quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O Momento


Pouco de novo existe no panorama político no país.

Os Democratas e Abhisit continuam a sua estratégia de sobrevivência, lutando mais dentro da coligação no poder do que com a oposição. O Minstro da Saúde Pública demitiu-se por envolviemnto num caso de corrupçãp mas o seu Secretário de Estado não (embora tenha pedido hoje uma licença por 30 dias), devido ao facto de o sue partido o aopoiar e quere utilizar a sua imolação em troca de alguma coisa.

Coligações são por norma campos onde os interesses que estão em jogo são fundamentalmente os relacionados com o número e a qualidade de empregos que podem oferecer aos militantes dos partidos. Passa-se aqui, passa-se em Portugal e passa-se um pouco por todo o mundo.

Foi hoje anunciada para a comunicação social o que deverá ser a remodelação governamental (e digo deverá porque ele não vai ter lugar tão cedo. Para além da necessária assinatura do Rei, ainda internado, há procedimentos complexos a seguir). Um rearanjo ainda só contemplando o partido Democrata e por isso vai continuar a haver pressão dos parceiros para se saber o que “lhes toca”. Entretanto o Ministro que se demitiu, por envolvimento num processo de corrupção que hoje recebe mais contornos na comunicação social, afinal parece apto a continuar a servir o país (?) visto ter sido colocado como “Chief Government Whip” uma figura que não existe formamente reconhecida no sistema político português, mas que tem tremenda importância na gestão da actividade dos membros dos partidos políticos.

A par da remodelação o grande debate é a alteração ou não da Constitução com Abhisit a dar um passo atrás e outro à frente na tentativa de ganhar tempo, já que a remodelação não lhe é favorável, e os seus parceiros de coligação a ameaçar juntarem-se ao Puea Thai para desse modo fazer passar as alterações da Lei Constitucional que pretendem. Mais do que a certeza desta ameaça o que os parceiros da coligação querem é sempre o mesmo, assustar Abhisit com o possivel retorno ao outro lado da bancada, para ganhar mais posições no seio do poder. Entretanto para que não ficassem dúvidas o PAD, há muito tempo remetido ao silêncio, afirmou estar contra qualquer alteração da Constituição e que sairiam para a rua se se provar necessário fazer defender esse ponto de vista.

Com a actual diferença de Deputados entre um e o outro lado, através das correcções que foram feitas pelas eleições intercalares devido a suspensão de Deputados e que o Puea Thai tem vindo a ganhar, a margem está tão encurtada que basta um dos partidos na coligação virar de novo a casaca que o Governo cai.

Não será estranho a isso o facto já anunciado de que a Comissão de Eleições tem uma comissão que está a estudar a possibilidade de dissolver o Puea Thai, por alguém ter dito que o líder era o ex PM Thaksin que, como se sabe, está inibido do exercício dos direitos políticos até 2012. Sabendo-se como tem actuado o sistema judicial é claro que se tal for necessário para manter o presente estado das coisas, tal será feito.

Entretanto também os militares querem que não haja alterações no actual status quo. Anupong, o chefe militar, quer levar a corporação calmamente até à sua reforma em 30 de Setembro para poder passar a pasta ao seu protegido, Prayuth, e assegurar o seu futuro na cena política e os fundos necessários para tal.

Entretanto do lado da oposição aproximam-se momentos importantes sendo que o fundamental é o julgamento relativo aos 1,5 mil milhões de Euros de Thaksin que estão congelados no país e que poderão vir a ser confiscados. O processo é profundamente complexo pois não se trta de um saco de dinheiro mas de um conjunto de bens mobiliãrios e imobiliários detidos por sociedades e em nome individual e existem inúmeras questões legais e ter em causa. Por outro lado a semsibilidade política do caso é muito alta e qualquer decisão terá impacto quer positivo quer negativo. Para fazer pressão sobre o poder nessa ocasião, a UDD vai começar a organizar uma série de manifestações pelo país ameaçando que “desta é que é” e que irão, ao bom estimo guevarista, “até à vitória final”. Para além disso os Deputados da oposição revelaram a intenção de avançar com uma moção de censura ao governo baseada nos casos de corrupção, dizendo que têm mais provas do que aquelas que são já do conhecimento público, e na inabilidade de Abhisit em encontrar uma solução quer para a reconciliação no país quer para os graves problemas da economia.

Neste último particular foi importante a declaração hoje vinda a lume do Presidente da Japanese External Trade Organisation (JETRO) que afirmou que a Tailândia já não é o país de preferência como destino do investimento estrangeiro japonês. Recorde-se que o império do Sol nascente é o maior investidor estrangeiro no país e dele dependem milhões de empregos e o grosso do Produto Interno Bruto devido às exportações.

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