Oficialmente estão confirmados 5 mortos nas confrontações em Rathanokosin e entre eles um Japonês, reporter da Reuters. A UDD em mais um, acto de loucura foi ao Hospital retirar dois corpos para os mostrar á muitidão já enraivecida. A versão não oficial fala de 8 mortos e 500 feridos.
Estou pronto para ver se o(s) funeral da(s) vitima(s) vai ter a mesma pompa do que a da única vítima da dia 7 de Outubro de 2008 e se o PM o Ministro da Defesa e os Chefes da Polícia e Exército a mesma condenação que tiveram os da altura.
Confirmei a morte do jornalista junto da Embaixada do Japão e por certo, o maior investido estrangeiro na Tailândia não vai ficar satisfeito com o sucedido.
Para além disso existem cerca de 300/400 feridos, ainda na versão oficial.
Ambos so lados estão armados, já passou o tempo dos "mimos" mútuos e atiram a matar. Tive o relato de um colega meu de trabalho que estava mesmo no meio da "guerra" e que quase a chorar (acrescente-se que é um militar na reserva) me dizia que tinha visto com os próprios olhos como os militares tinham entrado por Khao San Road disparando em todas as direcções e que ele teve de se esconder mas viu bem marcados os buracos das balas.
O controlo de parte de ambas as partes está muito laxo e cada um faz o que quer. Da parte dos militares o General Prayuth, finalmente apareceu para dizer que a UDD tinha de abandonar. Parece confirmar-se que é ele quem está no comando.
Abhisit continua sem se ver e Veera disse que o PM a única coisa que tinha a fazer era dissolver o Parlamento e abandonar o país pois não tinha mais condições para governar.
Entretanto Korbsak, o Secretário-geral do gabinete do PM tentou conseguir uma trégua com os vermelhos mas Jatuporn disse que com eles não falam mais pois não cumprem as suas promessas. Deveria estar a falar do acordo anteriormente feito e que foi quebrado pelo lado governamental.
Na realidade as feridas na sociedade tailandesa estão mais abertas do que nunca e encontrar a forma de as sarar vai ser muito difícil. Os problemas não são uma luta que se passa em Bangkok entre vermelhos e amarelos. Os problemas estendem-se a todo o país e estão a inflamar as pessoas e têm raízes muito mais complexas.
Só quem não sai do seu canto no centro da capital é que pensa que o mundo tailandês se confina a Siam. Tenho visitado, recentemente, muitas zonas na província e o país está mudado. As pessoas falam abertamente da necessidade de mudança. Isso mesmo ouvi, em Chiang Mai, ainda na semana passada na casa de um alto funcionário do governo, Democrata de gema.
Que se encontre uma solução para bem do povo tailndês, vermelho, amarelo, azul, cor-de-rosa ou sem cor mas amante desta terra e das suas enormes potencialidades mas essa solução não pode passar por desprezar uns enquanto os outros têm tudo.
Falta uma figura sempre sonhada na lendário português - um Dom Sebastião saido das brumas e capaz de se transformar em Salvador.
Sem comentários:
Enviar um comentário