domingo, 19 de abril de 2009

Ainda Sondhi


Começa agora a saber-se mais sobre o atentado de que foi alvo Sondhi.

Em primeiro refira-se que ele está a recuperar bem, já anda e fala. O seu motorista está em condição crítica e a sua secretária, que também se encontrava no carro, nada sofreu. Sondhi encontra-se no oitavo andar do Chulalongkorn Hospital, muito perto de onde vivo.

Afinal Sondhi não tinha nenhuma bala alojada no crânio mas somente um fragmento que estava enterrado na pele, debaixo do crânio e foi removido verificando-se que não houve dano de maior. Contudo vai ficar em observação por mais uma semana pelo menos.

Começam entretanto a surgir alguns dados sobre o atentado.

Foi perpetrado por pessoas que se faziam transportar em motos e não numa pick-up como inicialmente tinha sido informado. Na realidade havia uma pick-up por perto mas era só um condutor que circulava no momento junto do carro de Sondhi. Atrás do carro de Sondhi vinha um outro carro com os seus guarda costas, armados, que de imediato dispararam, facto que fez com que os assassinos retirassem apressadamente e não conseguissem mais do que disparar sem muita precisão o que por certo salvou a vida de Sondhi. Também se tinha referido que as câmaras de vigilância no local tinham sido danificadas anteriormente o que não se confirma e podem ser um elemento útil para o trabalho de investigação, se assim o quiserem.

Como disse antes Sondhi era um homem de muitos inimigos e comentam, do lado do PAD, que ele sabe muito bem quem está por detrás da tentativa de assassínio mas que não fala à Polícia pois não tem confiança nos investigadores. Interessante esta afirmação vinda da parte do porta-voz do PAD. O filho de Sondhi, Jintanat, aconselhou o PAD em usar extrema cautela e não cair na trapaça montada pelos seus inimigos, não se sabendo se ele referia o campo Thaksin ou a Polícia/Militares, vistos agora como potenciais autores do atentado.

Por outro lado o Comandante da Polícia que está a liderar a investigação, General Jongrak Juthanond, disse estarem próximos de prender os suspeitos. Espera-se que como em muitos casos não sejam encontrados uns bodes-expiatórios quaisquer que sirvam para o efeito.

Basta lembrar os muitos, mesmo muitos casos, em que a Polícia "nunca" conseguiu identificar ou acusar ninguém, isto apesar de existirem provas fotográficas ou outras e onde por variadas vezes os investigadores se recusam a analisar ADN ou utilizar outros meios mais propícios de levar a conclusões claras. O mais recente é a morte de 66 pessoas no fogo no Ano Novo na discoteca Santika onde apesar do relatório da investigação feita pelo Ministério do Interior apontar factos graves aos donos, onde se encontra uma alta personalidade da Polícia, o único acusado é o líder da banda, havendo fotografias que mostram que ele não estava no palco quando o fogo começou, e o "gestor", da discoteca, que por acaso era um dos rapazes que arrumava os carros!

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