Faz um ano escrevi sobre a quantidade enorme de acidentes que ocorrem nas estradas tailandesas com a co9nsequência de grandes perdas quer em vidas quer em bens.
Este ano infelizmente não fugiu à regra e mais uma vez aconteceram, até agora, um número impressionante de 3.289 acidentes que causaram, 3.563 feridos e 309 mortos. Note-se a percentagem de fatalidades por acidente. Mais feridos do que acidentes. Uma das razões poderá ser o facto de muitas vezes serem utilizadas carrinhas de caixa aberta, vulgo "pick-up", onde viajam um grande número de pessoas sem qualquer protecção. Lembro-me um dia de ter contado, só na parte aberta da "pick-up", 19 pessoas!
Este ano infelizmente não fugiu à regra e mais uma vez aconteceram, até agora, um número impressionante de 3.289 acidentes que causaram, 3.563 feridos e 309 mortos. Note-se a percentagem de fatalidades por acidente. Mais feridos do que acidentes. Uma das razões poderá ser o facto de muitas vezes serem utilizadas carrinhas de caixa aberta, vulgo "pick-up", onde viajam um grande número de pessoas sem qualquer protecção. Lembro-me um dia de ter contado, só na parte aberta da "pick-up", 19 pessoas!
Isto é a conta de 6 dias de férias grandes quando os tailandeses viajam através do país para visitar as famílias.
Infelizmente o álcool continua a ser o grande causador dos desastres que tantas vidas ceifam.
Há contudo um outro elemento onde os tailandeses podiam e deveriam melhorar. O cumprimento de regras.
Recentemente em Saigão vi a forma como a polícia se faz impor e como é respeitada. Ali os motociclistas têm de utilizar capacete, apertados em baixo, e todos, sem excepção, o fazem já que a polícia é vigilante e manda parar os infractores.
A Tailândia tem uma cultura muito própria daquilo que se chama o “mai pen rai” ou seja não tem importância, ou deixa andar. Existe um livro, com esse mesmo título, escrito por Carol Hollinger que explica bem a influência deste sentimento na conduta da sociedade.
Há tempos um amigo meu disse-me que tinha tirado a carta de condução. Dei-lhe os parabéns e perguntei-lhe quantas lições ele tinha tido para obter a carta. Surpreendido por não entender a minha pergunta lá chegamos à conclusão que tinha sido ensinado por um amigo dele e o que tinha na mente era que quando estivesse ao volante de uma viatura tinha de seguir com muita atenção aquilo que o veículo à frente dele fazia.
O exame tinha sido feito num local destinado a esse fim e, conclusão, tinha obtido licença para se aventurar à estrada, atrás de um volante de um carro, sem nunca ter tido nenhuma experiência do que era o tráfego a sério pois nunca tinha conduzido numa situação igual àquela que iria enfrentar no dia a dia.
Assim obteve a licença para ser “atirar” à estrada. A falta de preparação para as condições reais, e fundamentalmente para as inesperadas, explica muitas coisas para além do consumo do álcool que sempre acontece nestas ocasiões.
Acabo de ler os números de Portugal onde sempre achamos que existem muitos acidentes, e é verdade. Nos últimos 5 dias: 8 mortos, 28 feridos graves e 396 feridos ligeiros.
Muito longe dos números da Tailãndia (6 vezes maior do que Portugal) mas mesmo assim muita gente que não quer chegar salva ao destino.
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