
Ontem à tarde ABhisit recebeu o corpo diplomático para um debriefing sobre a situação e os passos que o Governo tenciona seguir de seguida.
Usando pela primeira vez um carro à prova de bala o PM chegou a Government House para falar para diplomatas de cerca de 70 países acreditados na capital.
Após cerca de 15 minutos onde o PM fez a descrição de como via a situação, falou do projecto de reconciliação nacional em que o Governo se compromete.
Irá ser realizado um debate no Parlamento na próxima semana, Quarta e Quinta, e espera que a oposição dê o seu acordo para um processo de revisão do sistema político incluindo a revisão da própria Constituição e um processo de amnistia para todos aqueles acusados de "acções ilegais de carácter político", as palavras utilizadas, embora reconhecesse a dificuldade de traçar a diferença. Nesta abordagem do problema. e respondendo a questões que lhe foram postas o PM não fechou as portas a novas eleições embora tenha dado prioridade à reforma do sistema político. Recorde-se que a oposição à revisão constitucional foi uma das grandes lutas do PAD e a que esteve na origem dos acontecimentos sangrentos do dia 7 de Outubro de 2008.
Depois da exposição do PM seguiu-se um período de perguntas e respostas. As questões focaram-se na existência ou não de outras vítimas para além daquelas que estão oficialmente anunciadas. Um diplomata inquiriu se os corpos que foram encontrados a boiar no Chao Praya eram de vítimas ou não. A estas questões o PM respondeu dizendo que tinha ordenado inquérito claro que pudesses responder a essas questões. Igualmente, e na sequência de uma outra pergunta sobre os processos contra os lideres do PAD e a diferença de tratamento existente, pois enquanto três lideres da UDD estão presos os do PAD nunca sofreram tal punição, o PM respondeu dizendo que tinha solicitado ao comando da Polícia para que apressasse as acções legais contra eles. Há que referir que os lideres do PAD já foram notificados formalmente e o processo está (ou pelo menos deveria estar pelo sistema processual) para acusação pelo Ministério Público e não pela Polícia.
Ficou claro que Abhisit, o ganhador da "batalha" do fim de semana aos olhos dos tailandeses, está ainda navegando em águas muito tumultuosas e mostra-se pouco seguro e pouco convicto. Essa foi a impressão generalizada dos presentes.


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