Sei que essa é a grande vontade de muitos dos tailandeses mas será que Abhisit vai ter a coragem de conseguir ganhar?
Abhsit é diferente de todos os políticos que até agora estiveram no poder na Tailândia. Basta olhar um pouco atrás e compará-lo com Samak, o velho touro desbocado, pouco educado e sempre habituado a jogos de poder onde passou toda a vida. A Somchai o cunhado de Thaksin, envergonhado, quase pedindo desculpa por estar ali, que não é capaz de articular uma palavra de Inglês e por certo terá dificuldades em comandar a sua própria vida. a Surayud, o General que estava de pantufas no Conselho Privado do Rei e teve que fazer o frete de aguentar o fardo de governar (?) durante um ano enquanto lhe preparavam uma Constituição que de tão mal feita não produziu os seus desígnios de enfraquecer os partidos políticos especialmente o(s) ligado(s) a Thaksin. Deste nem vale a pena falar mas mesmo assim pode dizer-se, experto que nem um rato, fugidio que nem um jibóia, e tão fiel aos seus como Judas. Todos educados nas escolas da política local nos jogos de interesses e na transacção de dinheiros de um e para outro lado.
Abhisit, o inglês, nascido e educado em terras de Sua Majestade Isabel II, para além de ser novo tem uma base de sustentação cultural diferente. O caminho político também o fez nas fileiras dos Partidos em Bangkok mas não se lhe conhecem participação em negociatas. Talvez porque era um "garoto" foi a isso poupado e ainda bem. Os PhuYai tratavam dos "assuntos importantes" e assim Abhisit pode ir crescendo dentro da política olhando de fora para ela.
A sua grande fraqueza era, e de algum modo ainda é, a necessidade de, como Nong, ou seja mais jovem ter de obedecer aos Phu Yai o que lhe tira capacidade de autonomamente decidir. Para além de Mark, Abhisit tem outra alcunha que nada abona em seu favor: dek sen, ou seja o miudo que tem um padrinho, ou seja aquele que só lá chega porque o apoiam e diz-se que quem assina por ele, a outra tradução possível de dek sen, é o grande padrinho Prem.
Abhisit pode contudo sair desta crise mais forte e mais capaz de mostrar àqueles que o colocaram no poder de que tem reais qualidades para ser aquele que a Tailândia necessita para mudar o país de uma forma evolutiva mas pacífica.
Para além de ter de ganhar esta batalha contra as forças de Thaksin, que ele inteligentemente trata como pessoas, concidadãos, que têm opiniões diferentes das dele, e essa é neste momento a questão primeira, terá de o fazer sem ferir as susceptibilidades e os sentimentos dos tailandeses. Tem de ser firme mas não violento e para isso tem uma enorme tarefa, controlar as forças armadas e a polícia.
Sabe-se como estas duas corporações são difíceis de manobrar e Abhisit já provou desse fel quando fez declarações que no segundo seguinte eram destruídas ou contraditas por uma ou outra dessas forças. É sabido e conhecido as dificuldades existentes dentros destas forças onde existem facções cujos inimigos são os colegas e que por vezes tudo fazem para que esses fiquem mal colocados.
É o exercício de um poder de equilíbrio bastante difícil mas, acredito que realizável.
Por outro lado tem de reabilitar o país no fórum internacional. A Tailândia está "pelas ruas da amargura", como dizemos, e os acontecimentos do último fim-de-semana só fizeram piorar tal situação. Não se iludam aqueles, como muitos arautos perto do poder, que pensam que a Tailândia pode virar as costas ao Mundo. O país é por demais dependente das suas relações internacionais para poder sobreviver como nação isolado.
Tem de levar a cabo a política que definiu para o problema do Sul do país mas isso implica mais uma vez enfrentar os militares e todos os poderes por eles instalados na região. Sem isso e sem haver um verdadeiro respeito pelos direitos humanos no país e em especial no Sul da Tailândia nada feito. O problema dos Rohihgya é um problema importante mas de muito menor monta do que aqueles que Abhisit enfrenta no que respeita o controlo exercido pelo ISOC no Sul à conta da Lei Marcial, do Estado de Emergência e de leis especiais que permitem todo o tipo de abusos.
Outra questão pontual a resolver é a crise económica, constantemente agravada com a deterioração da situação política e militar. O desemprego não para de aumentar e quando não há pão na mesa a razão perde-se muitas vezes.
Para final a reforma não só da famigerada Constituição mas essencialmente de todos os órgãos que servem para defender os cidadãos e para regular o funcionamento dos órgãos do estado. Os actuais detentores desses órgão exercem o poder que lhes está atribuído de uma forma politizada, pior partidarizada, ou seja não o fazem tendo em conta os interesses dos cidadãos e do país mas em função de interesses próprios de alguns. O poder Judicial, um dos vectores mais importantes de um estado sério e cumpridor de regras. sejam elas ocidentais ou asiáticas, está não ao serviço desse cumprimento de leis e regras mas ao serviço de ideários políticos e assim perde toda a clarividência se é que alguma queria ter.
Para finalizar Abhisit tem de levar ao banco dos réus os lideres do PAD e responsabilizá los por todos os danos causados ao país e pelo abusivo desrespeito da lei e mesmo do monarca reinante.
Dirão; tarefa tamanha para o jovem Primeiro-Ministro!. É verdade que é e não creio que a possa realizar de animo leve, ainda por cima porque tem também de se precaver dos seus "amigos" e de muitos que polulam à sua volta. Mas uma coisa estou certo. Olhando para o panorama dos homens públicos actualmente existentes na Tailândia, Abhisit Vejjajiva é aquele que, no meu entender, reunirá mais condições para encontrar uma plataforma capaz de conduzir o país a evoluir de forma serena e cordata.
E este é o momento que terá de aproveitar para sair daqui vencedor mas sem esmagar os adversários. Sair de cabeça erguida e capaz de poder dizer, a todos tratei com dignidade, mas fui eu que consegui guiar este barco para bom porto.
Abhsit é diferente de todos os políticos que até agora estiveram no poder na Tailândia. Basta olhar um pouco atrás e compará-lo com Samak, o velho touro desbocado, pouco educado e sempre habituado a jogos de poder onde passou toda a vida. A Somchai o cunhado de Thaksin, envergonhado, quase pedindo desculpa por estar ali, que não é capaz de articular uma palavra de Inglês e por certo terá dificuldades em comandar a sua própria vida. a Surayud, o General que estava de pantufas no Conselho Privado do Rei e teve que fazer o frete de aguentar o fardo de governar (?) durante um ano enquanto lhe preparavam uma Constituição que de tão mal feita não produziu os seus desígnios de enfraquecer os partidos políticos especialmente o(s) ligado(s) a Thaksin. Deste nem vale a pena falar mas mesmo assim pode dizer-se, experto que nem um rato, fugidio que nem um jibóia, e tão fiel aos seus como Judas. Todos educados nas escolas da política local nos jogos de interesses e na transacção de dinheiros de um e para outro lado.
Abhisit, o inglês, nascido e educado em terras de Sua Majestade Isabel II, para além de ser novo tem uma base de sustentação cultural diferente. O caminho político também o fez nas fileiras dos Partidos em Bangkok mas não se lhe conhecem participação em negociatas. Talvez porque era um "garoto" foi a isso poupado e ainda bem. Os PhuYai tratavam dos "assuntos importantes" e assim Abhisit pode ir crescendo dentro da política olhando de fora para ela.
A sua grande fraqueza era, e de algum modo ainda é, a necessidade de, como Nong, ou seja mais jovem ter de obedecer aos Phu Yai o que lhe tira capacidade de autonomamente decidir. Para além de Mark, Abhisit tem outra alcunha que nada abona em seu favor: dek sen, ou seja o miudo que tem um padrinho, ou seja aquele que só lá chega porque o apoiam e diz-se que quem assina por ele, a outra tradução possível de dek sen, é o grande padrinho Prem.
Abhisit pode contudo sair desta crise mais forte e mais capaz de mostrar àqueles que o colocaram no poder de que tem reais qualidades para ser aquele que a Tailândia necessita para mudar o país de uma forma evolutiva mas pacífica.
Para além de ter de ganhar esta batalha contra as forças de Thaksin, que ele inteligentemente trata como pessoas, concidadãos, que têm opiniões diferentes das dele, e essa é neste momento a questão primeira, terá de o fazer sem ferir as susceptibilidades e os sentimentos dos tailandeses. Tem de ser firme mas não violento e para isso tem uma enorme tarefa, controlar as forças armadas e a polícia.
Sabe-se como estas duas corporações são difíceis de manobrar e Abhisit já provou desse fel quando fez declarações que no segundo seguinte eram destruídas ou contraditas por uma ou outra dessas forças. É sabido e conhecido as dificuldades existentes dentros destas forças onde existem facções cujos inimigos são os colegas e que por vezes tudo fazem para que esses fiquem mal colocados.
É o exercício de um poder de equilíbrio bastante difícil mas, acredito que realizável.
Por outro lado tem de reabilitar o país no fórum internacional. A Tailândia está "pelas ruas da amargura", como dizemos, e os acontecimentos do último fim-de-semana só fizeram piorar tal situação. Não se iludam aqueles, como muitos arautos perto do poder, que pensam que a Tailândia pode virar as costas ao Mundo. O país é por demais dependente das suas relações internacionais para poder sobreviver como nação isolado.
Tem de levar a cabo a política que definiu para o problema do Sul do país mas isso implica mais uma vez enfrentar os militares e todos os poderes por eles instalados na região. Sem isso e sem haver um verdadeiro respeito pelos direitos humanos no país e em especial no Sul da Tailândia nada feito. O problema dos Rohihgya é um problema importante mas de muito menor monta do que aqueles que Abhisit enfrenta no que respeita o controlo exercido pelo ISOC no Sul à conta da Lei Marcial, do Estado de Emergência e de leis especiais que permitem todo o tipo de abusos.
Outra questão pontual a resolver é a crise económica, constantemente agravada com a deterioração da situação política e militar. O desemprego não para de aumentar e quando não há pão na mesa a razão perde-se muitas vezes.
Para final a reforma não só da famigerada Constituição mas essencialmente de todos os órgãos que servem para defender os cidadãos e para regular o funcionamento dos órgãos do estado. Os actuais detentores desses órgão exercem o poder que lhes está atribuído de uma forma politizada, pior partidarizada, ou seja não o fazem tendo em conta os interesses dos cidadãos e do país mas em função de interesses próprios de alguns. O poder Judicial, um dos vectores mais importantes de um estado sério e cumpridor de regras. sejam elas ocidentais ou asiáticas, está não ao serviço desse cumprimento de leis e regras mas ao serviço de ideários políticos e assim perde toda a clarividência se é que alguma queria ter.
Para finalizar Abhisit tem de levar ao banco dos réus os lideres do PAD e responsabilizá los por todos os danos causados ao país e pelo abusivo desrespeito da lei e mesmo do monarca reinante.
Dirão; tarefa tamanha para o jovem Primeiro-Ministro!. É verdade que é e não creio que a possa realizar de animo leve, ainda por cima porque tem também de se precaver dos seus "amigos" e de muitos que polulam à sua volta. Mas uma coisa estou certo. Olhando para o panorama dos homens públicos actualmente existentes na Tailândia, Abhisit Vejjajiva é aquele que, no meu entender, reunirá mais condições para encontrar uma plataforma capaz de conduzir o país a evoluir de forma serena e cordata.
E este é o momento que terá de aproveitar para sair daqui vencedor mas sem esmagar os adversários. Sair de cabeça erguida e capaz de poder dizer, a todos tratei com dignidade, mas fui eu que consegui guiar este barco para bom porto.
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