Terminou, como se esperava com uma sentença de condenação o "julgamento" de Daw Aung San Suu Kyi. Juntamente foram condenados, no mesmo processo o americano que nadou até sua casa, sete anos, curiosamente um ano por ter violado a proibição de nadar em lagos públicos, e duas das empregadas que servem a prémio Nobel da Paz.
A única diferença neste processo para o tradicional tratamento a que os ditadores que lideram a junta Birmanesa nos habituaram foi o facto de o "julgamento" ter demorado vários meses mostrando bem ao Mundo o medo que os tiranos ainda têm daquela que representa a esperança de uma vida democrática para o país.
Acabou condenada a três anos de cadeia e trabalhos forçados, comutados para 18 meses de prisão domiciliária pelo ditador Than Shew, que ainda teve a coragem de afirmar que estava muito incomodado com o julgamento mas que não tinha querido interferir no processo judiciário.
18 Meses são suficientes para obstar a que Suu Kyi esteja fora do processo eleitoral que acontecerá na primeira metade de 2010 e essa sua ausência, bem como a de todos os que se opõem ao regime actual tirará qualquer legitimidade a esse processo e não serve o objectivo que se diz prosseguir que é o da reconciliação nacional. É demasiado fácil fazer reconciliação somente entre aqueles que nos apoiam.
De todo o Mundo vieram as condenações com pedidos de libertação e de imposição de sanções mas sanções que possam ir directamente ao centro do poder e não afectar o povo da Birmânia.
Da ASEAN vieram duas reacções bastante fortes, Filipinas e Malásia, com este último país a requerer a realização de uma reunião de urgência para debater o caso. Singapura também se mostrou bastante incomodada apelando a que a condenação fosse encurtada de forma a permitir a participação de Suu Kyi nas eleições de 2010. A Tailândia, presidente em exercício do agrupamento, depois do Ministro Kasit ter demorado um dia a reagir dizendo estar à espera do relatório da sua Embaixada em Rangoon, afirmou estar a ASEAN "muito desapontada" com as conclusões do "julgamento" e requerendo a libertação de todos os prisioneiros políticos na sequência das decisões recentemente tomadas no seio da ASEAN e ARF. Contrariando estas declarações, que assinou, o governo do Camboja, veio mostrar-se feliz pela redução da pena e afirmou "que tinha sido dado um passo no processo democrático em curso no país". Na Indonésia uma reunião de dissidentes Birmaneses que estva programada para ontem e hoje foi cancelada devido a aparente pressão dos ditadores de Napitaw. O porta-voz do MNE disse reconhecer o desapontamento pela decisão sobre o caso mas que o governo Indonésio não podia permitir que "um governo no exílio" de um país amigo reunisse em solo indonésio.
A única diferença neste processo para o tradicional tratamento a que os ditadores que lideram a junta Birmanesa nos habituaram foi o facto de o "julgamento" ter demorado vários meses mostrando bem ao Mundo o medo que os tiranos ainda têm daquela que representa a esperança de uma vida democrática para o país.
Acabou condenada a três anos de cadeia e trabalhos forçados, comutados para 18 meses de prisão domiciliária pelo ditador Than Shew, que ainda teve a coragem de afirmar que estava muito incomodado com o julgamento mas que não tinha querido interferir no processo judiciário.
18 Meses são suficientes para obstar a que Suu Kyi esteja fora do processo eleitoral que acontecerá na primeira metade de 2010 e essa sua ausência, bem como a de todos os que se opõem ao regime actual tirará qualquer legitimidade a esse processo e não serve o objectivo que se diz prosseguir que é o da reconciliação nacional. É demasiado fácil fazer reconciliação somente entre aqueles que nos apoiam.
De todo o Mundo vieram as condenações com pedidos de libertação e de imposição de sanções mas sanções que possam ir directamente ao centro do poder e não afectar o povo da Birmânia.
Da ASEAN vieram duas reacções bastante fortes, Filipinas e Malásia, com este último país a requerer a realização de uma reunião de urgência para debater o caso. Singapura também se mostrou bastante incomodada apelando a que a condenação fosse encurtada de forma a permitir a participação de Suu Kyi nas eleições de 2010. A Tailândia, presidente em exercício do agrupamento, depois do Ministro Kasit ter demorado um dia a reagir dizendo estar à espera do relatório da sua Embaixada em Rangoon, afirmou estar a ASEAN "muito desapontada" com as conclusões do "julgamento" e requerendo a libertação de todos os prisioneiros políticos na sequência das decisões recentemente tomadas no seio da ASEAN e ARF. Contrariando estas declarações, que assinou, o governo do Camboja, veio mostrar-se feliz pela redução da pena e afirmou "que tinha sido dado um passo no processo democrático em curso no país". Na Indonésia uma reunião de dissidentes Birmaneses que estva programada para ontem e hoje foi cancelada devido a aparente pressão dos ditadores de Napitaw. O porta-voz do MNE disse reconhecer o desapontamento pela decisão sobre o caso mas que o governo Indonésio não podia permitir que "um governo no exílio" de um país amigo reunisse em solo indonésio.
A China, o sempre aliado do regime Birmanês, solicitou ao Mundo que respeitasse a decisão do tribunal na sua habitual política de "não interferência em assuntos internos", como entendem ser este. Para mim foi uma surpresa pois ainda não há dois meses numa reunião do ASEAN Regional Fórum, em que estive presente, a chefe da delegação Chinesa falando sobre o mesmo assunto disse que "o processo de reconciliação nacional na Birmânia só poderia ser atingido envolvendo todas as partes". Isto foi dito num contexto em que se discutia o início do julgamento que agora terminou.
Suu Kyi já deu luz verde aos seus advogados para apelar da sentença, mas isso será uma mera formalidade processual e nada, por certo, será alterado.
Os ditadores em Napithaw insistem que deste modo afastando todos os que se lhe opõem conseguem reunificar a nação e avançar num processo que traga paz e prosperidade ao país.
Para já trás por certo grande prosperidade a eles e ás suas famílias, como é sabido, e de todos conhecido, mas enquanto a China e a Índia não puserem um travão no apoio que dão ao regime não se conseguirá encontrar uma solução para um povo que tanto sofre.
A Tailândia, não só na sua capacidade dentro da ASEAN, mas também como um país fronteira e com o qual a Birmânia tem fortes relações em todos os domínios tem sempre uma palavra a dizer e é pena que apesar de um inicio muito promissor do governo de Abhisit neste particular, agora se contraia e seja muito parco e comedido em declarações contra os ditadores no seu vizinho de noroeste.
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