terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Coisas da Justiça



Ruangkrai Leekitwattana é um dos 74 Senadores que a Constituição entende que devem ser nomeados e não eleitos como os restantes. Estes Senadores funcionam, dentro do Senado como que um tipo de câmara Corporativa visto representarem, embora que não formalmente, vários sectores da sociedade.

Durante todo o ano de 2008 foram bastante activos e notados pela forma como sempre se aliaram ao movimento do PAD e atacaram constantemente os governos pró Thaksin formados na sequência das eleições de 23 de Dezembro de 2007.

Ruangkrai, um Jurista e diria, purista, a par de M. R. Pryanandana Rangsit, uma aristocrata multi-milionária, têm sido particularmente activos em tentar acusar os governos desde o início do ano passado em todo o tipo de casos em que supõem haver indícios de irregularidades quer nas pessoas quer nos processos.

Assim se passou todo o ano de 2008.

Ontem Ruangkrai, apresentou uma queixa na Comissão de Eleições contra o actual Governo solicitando investigação no processo de constituição do mesmo que ele acusa de irregular. Nada mais do que o que este Dom Quixote fez contra os governos de Samak e Somchai.

Inesperadamente e com urgência nunca antes exibida a Comissão de Eleições decidiu investigar se este Senador obteve o seu lugar de acordo com os preceitos constitucionais visto "haver dúvidas se a organização que o propôs dispõe do necessário suporte constitucional", assim reza a nota agora emitida.

Pois é!!!

Entretanto hoje na imprensa tailandesa, Krungthep Turakit, citando um dos Vice-Primeiro Ministros, Sanan, afirma que ele propôs que os membros dos organismos de controlo da Democracia, como a Comissão de Eleições, Comissão Contra a Corrupção, etc, deveriam ser nomeados pelo Conselho Privado do Rei. A base desta afirmação está no facto de sendo uma das instituições mais venerada no país, e com grande exposição teria todo o cuidado na escolha dos nomeados de modo a não correr o risco de "se enganar".

Parece-me que a sugestão traria uma enorme transparência para o sistema visto passar a ser visível a mão que está por detrás das nomeações, e a transparência sempre foi de elogiar.

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