quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Amnistia

As eleições aproximam-se, ou pelo menos assim pensam vários partidos políticos, e as movimentações iniciam-se

Nevin Chidchob, o líder na sombra do Bhum Jai Thai (orgulho de ser tailandês) avançou com uma campanha para propor uma amnistia para todos aqueles que viram os seus direitos cerceados por factos políticos. Neste propósito seriam incluídos todos os militantes amarelos, vermelhos ou outros políticos que se viram destituídos dos seus direitos, Nevin incluído. O que é desconhecido é se Thaksin seria incluído nessa lista de amnistiáveis mas outros que estão presos e indiciados por terrorismo, crime muito mais grave do que o simples conflito de interesses pelo qual Thaksin está condenado, estariam incluídos segundo o proponente.

O BJT diz que é tempo de terminar com a política de duas faces (tal qual a UDD diz) pois se no passado houve amnistia para os casos políticos agora também se deve proceder do mesmo modo.

A ideia depois de ter sido desaprovada por Abhisit, veio a ser revigorada, num desafio do BJT que recebeu apoios de outros partidos mais pequenos. Uma larga campanha que se estende a todo o país foi lançada pelo próprio Nevin acompanhado de apoiantes seus vestidos com as camisolas do PAD e da UDD. O maior partido o oposicionista Pheu Thai olha com desconfiança para a proposta pois conhecem bem demais Nevin para saber que nunca é capaz de dar ponto sem nó.

Depois de resolvida a questão do orçamento e da remodelação nas forças armadas, onde se jogam sempre grandes paradas, e de tal ter corrido a contento do BJT, o partido sente-se agora mais forte para avançar para a posição tão ambicionada de ser a chave na formação de qualquer governo no país já que o mais provável, nas próximas eleições, será não haver nenhum partido com o numero suficiente de Deputados para formar uma maioria e assim o BJT terá sempre a escolha de se virar para um lado ou para o outro. Note-se que o partido não é alérgico a nenhuma cor embora a sua cor preferida seja o verde (dos dólares) e não o azul que Nevin exibe na fotografia qual Maradona sempre a retribuir o dinheiro investido pelos seus patrocinadores, neste caso a cerveja Chang.

Também o facto de no passado dia 19, o dia da comemoração dos aniversários, 4/4, o BJT ter sido capaz de levar a cabo um importante comício no Nordeste do país com o objectivo de lançar o seu movimento pela defesa da Monarquia, reforçou essa ideia existente no partido de que estão com a força necessária para se aventurar e lançar farpas mais afiadas contra o PM Abhisit e o seu partido Democrata o verdadeiro perdedor em todas estas lutas.


1 comentário:

Anónimo disse...

“Nevin Chidchob, o líder na sombra do Bhum Jai Thai (orgulho de ser tailandês) avançou com uma campanha para propor uma amnistia para todos aqueles que viram os seus direitos cerceados por factos políticos. Neste propósito seriam incluídos todos os militantes amarelos, vermelhos ou outros políticos que se viram destituídos dos seus direitos, Nevin incluído. O que é desconhecido é se Thaksin seria incluído nessa lista de amnistiáveis mas outros que estão presos e indiciados por terrorismo, crime muito mais grave do que o simples conflito de interesses pelo qual Thaksin está condenado, estariam incluídos segundo o proponente”
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Comentário
Infelizmente neste Reino os políticos olham mais para os seus ganhos do que os do Povo.
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Os envolvidos nos confrontos de rua, continuam a ser os grandes vencidos. Há uns 20 anos um político deste país publicou um artigo num jornal em que escrevia que os políticos consideravam o povo umas crianças.
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O jogo continua sob o desígnios da hipocresia e depois de crimes graves provocados pelas disputas políticas ninguém é chamado à responsabilidade e quem morreu, partiu e os ficaram feridos terão que conformar-se, sem apoio e se o tiveram foi o da assistência primária nos serviços de urgência do hospital para onde foram encaminhados.
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Até hoje desde os acontecimentos, graves, da Universidade de Tammasat (1973?), depois seguem-se o do Maio Negro (1992) e nos últimos ninguém foi condenado e os “mártires” foram os que levaram tiros.
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Depois dos acontecimentos de Maio de 1992 e alcançada a paz, um correspondente estrangeiro perguntou a um politico (já falecido) quando paravam de matar gente, ele respondeu-lhe cinicamente: “já paramos!”
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É pena que os políticos deste Reino se embrenham nas disputas do Poder e chegarem ao ponto de vergarem a Justiça a não procedê-la sob a Lei que se deveriam reger.
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Nada nos surpreende que o Sr. Thaksin seja amnistiado e volto a ocupar a posição de PM.
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Se isso acontecer não será ele o primeiro. Outro houve (falecido) que esteve exilado, por um ano, voltou e sentou-se novamente na cadeira do Poder.
Conchichina observer