A Marcha Vermelha continua em andamento mas a passo de caracol já que os controlos militares estão a tentar reter os comboios de manifestantes o mais que podem.
O sistema está a funcionar de acordo com o que os militares querem mas o facto é que já aconteceram alguns incidentes devido a essas prolongadas buscas às caravanas.
Continua a campanha de (des)informação de parte a parte embora nesse campo o poder ganhe por uma larga nargem já que a esmagadora maioria de meios de comunicação são por si controlados. Como já uma vez referi mais de 50% dos canais de televisão e rádio pertencem aos militares.
Uma das acusações sempre presente é a de que os manifestantes fazem a marcha por dinheiro e que cada um recebem 1.000 bath proveniente de Thaksin. O dinheiro existe, uma parte vem concerteza dele e dos seus próximos e outro vem de muitos, ricos e pobres, que suportam o movimento. O mesmo se passa sempre. A manifestação do PAD que durou 192 dias consumia, segundo se diz, cerca de 10 milhões de bath por dia, e sabe-se de onde vinha uma parte grossa dessa dinheiro, e havia, também, muitos dos manifestantes que recebiam dinheiro para ali estar. Assim se faz política na Tailândia. O mesmo acontece nas eleições já que na provincia a maioria das pessoas recebe dinheiro, de todos os partidos, e depois acabam por votar como muito bem entendem. Há variados estudos que sustentam o que afirmo.
Estamos num momento de "guerra suja" em que as partes tentam criar ambientes de rejeição da outra parte, acirrando ainda mais a divisão.
Há quem clame contra os "vermelhos" dizendo que eles estão a destruir a "calma" existente, mas esses mesmos não olham para dentro dessa calma e observam bem o porquê o movimento existe.
Os opositores dos vermelhos dizem que a única coisa que estes querem é trazer Thaksin de volta mas ver as coisas por este prisma é ser cego de um olho e portanto ter uma visão curta da realidade. O novimento vermelho existe com ou sem Thaksin e é isso que se torna necessário entender. É uma movimento político-social com objectivos pouco claros ainda mas que luta pelas igualdade de direitos.
É claro que Thaksin usa o movimento como uma das suas armas para atingir o seu objectivo de poder, mas pessoalmente, perfiro este movimento do que Thaksin ver que a UDD falhou e avançar com outros meios mais radicais para atingir os seus objectivos.
Continuo a pensar, e nisso até sou seguido por pesoas muito perto do Primeiro Ministro Abhisit, que é necessário ouvir aquilo que os vermelhos dizem, dialogar, contradizer, e aproveitar o que de bom eles têm para melhorar o funcionamento do país e garantir igualdade de oportunidade para todos.
Abhisit pode ser o protagonista dessa mudança, é o homem que no momento tem mais capacidades para o fazer, mas o "sistema", que também o utiliza, tem de o deixar estender as mãos a todos os lados para chegar ao ponto de equilibrio dentro da sociedade.
E a Marcha continua
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