Realizou-se na Praça do Monumento à Victória uma manifestação das "gentes sem cor", daqueles que querem ver o país avançar sem a divisão vermelha-amarela que tem caracterizado o país nos últimos anos.
Têm contudo uma slogan que está por detrás de uma das cores, a Não Dissolução do Parlamento, um facto que hoje em dia só é contestado pelos amarelos do PAD.
Os parceiros da coligação dos Democratas, o Puea Thai e o General Anupong, as principais forças politicas e militares do país recomendam a dissolução do Parlamento como forma de resolver a crise.
A posição do partido Democrata de Abhisit é contudo para mim a mais sensata mas tem tido o problema de não ter eco e o próprio PM "estar incapacitado" de a levar por diante. Abhisit quer reformar o sistema político e depois avançar para eleições. Tem toda a razão em não apaludir a simples dissolução pois avançar apara eleições com o actual sistema legal e no clima de instabilidade que se vive não conduzirá a nenhum efeito positivo e a própia campanha pode ser geradora de violência.
O movimento que juntou ontem 1.000 pessoas, de acordo com fontes da polícia, e 400 de acordo com o The Nation, é um movimento que nasceu através do Facebook e que conta com 100.000 aderentes embora o seu líder, um médico de nome Tul Sitthisomwong, diga que são actualmente 300.000. Eu diria que são muitos mais pois em questões politicas a "maíoria silenciosa " é sempre a maior. Note-se que em quase todas as eleições que acontecem pelo Mundo o Partido que acaba por governar um qualquer país raramente tem mais de 50% dos votos.
Os tempos são outros e hoje constituem-se movimentos cívicos através de redes sociais cibernéticas.
Os media e a internet são hoje em dia dois dos meios mais importantes em qualquer transformação social. Não desconhecendo este facto o governo lá vai tentando calar os poucos meios de comunicação social que não controla, e fechando sítios de internet, como ontem foi fechado um dos mais importantes sítios que tem lutando contra os prísioneiros de consciência na região. Pena que o governo não saiba, também ele usar os novos meios e comunicação sem destruir aqueles de que não gosta. Aliás o núcleo mais próximo de Abhisit, e em menor escala este também, são adeptos quer do Twitter quer do Facebook, com relevo para Panittan.
Nos media o pior é quando eles se intitulam de "independentes" e depois difundem notícias distorcidas e enganadoras. De entre esses pior ainda são aqueles, como o The Nation, que vai mudando o sentido editorial de acordo com o vento e de uma posição "500%" amarela parecem agora uma "papaia", o adjectivo para usar os que vacilam entre os amarelos e os vermelhos.
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