O Primeiro-ministro deixou Bangkok esta manhã para visitar o Sultanato de Brunei, uma visita que já tinha adiado aquando do início da presente crise política. Nessa altura Abhisit teve de cancelar as visitas ao sultanato e à Austrália.
Deixou a capital pela manhã e é esperado regressar por volta das 4 da tarde para retomar as conversações com a liderança da UDD às 6 da tarde. O Dr. Weng já anunciou que se Abhisit não estiver presente a ronda não acontecerá.
Abhisit tem pouco tempo pois amanhã parte para uma viagem de dois dias ao Barém.
Analisando o que ontem aconteceu pode dizer-se que o clima foi de grande cordialidade e respeito mútuo mas pouco se avançou.
O mais positivo foi mesmo o facto de todo o país ter visto que é na mesa das negociações que o debate político se deve fazer e que é possível "vermelhos e amarelos" falarem de forma civilizada e respeitando-se. Isso ficou bem demonstrado na forma que quer Abhisit tratou Veera quer o contrário. Abhisit sempre se referiu a Veera como Pi Veera e este ao PM como Tan Nayok Ratha Montri.
Contudo a distância entre as partes é grande. Uns querem a dissolução imediata do Parlamento, a UDD, e o governo quer explicar que com o presente sistema legal e constitucional isso não é a solução, mas também não avança para um calendário para as mudanças necessárias.
Abhisit tentou ser lógico e explicar que se se avançasse para eleições poderíamos ter o mesmo cenário de 2008 com uma vitória do Puea Thai a ser contestada nas ruas pelo PAD. Abhisit lembrou que naquela altura quando o PAD pedia a dissolução do Parlamento ele foi a voz que se levantou contra a medida, tal como o faz agora.
O PM tem razão já que a presente lei constitucional está feita contra o sistema político partidário bem como muitas das cláusulas do legislado sobre eleições. Tem contudo de apresentar um calendário e uma proposta para que seja possível avançar com as reformas de tal forma que qualquer que seja o resultado das eleições o sistema político e os actores envolventes o aceitem e não haja intromissão no funcionamento por órgãos de origem não democrática, como hoje acontece.
A UDD se quer ser parte da solução para a crise da democracia no país tem de entender aquilo que Abhisit diz e criar o ambiente favorável para que o debate e as reformas do sistema político sejam céleres, eficazes e independentes e que só depois se pode e deve pensar em eleições. Há contudo um elemento importante a ter em conta que é o facto do maior partido político, o Puea Thai, não estar sentado à mesa das negociações. Embora Jatuporn seja Deputado pelo partido não é uma voz com poder decisório na sua estrutura. Pode acontecer que a UDD acorde uma plataforma com o governo e depois o Puea Thai não esteja disponível para a prosseguir nos fóruns necessários o que frustrará a sua efectivação. Espera-se que a UDD consulte hoje o Puea Thai e possa de alguma forma acordar com ele uma posição comum
Deixou a capital pela manhã e é esperado regressar por volta das 4 da tarde para retomar as conversações com a liderança da UDD às 6 da tarde. O Dr. Weng já anunciou que se Abhisit não estiver presente a ronda não acontecerá.
Abhisit tem pouco tempo pois amanhã parte para uma viagem de dois dias ao Barém.
Analisando o que ontem aconteceu pode dizer-se que o clima foi de grande cordialidade e respeito mútuo mas pouco se avançou.
O mais positivo foi mesmo o facto de todo o país ter visto que é na mesa das negociações que o debate político se deve fazer e que é possível "vermelhos e amarelos" falarem de forma civilizada e respeitando-se. Isso ficou bem demonstrado na forma que quer Abhisit tratou Veera quer o contrário. Abhisit sempre se referiu a Veera como Pi Veera e este ao PM como Tan Nayok Ratha Montri.
Contudo a distância entre as partes é grande. Uns querem a dissolução imediata do Parlamento, a UDD, e o governo quer explicar que com o presente sistema legal e constitucional isso não é a solução, mas também não avança para um calendário para as mudanças necessárias.
Abhisit tentou ser lógico e explicar que se se avançasse para eleições poderíamos ter o mesmo cenário de 2008 com uma vitória do Puea Thai a ser contestada nas ruas pelo PAD. Abhisit lembrou que naquela altura quando o PAD pedia a dissolução do Parlamento ele foi a voz que se levantou contra a medida, tal como o faz agora.
O PM tem razão já que a presente lei constitucional está feita contra o sistema político partidário bem como muitas das cláusulas do legislado sobre eleições. Tem contudo de apresentar um calendário e uma proposta para que seja possível avançar com as reformas de tal forma que qualquer que seja o resultado das eleições o sistema político e os actores envolventes o aceitem e não haja intromissão no funcionamento por órgãos de origem não democrática, como hoje acontece.
A UDD se quer ser parte da solução para a crise da democracia no país tem de entender aquilo que Abhisit diz e criar o ambiente favorável para que o debate e as reformas do sistema político sejam céleres, eficazes e independentes e que só depois se pode e deve pensar em eleições. Há contudo um elemento importante a ter em conta que é o facto do maior partido político, o Puea Thai, não estar sentado à mesa das negociações. Embora Jatuporn seja Deputado pelo partido não é uma voz com poder decisório na sua estrutura. Pode acontecer que a UDD acorde uma plataforma com o governo e depois o Puea Thai não esteja disponível para a prosseguir nos fóruns necessários o que frustrará a sua efectivação. Espera-se que a UDD consulte hoje o Puea Thai e possa de alguma forma acordar com ele uma posição comum
É sabido que não existe grande confiança entre as partes. De um lado o governo está sempre timorato de que a UDD seja somente uma mascara de Thaksin – competindo a estes desfazer esse argumento com actos reais – e a UDD entende que se o presente governo continuar em funções alguns dos partidos na coligação continuem a usar os dinheiros e o aparelho do estado, como hoje acontece, em benefício próprio e com o objectivo de obter vantagens eleitorais. Compete a Abhisit mostrar que é capaz de solucionar essa questão.
As perspectivas não são muitas mas, como sempre tenho referido, é melhor estarem sentados á volta de uma mesa a falar, e repito de forma muito respeitosa, do que utilizarem outros palcos para fazer ouvir os seus pontos de vista.
Continua a haver lançamentos de granadas por mãos desconhecidas e as conversações são uma das melhores formas para derrotar esses agitadores.
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