domingo, 4 de abril de 2010

Domingo de Manhã

Ás 7.25 da manhã a polícia informou os manifestantes, pela 5 vez, das consequências do acto de desobediência civil em que estão a incorrer distribuindo panfletos e através da distribuição de altifalantes.

Os manifestantes não se mexeram e a stuação está na mesma.

A UDD com a acção actual acabou por dar um grande tiro no pé e agora está sem uma saída clara para a situação que criou pois necessita de encontrar alguma "vitória" para que possa sair do local onde se encontra com a cara limpa.

A presente situação só pode ser comparada, e numa escala menor, com a ocupação selvagem levada a cabo pelos amarelos do PAD dos aeroportos da capital. Nessa altura talvez também sem terem calculado as consequências os líderes do PAD levaram os manifestantes para os aeroportos onde acabaram por acampar durante 7 dias causando danos ao país ainda não reparados e já lá vão cerca de 17 meses. De igual modo as ameaças de prender todos os manifestantes por estarem a violar a Lei de Segurança Interna não prevalece já que os vermelhos sabem bem que nada aconteceu aos amarelos. Na realidade todos poderam observar os danos causados, a forma como os manifestantes de então desobedeceram quer ao governo quer ao Governador de Samut Prakhan, e todos sabem que ninguém ainda foi acusado de alguma coisa e o único que pagou foi o país.

Este tipo de práticas do sistema de justiça, fortemente pressionado por outros poderes e não independente, só favorece os prevaricadores como agora se pode constatar, com os graves prejuízos para a cidade de Bangkok. O local que a UDD actualmente ocupa é a maior zona comercial da cidade e todos os centros comerciais estão fechados devido ao bloqueio.

Entretanto 10 companhias da políca, preparadas para lidar com manifestações foram deslocadas para o local.

O único incidente que houve no local até ao momento foi devido a um carro desportivo, um Porsche Targa conduzido por um jovem, que avançou contra os manifestantes, mas os danos causados foram só materiais e os piores para o condutor que ficou sem o carro. Para além dos prejuízos no Porsche nove motos e uma boca de incêndio ficaram fortemente danificadas. O caricato da situação é que o jovem enraivecido partiu ainda o vidro da frente do carro decorado com autocolantes de dois dos mais elitistas clubes de Bangkok e depois prostou-se perante os manifestantes pedindo desculpa antes de desaparecer protegido pela polícia e pelos guardas da UDD. Igualmente a polícia descobriu dentro do carro, e mostrou aos manifestantes, uma pistola, o que tornou a multidão ainda mais enraivecida.

Noutro incidente uma granada foi lançada para o parque de estacionamento do jornal Matichon acabando por destruir um carro e criando algumas preocupações na classe dos jornalistas que se viram com esta acção também alvo dos ataques à granada que vêm acontecendo regularmente.

Ás 11.00 da manhã a UDD, depois de muito negociar com a polícia no local, acedeu a abrir uma faixa ao trânsito na zona, aleviando um nada o caos.

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