domingo, 26 de abril de 2009

São Nuno de Santa Maria


A Igreja acolhe hoje um dos mais nobres filhos de Portugal, Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável e, a partir de hoje São Nuno de Santa Maria ou São Nuno Álvares Pereira.

Já aqui me referi áquele que tenho a felicidade de ser meu padrinho de baptismo e que hoje na Praça de São Pedro será canonizado como o 11º santo português.

"Procuremos conhecer em profundidade o itinerário espiritual do Beato Nuno de Santa Maria! A simples leitura da sua vida é capaz de nos edificar e de fazer crescer como carmelitas e como cristãos!" Estas são palavras de Frei Agostinho Marques de Castro, O. Carm.Superior Maior da Ordem do Carmo em Portugal.
São Nuno, aquele que terá sido o mais poderoso ao seu tempo e alguns mesmo dizem que só não foi ele o Rei porque sempre quis servir aquele que sua mãe lhe indicou, o Mestre de Avis, D.João I de Portugal, foi o mais humilde dos carmelitas quando decidiu recolher-se no Convento do Carmo e aí terminar a sua vida em profunda meditação e total retiro.

Na realidade o novo santo não foi somente aquele que dirigindo as tropas de Portugal venceu os castelhanos em Aljubarrota, foi acima de tudo um muito leal servidor de Portugal, do seu Rei e de Deus. Nunca antes de qualquer das batalhas ou de qualquer dos seus actos de bravura em defesa do seu país e do seu Rei, São Nuno deixava de apelar à Virgem Maria para salvação das suas tropas e para grandeza do seu Portugal.

Dom José Policarpo considera que a partir de agora há muito para fazer, nomeadamente pelos investigadores: "a relação do Condestável com a mãe" será um dos aspectos que o patriarca considera indispensável investigar. “Tudo leva a crer que terá sido uma pessoa marcante na primeira parte da vida de D. Nuno”.

O patriarca admite que faz falta “uma boa biografia” do Condestável.

Em Portugal há um grande desconhecimento sobre aquele que é indubitavelmente tão grande como as maiores figuras da nossa história e todos só ganharíamos por melhor o conhecer devido á sua enorme grandeza moral e humana.

O meu obrigado à minha mãe por ter medado como padrinho, no acto do Baptismo, aquele de que me orgulho muito. Só não me chamo, também, Nuno de Santa Maria porque houve alguém na família que entendeu que tal não era nome de homem, como se São Nuno não tivesse sido ele um dos maiores homens na nossa história.

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