quarta-feira, 29 de abril de 2009

Visto de Seul

Assim é visto em Seul o panorama político na Tailândia.

Para além da piada do cartoon ele reflecte duas outras realidades: há semanas Thaksin disse à imprensa que era um cão domesticável, mais uma vez tentando atrair alguma simpatia, aqui em Bangkok, para a sua causa tentando ser visto como alguém capaz de ser parta da solução e não parte do problema. Deste modo pretendia afirmar que se o soubessem tratar bem, se soubessem falar docemente com ele, seria capaz de ser fiel ao seu dono como será normal num cão. A outra realidade que o cartoon mostra é a forma como afinal o cão tem de sair do "seu" local, sem honra nem dignidade, acossado por muitos e fustigado por outros tantos.

Como um rafeiro, um cão de rua, Thaksin está neste momento fugindo de canto para canto sem encontrar a saída para os problemas em que se meteu e a notícia hoje vinda a lume de que uma boa parte dos Deputados do "seu" Partido poderiam estar a encontrar uma alternativa política para o futuro deles, embora sendo muito provavelmente uma manobra de contra propaganda, é ao mesmo tempo um sinal claro do moral actual das "tropas" vermelhas.

Essa falada mudança de 110 Deputados da oposição para "um outro Partido", que poderá muito bem estar ligada com mais uma investida de Nevin Chidchob oferecendo largas quantias de dinheiro para fortalecer o seu Bhumjai Thai Party, pode dar uma estocada muito forte em Thaksin e temporariamente nos planos da UDD, embora seja hoje em dia claro que com ele ou sem ele, muito mais provavelmente sem Thaksin, esse movimento irá desenvolver-se de forma autónoma representando sentimentos unitários contra o grupo que está por detrás da coligação no poder.

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