
A UDD já iniciou a esta hora, que inicio este escrito, uma caravana que irá percorrer toda a cidade de Bangkok durante cerca de 9 horas segundo o plano que ontem anunciaram. Prudente e avisadamente anunciaram que a caravana iria evitar todas as zonas consideradas sensíveis.
Ás 8.30 começou a organização, a acreditação da imprensa e todos os preparativos para que a marcha arrancasse pelas 10 da manhã. Pelo que se soube ontem será como que um corso a desfilar pela cidade toda numa jornada de propaganda do movimento.
Entretanto o governo ainda não respondeu à declaração aa UDD de estar pronta para se sentar à mesa de negociações tendo o PM Abhisit tentando desviar a atenção tentando pôr outra vez a conversa ao nível Governo-Thaksin, inquirindo sobre qual o papel do fugitivo no movimento. Este entretanto, e numa bofetada de luva branca (caso raro em Thaksin), mas muito devida à forma pouco cuidada como o governo actua, regressou ao Dubai. No início da semana o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros tinha afirmado que os Emiratos tinham expulso Thaksin e que tinha recebido essa informação do encarregado da Missão em Bangkok. Falhou e perdeu a face.
A liderança da UDD entretanto perguntou porque é que era tão difícil a Abhisit dissolver o Paralamento e convocar eleições lembrando ao PM as suas palavras recentes de que o Partido Democrata obteria nas próximas eleições mais de metade dos votos e Deputados.
Um facto novo e de relevo foi o apoio recebido pela Federação dos Estudantes Tailandeses que emitiu um comunicado onde se manifesta solidária com o movimento e destaca a postura não violenta do mesmo.
Assim se espera que a jornada de hoje continue, não violenta, organizada e que os residentes de Bangkok possam também ver ou não ver, aderir ou não, mas de uma forma pacifica e respeitadora.
Ás 3.10 da tarde a Televisão anunciava que o última comitiva estava prestes a sair de Phan Fa, onde se ncontra o centro das actividades da UDD, enquanto a primeira acabava de chegar. Aquilo que o Bangkok Post anuncia como a onda vermelha vai continuar ao longo do dia pela cidade.
Pude testemunhar a passagem da caravana por uma da zona próxima de onde moro e tudo decorreu com grande civilidade e mesmo sem grandes transtornos para o trânsito. Os manifestantes passaram buzinando, agitando bandeiras e lembrando os seus slogans, os transeuntes, uns manifestavam-se em apoio, acenando aos manifestantes, outros passavam indiferentes mas não se viu ninguém a lançar qualquer tipo de desagravo para a caravana o que evita qualquer mal entendido.
Interessante foi ouvir uma velha senhora vendedora ambulante de panquecas, dizento isto é só de gente que come demais e não tem nada para fazer, mas isto tudo num conversa só com as suas panquecas.

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