A Balança Comercial tailandesa sofreu um impulso positivo bastante significativo em virtude de ter havido uma quebra das importações de 40,3%, a maior queda registada nos últimos 11 anos. Por seu lado as exportações sofreram um baixa menos significativa de somente 11%.
Deste modo a Balança Comercial apresentou um superavit de 3,58 mil milhões de dólares o que é significativo e parece bastante bom para o país.
Na realidade este desequilibrio, positivo, agora verificado deve-se fundamentalmente ao facto de a Tailândia estar a importar menos petróleo e matérias primas que, depois de transformadas e onde é incorporado valor local, são exportados como produtos acabados.
Por outro lado significa também uma quebra no consumo no país nomeadamente de bens importados, significativamente mais caros. Neste particular é interessante ver que o Governo anda fortemente empenhado numa campanha anti proteccionista, um dos temas principais do discurso de Abhisit recentemente no encontro com Gordon Brow, sendo a Tailândia um país altamente proteccionista, basta ver as pautas aduaneiras. Mas essa queda de importações também tem o seu reverso que é a quebra das receitas aduaneiras, como referido, significativas pelas altas taxas que são cobradas. Um exemplo é o vinho de mesa que em regra geral, há várias graduações e excepções, mas em regra, dizia, paga 420% sobre o valor ou da factura ou de um valor mínimo determinado pelos serviços fiscais portuários.
Na economia cada vez mais tudo é um sistema de vasos comunicantes e nunca existe só fases más como nunca existem só fases boas.
As "fases boas" vimos atá há cerca de uns meses atrás onde o mundo cor-de-rosa das facilidades de crédito fazia entender que o único caminho era o continuado crescimento das economias e consequente aumento dos PIB per capita.
Também as "fases más", como a que atravessamos agora e da qual números são um minúsculo exemplo, não são só más e a Tailândia é um bom exemplo disso pois sendo um país com enormes reservas no sector agrícola, auto suficiente no plano alimentar, um dos raros no Mundo, a capacidade de regeneração e de encontrar alternativas que lhe permitam levar a crise de uma forma mais leve existem e são reais.
O maior inimigo do país é a instabilidade política, o mais que deficiente sistema judiciário e fundamentalmente a corrupção que come muito dos recursos que este povo generosamente constroi dia a dia.
Morto, fundamentalmente, este polvo a Tailândia pode e deve preocupar-se com estes ou outros números, mas pode enfrentar o futuro com aquele sorriso que fez este país a terra dos mil sorrisos.
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