Ontem, e durante três horas todos os chefes militares deram uma
entrevista em directo no canal 3 um canal detido pelo Estado, através da MCOT, agencia tailandesa de notícias, e por uma empresa privada a Bec Tero Entertainment plc.Nessa entrevista o General Anupong Paochinda disse que se fosse Primeiro Ministro teria assumido a responsabilidade pelos incidentes e se demitiria em virtude do acontecido nos conflitos sangrentos do dia 7.
Esta frase dita na presença de todos os chefes militares incluindo o CEMGFA, General Songkiti Jakabatra, foi considerada como um golpe de estado via televisão.
O PM perdeu com esta afirmação a confiança daquele que é o homem mais poderoso do país e sendo ele igualmente Ministro da Defesa viu um "subordinado" discordar da sua actuação. Um porta voz do CEME veio esclarecer que este não dá ordens ao PM, unicamente exprimiu a sua opinião sobre o que teria feito no caso de ser ele próprio PM e mais uma vez reafirmou que os militares não tencionam realizar nenhum golpe de estado. Pode dizer-se que depois daquilo que foi dito não há necessidade de os militares em intervir. Basta esperar! Entretanto o porta voz do Governo anda a investigar quem organizou e coordenou a entrevista com os chefes militares
Desde esse momento não foi possível contactar Somchai Wongsawat apesar do esforço de todos os meios de comunicação social que de imediato se drigiram para a casa do PM. Entretanto Somchai cancelou a reunião do National Security Council prevista para as 2da tarde de hoje. que, face à situação na fronteira, embora bastante apaziguada, seria importante ser realizada.
A única reacção até ao momento foi a do líder de um dos Partidos da coligação que disse que o PM deveria falar e ouvir o CEME. Afirmou contudo que o Matchima Tipataya Party nao abandonará a coligação antes de falar com os outros Partidos. Outros parceiros como o Char Thay e o Puea Pandin também falaram de modo semelhante.
A pressão monta a todo o momento junto do PM mas ele continuava ontem, antes da entrevista que refiro, a dizer que não sai sem que seja preparada a revisão constitucional.
O silencio a que se remeteu só mostra que de momento Somchai está intranquilo quanto ao que poderá fazer ou espera um assentar do pó para tomar alguma iniciativa.
Na fronteira como referi, as forças continuam estacionadas mas os lideres militares que se reuniram ontem acordaram uma trégua e esperar pela reunião prevista para Terça-feira do Joint Border Commitee.
Entretanto foi anunciado que Somchai iria falar ao pais.
Depois de anunciada a conferencia de imprensa, Somchai cancelou-a, cancelou também a reunião do National Security Council prevista para as 2 da tarde e está reunido com os parceiros da coligação. Espera-se que fale ao país mais tarde e anuncie a sua demissão e/ou a dissolução do Parlamento
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