terça-feira, 2 de setembro de 2008

E agora?


As perguntas que a maioria das pessoas fazem, são: Como está a situação e o que vai acontecer.

A situação está, aparentemente calma, para quem esteja fora da área Governamental, onde a tensão, cuidado não confundir com confrontação, está a acontecer.

Esta madrugada após os incidentes e do aparecimento da Primeira Companhia do Exército Tailandês a situação arrefeceu e os intervenientes regressaram às suas bases, tendo posteriormente o UDD/DAAD dispersado. Contudo o PAD continua a desafiar a declaração do Estado de Emergência chamando mais pessoas para se juntarem a eles e continuando a afirmar que não cedem e que irão para a frente com o projecto da Greve Geral para amanhâ. Entretanto os aeroportos de Krabi e Hat Yai foram, de novo, tomados por apoiantes do PAD.

A questão agora parece estar claramente dependente de até que ponto o PAD quer esticar a corda e enfrentar uma tropa de elite bem equipada e bem preparada. A disposição dos militares é de não avançarem mas, estando o PAD neste momento fora da lei ( o Estado de Emergência proíbe ajuntamentos de mais do que 5 pessoas ), qualquer pequena provocação pode ser o suficiente para que isso aconteça. Convém aqui lembrar que enquanto a Policia é sempre vista com alguma suspeita pelo facto de Thaksin ser Lt Gen da Policia, o Exército é apelidado de "os soldados do Rei" e por isso uma afrontação com eles tem contornos bem diferentes especialmente para o PAD que clama serem os guardiões da Monarquia.

Noutro acontecimento do dia a Comissão de Eleições decidiu enviar para o Tribunal Constitucional o processo de dissolução do PPP que deverá demorar entre 4/5 meses a concluir. A coincidência, é na realidade uma coincidência visto que o dia 2 de Setembro era há muitos dias o dia marcado para a CE apreciar este caso. Contudo criou enormes confusões pois a imprensa relatou que a CE "tinha dissolvido o PPP" o que na realidade não aconteceu.

Aconteça o que acontecer nas próximas horas continua-se a não entender muito bem como é que uma sociedade completamente partida ao meio em todos os seus extractos vai conseguir encontrar a força e as ideias para se reunir.

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