ar e apesar da mudança de local da cimeira, com medo de problemas criados pela UDD, esta já anunciou que irá mobilizar as suas forças para Hua Hin para perturbar/impedir o funcionamento da cimeira.
Noutro artigo, desta vez no The Nation, alertava-se o governo para o facto de se não tomarem nenhumas medidas punitivas contra as acções do PAD no passado e responsabilizarem este movimento e os seus lideres pelos danos causados ao país, estarão implicitamente a abrir as portas para que a UDD utilize os mesmos meios e tácticas devido à impunidade de que, no passado, semelhantes actos beneficiaram.
Abhisit, entretanto vai se desdobrando em preparações para apresentar publicamente o seu programa de estímulos para a economia, ontem descrito através da imprensa. Na realidade na próxima semana o PM vai falar em três Forums, em dias consecutivos, e tenho informação de que um quarto está já em preparação, desta vez para os empresários. Embora o pacote de medidas anunciadas se destine, fundamentalmente, aos meios menos favoráveis aos Democratas, numa clara tentativa de "matar dois coelhos com a mesma cajadada", os problemas que afectam os mais desprotegidos e desviar os seus corações de "amar" Thaksin, as apresentações serão feitas primeiro à elite de Bangkok no FCCT depois a quem pagar 3.500 bath por lugar num grande Forum organizado pelo Bangkok Post na capital e por fim aos convidados do Board of Investment, na realidade o mesmo conjunto de pessoas para os três dias, excepto a imprensa estrangeira que só irá ao FCCT visto poder colocar questões.
Duro trabalho espera a equipa governamental e como se sabe destruir uma imagem dura um segundo mas construí-la ou refazê-la pode durar uma vida.
É este um desafio crucial para esta governação.