Enquanto a imprensa internacional continua a condenar os actos de anarquia perpetrados pelos manifestantes em Bangkok a situação parece estar a preparar-se para algum esclarecimento nos próximos dias.
O General Anupong, o todo poderoso homem na Tailândia, reafirmou que o exército não vai intervir, mas nos jornais em língua tailandesa as palavras são um pouco diferentes pois aí diz-se que "deu" ao PM dois dias para pensar o que queria fazer.
Por outro lado avisou que o PAD pretendia trazer o caos para Bangkok com ataques por toda a cidade especialmente nos locais onde o PM pode aparecer numa verdadeira perseguição a este.
A TV entretanto vai mostrando que afinal o PAD não está assim tão desprotegido e foca claramente um dos manifestantes trazendo uma bomba artesanal. O numero dos feridos atinge mais de 400 e os mortos são 3 entre eles a bombista que morreu vítima da sua própria actuação. Outro facto mostrado em imagens é a de que o homem que perdeu a perna na realidade já a tinha perdido hà muito pois tinha uma perna artificial. A guerra mediática também entra em cena.
Parece ser claro que o PAD, com o apoio que têm de cima, quer que os militares tomem conta do poder mas ou eu me engano ou se o General Anupong avança para um golpe não irá ser um grande amigo do PAD.
Entretanto movimentações dos grupos anti PAD são esperadas para o fim de semana o que poderá voltar a criar confrontações como as que assistimos em Setembro.
Estes grupos, PAD, DAAD, e outros têm uma componente que envolve algum perigo que é a falta de comando e a total anarquia que se regista quando começam as suas acções. Para além do mais cada um traz para a "guerra" as armas que quer e daí aparecerem estas bombas e armas sem nenhum critério ou controlo.
Este é um dos maiores perigos e as pequenas explosões em vários pontos da cidade ontem ocorridas são bem um exemplo disso. Os lideres do PAD ou de outras forças já têm pouco controlo sobre a multidão mas isso não parece fazer com que os tailandeses compreendam o que se passa é um surto de movimentos anárquicos e desorganozados e deixem as partes, pouco esclarecidas, degladiarem-se entre si próprias.
Ontem os médicos do Hospital de Chulalongkorn, um dos principais da capital, numa declaração que desonra a conduta ética que por certo juraram ao licenciarem-se, disseram publicamente que não tratariam elementos da Polícia ou do Governo se lã a aparecessem. Igualmente um Comandante da Thai Airways recusou-se a deixar embarcar três deputados do PP no seu avião. O conselho da companhia enviou-o para o médico para averiguação sobre a condição mental do senhor!
Num momento em que o mundo luta pela sobrevivência económica, em que os empregos de muitos estão em perigo, e os tailandeses que já viram este Setembro o que isso está a custar ao país, mais difícil se torna aceitar que pouco a pouco as pessoas assistam à destruição de uma Nação por um conjunto de alguns milhares de pessoas enquanto os milhões que lutam diariamente pela vida nada possam fazer para que aqueles respeitem lei e as instituições.
Custa ver altas pessoas neste país, como por exemplo Senadores, atiçar a fogueira da destruição em vez de serem uma voz de apoio para a solução.
É difícil de entender o que a pouca cultura Democrática faz ás cabeças dessas pessoas que só pensam nos seus privilégios e na defesa de valores que o Mundo já retirou da agenda há mais de cinco décadas.
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