
Os dois últimos dos detidos apresentavam-se com as pernas agrilhoadas com correntes de ferro uma prática no país mas humilhante para os presos a meu ver. Já tive a oportunidade de presenciar detidos nessas condições, em visitas a cadeias, e é com alguma dificuldade que se presencia tal "espectáculo". Pessoas a caminharem descalças com as duas pernas agrilhoadas com uma corrente presa a uma argola que algema também as mãos. Pior ainda quando ele é trazido para as primeiras páginas dos jornais violando a privacidade das pessoas. Presos ou não todos os seres humanos têm direito a serem tratados com dignidade, e os detidos em questão ainda nem sequer estão indiciados por nenhum crime, embora continuem detidos á ordem dos inquiridores já que a lei do Estado de Emergência permite que tal facto se prolongue sem serem acusados.
Entende-se agora porque é que os militantes da UDD que encerraram os aeroportos da capital durante 9 dias ainda não foram chamados a tribunal. Pelos vistos as acusações ainda vão no ano de 2007 e aqueles facto, bem como a ocupação e destruição de todo o exterior da Government House ocorreu em 2008. Teremos então de continuar a esperar embora saibamos que há os casos como os de muitos que foram posteriores e já estão os autores incriminados.

Entretanto o Dr Niran Pitakwatchara, membro da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, visitou uma base militar em Saraburi e uma prisão em Bangkok, onde se encontram presos, sem acusação, militantes vermelhos e declarou o seguinte "muitos de entre os detidos não têm advogado, não foram autorizados a contactar a família e não recebem tratamento médico".
O Comissário disse ir agora visitar prisões em Khon Kaen, Udon Thani, Ubon Ratchasima, Amnart Charoen, Mukdaharn, Chiang Rai, Chiang Mai e Kanchanaburi para inspeccionar as condições de outros detidos. Há relatórios de diariamente serem feitas prisões, um pouco por todo o país, já que não é necessário obter mandado de captura nem evidência de violação da lei para que os militares procedam a detenções.
O PM Abhisit, apesar da Polícia e do Internal Security Operations Command (ISOC) terem negado a existência das anunciadas bases de treino de militantes no uso de armas, veio defender o seu porta-voz afirmando que se Thepthai Senapong tal afirma é porque existem indícios de existir.

Assim continua a Justiça e vai andando o processo de reconciliação nacional.
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