segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Juventude


Ontem em Bangkok um estudante de 19 anos matou um taxista esfaqueando-o continuamente.

Casos como este acontecem infelizmente muitos por dia no Mundo inteiro mas este tem a particularidade de o assassino estar "somente" a reproduzir aquilo que é o seu dia a dia de viciado nos jogos de computador.

Na realidade, Polwat Chinno, assim se chama o adolescente, costuma jogar diariamente o jogo Grand Theft Auto e se entrarmos no site deste jogo pertencente a uma empresa chamada Rockstargames, vemos que o jogo se identifica logo pelo "brilhante" atributo: Wellcome to Liberty City where the people are angry and lonely and the taxes sky high".

Polwat confessou-se viciado nesse jogo e incriminava os pais por só lhe darem 100 bath (2 euros) por dia mas ontem conseguiu que uma irmã lhe desse 500 bath a foi comprar facas para passar da virtualidade para o "directo".

A proliferação deste tipo de jogos e filmes, quer no cinema quer na televisão, são da nossa, adultos, responsabilidade na luta incessante por mais aventura, mais lucro, mais excitação, sem a noção ( alguns ) das profundas transformações que provocamos na sociedade que recebe estes produtos.

Agora este rapaz vai ser condenado, eventualmente á morte, a outra família ficou decepada na sua cabeça e quem vai ser responsável por tudo isto?

Os pais do assassino, dois funcionários públicos, que o deixavam sem orientação, a empresa criadora deste jogo que com a sua produção acaba por ser responsável por este tipo de acidentes, ou nós todos que vamos deixando isto acontecer.

Neste desvario em que nos encontramos destruimos mais do que construimos. preocupamo-nos muito em fazer evoluir o nosso "bem estar" mas esquecemo-nos de construir os nossos valores.

Como um bom exemplo do que é destruir vale a pena, também, dar uma vista de olhos nestas fotografias de Lisboa.

Quando será que alguém incriminará estas companhias, ou as lojas que utilizam estes jogos, ou os cinemas que passam certos filmes e as televisões, e os produtores, enfim estes arautos do mal fazer.

Quando.

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