Já há dias relatei que a sede do Partido Bhum Jai Thai foi alvo de um atentado à bomba que fez um ferido mas não causou danos maiores.
Este e outro incidente vieram no momento em que a comunidade em geral solicita ao Governo que levante o Estado de Emergência.
Comenta-se que estes actos foram organizados para suportar a tese do governo de que o país está ainda instável e portanto é necessário continuar com grande vigilância.
Ontem foi apresentado um abaixo-assinado por associações empresariais e académicos solicitando o levantamento do Estado de Emergência e até a Comissão Nacional dos Direitos Humanos, tradicionalmente sempre alinhada com o governo, fez semelhante pedido. De vários cantos da comunidade internacional vieram os mesmos ecos.
Hoje o Conselho de Ministros deverá aprovar a proposta do CRES para manter o estado de Emergência por mais três meses, uma medida que segundo muitos tem a ver com a imunidade que se quer garantir para os comandos militares e também garantir a transferência de poderes militares que acontece a 1 de Outubro sem sobressaltos.
Interessante neste episódio foi o facto do Governo do Reino do Camboja ter rapidamente apanhado os dois suspeitos do atentado e decidido repatriá-los para a Tailândia.
Deste modo ontem aterraram em Bangkok um casal que é tido por ser o principal suspeito no caso. Ficaram à custódia da Polícia aguardando serem ouvidos pelo tribunal que por certo irá determinar a prisão.
Os suspeitos, sem surpresa, negam o envolvimento no acto de que são acusados, mas referem, vá lá saber-se porquê, que são simpatizantes da UDD. Tal facto faz as manchetes dos jornais. O movimento vermelho pelo seu lado afirma que desconhece os suspeitos e não os reconhece como "seus".
Duas perguntas ficam no ar sobre esta estranha operação.
Porque é que as manchetes dos jornais destacam o facto de serem "vermelhos", criando um cenário de acusação pública, em vez de descreverem o contexto do que aconteceu ou mesmo fazerem alguma investigação sobre quer a explosão quer sobre o comportamento do Governo de Hun Sen?
Segundo porque é que o "grande inimigo" Hun Sem capturou e decidiu extraditar estes dois indivíduos no curto prazo de dois dias, quando é sabido, e relatado diariamente, que dois dos mais importantes cabecilhas da UDD, acusados de terrorismo pela justiça tailandesa, se encontram no território onde se passeiam animadamente, segundo os relatos, em Boi Phet e em Siem Reap?
Que interesses estão por detrás desta súbita aproximação de dois países que ainda estão sem Embaixadores nas respectivas capitais?
Seria interessante entender a verdade sobre toda esta história, já que aquela que nos é contada soa muito desconchavada.
Entretanto no Sul do país, aparentemente sem que isso tenha grande importância para a comunicação social, morreram nos últimos dias uma mão cheia de militares, daqueles que recebem, por dia, menos de metade do que os seus colegas que servem no ar condicionado do CRES em Bangkok. Tal facto tem aumentado o desconforto na corporação.
Este e outro incidente vieram no momento em que a comunidade em geral solicita ao Governo que levante o Estado de Emergência.
Comenta-se que estes actos foram organizados para suportar a tese do governo de que o país está ainda instável e portanto é necessário continuar com grande vigilância.
Ontem foi apresentado um abaixo-assinado por associações empresariais e académicos solicitando o levantamento do Estado de Emergência e até a Comissão Nacional dos Direitos Humanos, tradicionalmente sempre alinhada com o governo, fez semelhante pedido. De vários cantos da comunidade internacional vieram os mesmos ecos.
Hoje o Conselho de Ministros deverá aprovar a proposta do CRES para manter o estado de Emergência por mais três meses, uma medida que segundo muitos tem a ver com a imunidade que se quer garantir para os comandos militares e também garantir a transferência de poderes militares que acontece a 1 de Outubro sem sobressaltos.
Interessante neste episódio foi o facto do Governo do Reino do Camboja ter rapidamente apanhado os dois suspeitos do atentado e decidido repatriá-los para a Tailândia.
Deste modo ontem aterraram em Bangkok um casal que é tido por ser o principal suspeito no caso. Ficaram à custódia da Polícia aguardando serem ouvidos pelo tribunal que por certo irá determinar a prisão.
Os suspeitos, sem surpresa, negam o envolvimento no acto de que são acusados, mas referem, vá lá saber-se porquê, que são simpatizantes da UDD. Tal facto faz as manchetes dos jornais. O movimento vermelho pelo seu lado afirma que desconhece os suspeitos e não os reconhece como "seus".
Duas perguntas ficam no ar sobre esta estranha operação.
Porque é que as manchetes dos jornais destacam o facto de serem "vermelhos", criando um cenário de acusação pública, em vez de descreverem o contexto do que aconteceu ou mesmo fazerem alguma investigação sobre quer a explosão quer sobre o comportamento do Governo de Hun Sen?
Segundo porque é que o "grande inimigo" Hun Sem capturou e decidiu extraditar estes dois indivíduos no curto prazo de dois dias, quando é sabido, e relatado diariamente, que dois dos mais importantes cabecilhas da UDD, acusados de terrorismo pela justiça tailandesa, se encontram no território onde se passeiam animadamente, segundo os relatos, em Boi Phet e em Siem Reap?
Que interesses estão por detrás desta súbita aproximação de dois países que ainda estão sem Embaixadores nas respectivas capitais?
Seria interessante entender a verdade sobre toda esta história, já que aquela que nos é contada soa muito desconchavada.
Entretanto no Sul do país, aparentemente sem que isso tenha grande importância para a comunicação social, morreram nos últimos dias uma mão cheia de militares, daqueles que recebem, por dia, menos de metade do que os seus colegas que servem no ar condicionado do CRES em Bangkok. Tal facto tem aumentado o desconforto na corporação.
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