quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O dia seguinte


Ontem o dia acabou com uma conferencia de imprensa do PM Samak para os jornalistas estrangeiros, que ele conduziu de forma muito positiva clamando que estava no poder por ter sido eleito por uma larga maioria, que não estava ali para preparar o caminho para ninguém (leia-se Thaksin), mas para dirigir o país, que contava levar o seu mandato até ao fim. Depois falou da necessidade de rever a Constituição, apontando as dificuldades que o Governo tem em funcionar devido ao artº 190 que, e na sequência da decisão sobre o caso do ex MNE Noppadon, impõem que quase todas as decisões tenham de passar pela Assembleia, e em relação à disposição que impõe a dissolução dos Partidos políticos devida a uma irregularidade cometida por um executivo ao que seria se tal fosse aplicado ás grandes corporações no Mundo.

Terminou dizendo que o PAD o que pretendia era a intervenção dos militares que provocasse um banho de sangue mas que estes, e referiu-se "ao dono da casa" visto estar a falar do Comando Supremo das Forças Armadas, estavam determinados a não se deixar levar por esse caminho.

Ao mesmo tempo a Polícia tentava dialogar com os manifestantes que sitiam a Government House sem resultados palpaveis. Por volta das 3.10 da manha a Policia consegui tomar posições aí e do confronto resultaram 6 feridos com pequenas escoriações.

Até ao momento, 10.40 nada mais há assinalar a não ser a tentativa por parte de académicos de chamar por uma mediação entre as duas partes mas ao mesmo tempo reconhecendo tal como uma missão quase impossível visto ser bem conhecido a inflexibilidade do pedido do PAD: SAMAK OUT.

Por outro lado o PM "anda com a casa ás costas" e assentou arraiais no Comando Supremo e/ou outros Edifícios Governamentais que não estão bloqueados.

Continuam detidos os 82 presos na sequência do assalto à NBT e a Policia anda a investigar ao detalhe os acontecimentos na Estação.

Começam contudo a ouvir-se muitas vozes que clamam que o PAD foi longe demais nos seus intentos, talvez vendo a forma ordenada e protectora dos cidadãos com que o Governo actuou ontem. Uma sondagem feita após os acontecimentos de ontem revela que 70% dos inquiridos condena os acontecimentos de ontem.

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