segunda-feira, 5 de maio de 2008

A Cidade dos Anjos

Ontem prometi falar de Krung Thep Maha Nakon, a Grande Cidade dos Anjos, como os tailandeses chman a Bangkok.

Alíás o nome verdadeiro desta cidade é o nome de uma cidade capital mais comprido do mundo.

Krungthep mahanakhon amon ratanakosin mahintara ayuthaya mahadilok popnopparat ratchathani burirom udomratchaniwet mahasathan amonpiman avatansathit sakkathattiya witsanukamprasit

Isto numa versão ocidentalizada. O nome Bangkok foi dado por estrangeiros e significa Bang ( suburbio ) Makok ( azeitonas ). Nessa altura havia nesta região bastantes árvores que os tailandeses chaman as Thai Olives semelhantes às nossas figueiras e que na realidade nada têm a ver com as oliveiras nem podem produzir azeite. Aliás o azeite não faz parte da dieta aliemntar tailandesa embora se veja um crescendo de oferta desse produto ,que nos é tão caro, nos supermercados. Infelizmente todo ele de outros países mediterrânicos que não Portugal.

Bangkok é a quarta capital da Tailândia ( Sião ) sendo as anteriores capitais. Sukhothai, no norte do país, Ayuthaya, no centro onde os portugueses chegaram em 1511, Tonburi, mesmo na outra margem do Chao Praya, o rio dos reis que banha Bangkok, e esta, a presente, fundada pelo Rei Rama I.

O Rei Rama I foi o fundador da actual dinastia ( Chakri ) e o actual Rei é o Rama IX. Embora tenha só cerca de 200 anos esta dinastia já conta com nove Reis visto alguns como Rama VIII ter reinado por muito pouco tempo.

Bangkok é uma verdadeira metropole do mundo. Aconselho a ver este link de um blogue feito por um brasileiro com fotografias muito boas sobre a cidade.

Muitos em Portugal têm uma visão de que Bangkok é uma cidade caótica, com muitos problemas, muita pobreza, enfim o terceiro mundo. Nada de mais errado. O trânsito não é fácil, é verdade, mas uma cidade com , talvez cerca de 13 milhões de pessoas, com um crescimento explosivo, não pode ser fácil de organizar. Contudo é raro ver um acidente nas ruas, coisa que não acontece por exemplo em Lisboa.

Pobreza, claro que existe, mas comparado com Nova York ultrapassa esta última largamente. Como a Tailândia é um país com autosuficiência alimentar, apesar da crise actual no mundo, há sempre algo que comer à mão. Por outro lado ninguêm come nada sem partilhar com o próximo e a mesa está sempre posta mesmo nas famílias mais pobres. Aliás a forma tradicional de comer na Tailândia é a de colocar a comida no meio da mesa de modo a que todos a partilhem. Não há doses individuais e ninguém escolhe uma coisa para si únicamente. Todos têm o seu prato com arroz e vão tirando pequenos pedaçõs de comida daquilo que é oferecido no centro da mesa. Outra coisa as pessoas servem-se com os mesmos, colher e garfo, que usam para comer. Hábitos que uma vida muito comunitária cria.

Engraçado é que não há nunca facas, não só porque a comida é toda em pequenos pedaços mas também proque os tailandeses têm, por norma, medo das facas.è um povvo tradicionalmente pacífico e o uso da força é algo raro aqui. A não confrontação ~´e a norma.

Voltando a Krung Thep, hoje em dia é uma cidade do mundo com uma vida mais agitada do que por certo qualquer capital europeia. Fala-se muito de Nova York mas penso que Bangkok é que é a verdadeira cidade que nunca se deita. Durante a noite não há grande diferença para quilo que se passa durante o dia. Só os escritórios e os Centros Comercaias estão fechados. De resto a azáfama, o trânsito, as inúmeras lojas abertas faz parecer que são 9 ou 10 da noite. Há uma cadeia de supermercados aberta, restaurantes abertos são às centenas, a Boots, O McDonalds, os Seven/Eleven, os KFC, os Burger Kings, os Starbucks, os mercados, eu sei lá uma enormidade de coisas estão em aberto 24 sobre 24 horas e isso porque há público.

Não se pense que os bankokianos andam sempre em festa. O que acontece é que há centenas de milhares que acordam às 4 , às 5 ou 6 da manhã ( normal - trabalha-se cedo) e outras centenas de milhares que se deitam ás 3, às 4 ou 5 da manhã. Embora os bares, discotecas, clubes. etc fechem às 2 ( quando não pagam à polícia para se manterem abertos - facto que está mais difícil com este governo ), mas depois disso todos os clientes, os funcionários vão comer. Comer é quase que um dos desportos nacionais. Os tailandeses não têm hora para comer. É quando têm fome e como não comem muito de cada vez são capazes de comer seis vezes por dia ou mais naturalmente.


Krung Thep, os tailandeses quando falam entre eles sempre se referem à cidade por este nome, é uma cidade modernizada ( podem ver algumas fotografias em artigos anteriores ) onde se encontra ,excepto no plano cultural do melhor que um europeu refinado pode aspirar.

Culturalmente, apesar dos esforços feitos nos últimos anos ainda o trbalho vai a meio mas todos os anos há um festival anual de musica e dança com bastante qualidade e existem por toda a cidade ,um conjunto de iniciativas e actividades, onde destaco o trabalho feito por Khun ( título de Senhor/a ) Patravadi, uma antiga artista de teatro que tem a própria escola e apresenta sempre espéctaculos de grande qualidade.


Master Mhanope no Teatro Patravadi


Contudo não faltam livrarias de grande qualidade mas por contraste poucas galerias de arte onde artistas não tailandeses têm muito pouca aceitação. Disseram-me uma vez que era mais fácil vender um Picasso do que um De Koening ( só para citar um dos meus preferidos ) por que o Picasso toda a gente sabia que tinha custado muito caro. Agora o outro podia ser muito bom mas só se viesse com a etiqueta do preço é que poderia ser aceita para se mostrar o seu "valor".

País onde a riqueza está nas mãos, quase que totalemente, de uma burguesia urbana recente.

A Tailândia é um país onde a aristrocacia rural tem muito poder mas não o poder económico. Poder político, poder que a respeitabilidade aqui dá mas estão longe de ser os compradores dos muitos Ferraris e outros que se vendem neste país.

Por hoje termino até porque estou com imensos problemas na net e está a ser dificil concluir este escrito



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