quinta-feira, 11 de março de 2010

Os Brancos


Enquanto de um lado são dados os últimos preparativos para a Marcha Vermelha e do outro para a contrariar, vâo surgindo movimentos, que por certo representam a maioria do povo que não quer nem uns nem os outros e quer ver o seu país em paz e a progredir.

Um dos movimentos chama-se Stop Hurting Thailand e apelou aos cidadãos que a partir de amanhã usem uma banda branca na sua indumentária como símbolo de paz. Mais uma cor para o arco-irís politico-social do país.

Numa conferência de impremsa ontem organizada solicitaram aos vermelhos que não bloqueassem a cidade e que se manifestassem com total respeito pela lei. Igualmente um dos seus membros, um General e director do King Phrajadipok Institut, apelou ao governo para respeitar a Constituição quanto ao direito à diferença e à manifestação e para assegurar que os militares exercem o seu dever com o total respeito pela lei e pelos direitos dos cidadãos..

Aconselhou as duas partes a criar uma hot line para poderem seguir constantemente a situação e evitar qualquer mal entendido que possa fazer descarrilar as acções de ambas as partes para o lado da violência.

Note-se neste particular que o Presidente do Parlamento já se ofereceu para ser o mediador entre as partes, mas não obteve até à data nenhuma resposta.

Outro movimento, com um nome mais radical já que o que ele prenúncia não me parece estar de forma alguma em cima da mesa, The People that Not Accept a Civil War, convocou uma manifestação para hoje, da qual não sei ainda promenores, mas que se destinava igualmente a repudiar acções violentas e aconselhar calma e contenção às partes.

Gotham Arya, um muito respeitado activists dos Direotos Humanos e professor da Universidade Mahidol, encontrou-se ontem com o principal líder da UDD, e hoje com o Governo, para transmitir uma mensagem de paz e de conciliação, que por certo será ouvida dado o peso do Professor.

Os jornalistas foram igualmente alertados para o dever de não tomar parte e de serem um elemento essencial na produção de um clima de calma e conciliação, facto que diga-se não tem sido o caso tal forma são partidários nas suas análises e relatos.

Exemplo disso era a primeira página do The Nation de hoje que falava do corte de imensas ruas na capital, tendo lançado o pânico, e quando eu próprio telefonei para o jornal perguntando qual tinha sido a fonte, depois de ter ligado os telefones de emergência da polícia, governo e município, foi me dito que não havia cortes mas talvez, talvez, repito, operações de controlo das viaturas. O próprio jornal contradiz aquilo que escreveu na sua primeira página em letras bem grossas.

Este mesmo jornal, fazendo referència à conferência de imprensa, dirigida ás duas partes e que aqui refiro, titulava " Grupos pedem aos vermelhos para não serem violentos", quando na realidade o apelo à calma foi feito para as duas partes.

O papel da comunicação social é crítico numa situação destas pois podem criar o caos ou desenvolver a paz. A eles de decidirem aquilo que querem.

Saudam-se sim os movimentos de cidadãos que querem levar a Tailândia para a frente com a cabeça erguida e com os respeito de todos e por todos.

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