O atentado de ontem em Yala que acabou por fazer 2 mortos e 52 feridos teve um eco reduzido na comunicação social.
Só o The Nation lhe dá algum relevo.
Nos outros jornais, quer de língua inglesa quer de língua tailandesa o assunto foi relegado para páginas menores e feito um simples relato circunstancial das explosões e suas consequências.
Foi um atentado contra civis inocentes, embora se pense que o alvo era um Major do Exército que passava no local no momento mas num carro blindado o que o colocou a salvo de qualquer eventualidade.
Foi destruída a fachada de um stande de automóveis da marca Mazda, que nada tem a ver com a questão, e quer os mortos quer os feridos eram pessoas, civis e policias que se encontravam, para azar deles, no local.
As primeiras páginas dos jornais, na sua maíoria mostram hoje a fotografia de uma faustosa mansão no Montenegro, presumivelmente pertença de Thaksin, no intuito de mostrar a disparidade da sua vida de luxo e a daqueles que o suportam aqui na Tailândia, o que é uma verdade.
A campanha contra o "terrorista" ex PM parece ser mais importante do que as vidas daqueles que vão perecendo diáriamente no Sul do país.
Tudo isto tem por base a política de interesses domésticos pois inclusíve a emissão de um mandado de captura contra o fugitivo ex PM e as suas consequências em termos de uma possível prisão e extradição é um assunto que vai durar bastante tempo a tomar corpo.
Há todo um conjunto de procedimentos legais, quer aqui no país, quer junto da Interpol para que algo de concreto possa acontecer.
Basta a Tailândia lembrar-se de Rakesh Saxena que só 13 anos após ele ter sido capturado no Canadá conseguiu que fosse extraditado, ou o caso do "comerciante da morte", o russo Victor Bout, que se encontra em prisões tailandesas e o sistema judicial se recusa a extraditar para os Estados Unidos conforme pedido formal nesse sentido. Victor Bout está no topo da lista dos homens mais procurados pela Interpol por crimes contra a humanidade.
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