Aproveitando a crise económica a China está a lançar uma ofensiva diplomática e económica com o claro objectivo de aumentar a sua, já grande, influência na região.
Estava previsto que durante a cimeira de Pattaya, que acabou por ser cancelada há três semanas a trás, a China apresentasse um plano no valor de 15 mais 10 mil milhões de US Dólares para apoio à região. Embora adiado o pacote de apoio está preparado para entrar em funcionamento a qualquer momento.
Seram 10 mil milhões para investimento directo na região e 15 mil milhões numa linha de crédito aos países da ASEAN para os ajudar a fortalecer os seus laços económicos e apoiar o desenvolvimento de infraestruturas.
Ajudando os países do sudoeste asiático a enfrentar a crise financeira e económica mundial, a China fortalece e defende o seu comércio com a região. Embora também fortemente abalada pelo recuo das suas exportações, a crise na China está a ser de alguma forma contrariada com um grande apoio do Governo chinês ao consumo interno. A economia continua apesar de tudo a crescer, embora a um ritmo mais moderado, mas deve atingir, de acordo com as perspectivas actuais, os 6.1% de crescimento efectivo no final do ano.
No pólo contrário estão Singapura e a Tailândia onde a economia irá ter uma contracção bastante forte em qualquer dos casos superior a 5%. Singapura estará mais protegida, até porque habituada a estas flutuações, devidoà sua dimensão e capacidade política de decisão e enfrentará a crise de uma forma mais suave do que a Tailândia onde não só há falta de direcção política, falta de fundos e a dependência da economia do exterior é bastante grande. Por outro lado as más notícias não param de chegar ao mercado.
A China conhecedora da situação dos países da ASEAN e também sabendo que uma fatia extremamente importante do comércio na região e nesses países é controlada por chineses, quer continentais, quer de Taipé quer da Diáspora, exercendo a sua política de grande pragmatismo decide criar como que um mercado interno de toda esse "mundo chinês" que lhe está disponível.
Aqui na Tailândia os grandes negócios e os grandes grupos económicos estão quase sempre ligados a famílias de origem chinesa que continuam, como em Singapura e na Malásia, a manter fortes laços culturais com o país de sues pais ou avós.
É essa herança cultural que o governo de Pequim quer trazer cada vez para mais perto de si e controlar de uma forma uniformizada.
A crise económica serve assim para fortalecer o já enorme poder do Dragão não só na Ásia mas também para além dela.
É esta e outras iniciativas no domínio diplomático e económico que fizeram Hillary Clinton parar em Pequim durante o seu périplo pela Ásia, sem emitir, aqui, uma única palavra sobre as questões dos direitos humanos na China e faz com que a União Europeia siga uma política semelhante.
O velho império chinês torna-se cada vez mais o pólo do Mundo.
Estava previsto que durante a cimeira de Pattaya, que acabou por ser cancelada há três semanas a trás, a China apresentasse um plano no valor de 15 mais 10 mil milhões de US Dólares para apoio à região. Embora adiado o pacote de apoio está preparado para entrar em funcionamento a qualquer momento.
Seram 10 mil milhões para investimento directo na região e 15 mil milhões numa linha de crédito aos países da ASEAN para os ajudar a fortalecer os seus laços económicos e apoiar o desenvolvimento de infraestruturas.
Ajudando os países do sudoeste asiático a enfrentar a crise financeira e económica mundial, a China fortalece e defende o seu comércio com a região. Embora também fortemente abalada pelo recuo das suas exportações, a crise na China está a ser de alguma forma contrariada com um grande apoio do Governo chinês ao consumo interno. A economia continua apesar de tudo a crescer, embora a um ritmo mais moderado, mas deve atingir, de acordo com as perspectivas actuais, os 6.1% de crescimento efectivo no final do ano.
No pólo contrário estão Singapura e a Tailândia onde a economia irá ter uma contracção bastante forte em qualquer dos casos superior a 5%. Singapura estará mais protegida, até porque habituada a estas flutuações, devidoà sua dimensão e capacidade política de decisão e enfrentará a crise de uma forma mais suave do que a Tailândia onde não só há falta de direcção política, falta de fundos e a dependência da economia do exterior é bastante grande. Por outro lado as más notícias não param de chegar ao mercado.
A China conhecedora da situação dos países da ASEAN e também sabendo que uma fatia extremamente importante do comércio na região e nesses países é controlada por chineses, quer continentais, quer de Taipé quer da Diáspora, exercendo a sua política de grande pragmatismo decide criar como que um mercado interno de toda esse "mundo chinês" que lhe está disponível.
Aqui na Tailândia os grandes negócios e os grandes grupos económicos estão quase sempre ligados a famílias de origem chinesa que continuam, como em Singapura e na Malásia, a manter fortes laços culturais com o país de sues pais ou avós.
É essa herança cultural que o governo de Pequim quer trazer cada vez para mais perto de si e controlar de uma forma uniformizada.
A crise económica serve assim para fortalecer o já enorme poder do Dragão não só na Ásia mas também para além dela.
É esta e outras iniciativas no domínio diplomático e económico que fizeram Hillary Clinton parar em Pequim durante o seu périplo pela Ásia, sem emitir, aqui, uma única palavra sobre as questões dos direitos humanos na China e faz com que a União Europeia siga uma política semelhante.
O velho império chinês torna-se cada vez mais o pólo do Mundo.
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