sábado, 15 de maio de 2010

Ainda Sábado

Embora o dia tenha estado mais calmo, tendo mesmo o CRES dito que várias zonas da cidade estavam controladas pelo governo, o facto é que continua a haver confrontos e até ao momento já se contam 6 mortos e 31 feridos.

O PM veio à televisão para reafirmar o que sempre diz ou seja que as tropas actuam dentro do total cumprimento das regras e de acordo com a lei. De facto a Lei de Emergência permite certa imunidade aos militares e a decisão do gabinete de 2 de Maio que aprovou, dentro do Estado de Emergência, a autorização para o uso de balas contra os manifestantes fecham o circuito de impunidades. Não sou especialista, mas ainda não há uma hora uma amigo, que o é, dizia-me que o governo estava a violar as leis internacionais no que respeita à forma de lidar com manifestações em zonas urbanas. Logo que obtiver detalhes voltarei a este assunto.

Para além disso o PM veio dizer que não se deve estar a "contar os mortos" pois isso só aumenta a divisão no país e pode criar mal entendidos nas gentes da província, os eternos "analfabetos" para as gentes de Bangkok.

Os incidentes de hoje estiveram básicamente em duas frentes: as traseiras de Rajaprasong, ou seja entre esta área e Makkassan e Bon Kai a zona a este do Suan Lum Night Bazar. Bon Kai é uma zona preveligiada para os vermelhos actuarem pois o seu emaranhado de ruas permite os movimentos e as escapadas com mais facilidade. O CRES anunciou que nessa area os militares abateram, "com um só tiro" (qual filme de cowboys), um sniper que se encontrava num prédio no local.

Os snipers parece serem a grande atracção e não é raro ver-se pessoas a olharem para o alto dos prédios à sua procura. Ontem um turista australiano avistou dois snipers no Charn Issara de Rama IV tirou as fotografias e depois deu-as à comunicação social.

O barulho de tiros e de pequenas explosões, os fumos e as sirenes são constantes nesta parte da zona interdita da cidade.

O PM disse também que é dever do governo continuar a sua acção para reposição da ordem e da segurança da população. Presume-se, como sempre é dito pelos seus apoiantes amarelos, que os vermelhos não são tailandeses ou se são não interessam a este país, como alguém muito importante disse não há muito tempo.

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