segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Abhisit e os Media

Mais uma vez aproveito os "cartoons" para ilustrar o sentimento corrente no país.

A manifestação amarela continua, contudo sem chame nem rumo. É quase generalizada a opinião de que o movimento está a lutar pela sua sobrevivência e o fim-de-semana não conseguiu ver o número de manifestantes a crescer, bem pelo contrário. Mesmo assim mantêm-se desafiantes e determinados na sua causa ao ponto do General Chamlong ter recusado qualquer iniciativa do PM Abhisit para diálogo afirmando que a única coisa que o PM teria de fazer era responder positivamente aos pedidos do PAD.
Abhisit, para além de anunciar a intenção de dialogar, pensava ter apaziguado as "tropas" com a remoção da placa marcando o território feita pelos cambojanos mas o facto de estes terem substituído a dita placa por bandeiras ainda piorou a situação pois tornou-se mais evidente a "reclamação territorial e de soberania". Agora Phnom Penh reage ao pedido de Abhisit para a remoção das bandeiras classificando-o "provocativo".

De igual modo os vermelhos, que estão, no momento, a ganhar apoio com a forma cuidada como têm mostrado os seus "dentes", vão-se organizando e continuando as suas actividades tendo já marcado e anunciado o calendário para os próximos tempos.

Outro dos sectores atento são os militares e uma vez mais correm os rumores de um golpe de estado o que de um ponto de vista meramente estatístico está correcto já que desde que há monarquia constitucional no país há um golpe de estado em média cada 4 anos e o último foi em 2006. É uma análise profundamente rudimentar mas com alguma lógica se é que golpes de estado fazem alguma lógica.
Abhisit entretanto esteve pressente no Fórum de Davos e numa entrevista ao correspondente da Bloomberg na Tailândia reafirmou a sua intenção de convocar eleições deixando no ar a ideia de que poderia ser um pouco mais cedo do que aquilo que se previa e, se assim for, poderemos vir a ter eleições no início do segundo trimestre do ano.

Entretanto os dois "cartoons" que hoje se publicam no Bangkok Post e no The Nation mostram bem a forma como muitos vêm o PM que na realidade luta diariamente pela própria sobrevivência no meio de tantos que tão pouco o consideram e nele confiam.

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