A tensão na fronteira entre a Tailândia e o Cambodja aumentou desde ontem á tarde quando começaram as primeiras escaramuças com o envio de mais tropas para a região por ambos os lados.
Nos encontros de ontem morreram dois soldados Cambojanos e houve 7 feridos de cada lado. Existem informações contraditórias sobre 10 soldados tailandeses, ditos capturados pelos cambojanos e desmentido tal pelos comandos tailandeses.
Contudo os jornais esta manha informam do desaparecimento de 10 soldados.
O Cambodja reafirmou a intenção de resolver as disputas fronteiriças pela via negocial mas ao mesmo tempo tanques e comboios de tropas foram vistos a sair de Phnom Pehn para o norte do país, a zona em conflito. De igual modo afirmam que as situação política na Tailândia não propicia o dialogo visto não haver actualmente interlocutor no Joint Border Comitee e acusam assim o governo deste país da inactividade daquele organismo. Num comunicado emitido pelo MNE cambojano explica-se, ao pormenor, as ditas violações territoriais que os soldados tailandeses terão cometido.
A Tailândia pelo seu lado diz-se surpreendida com os ataques vindos do outro lado da fronteira num momento em que estavam a decorrer conversações ao nível de Ministros de Negócios Estrangeiros. Por outro lado a Tailândia reafirma que as suas tropas actuaram em território do país e só retaliaram ao fogo cambojano.
O problema da demarcação fronteiriça arrasta-se desde os tempos da colonização francesa do Cambodja e apesar de decisões como a Tribunal Internacional de Justiça de 1962 sobre o templo de Khao Prha Viharn, o facto é que continua a haver largas parcelas de território que são consideradas áreas em disputa e que o JBC ainda não conseguiu avançar para uma correcta demarcação. O mesmo problema existe nas fronteiras com Burma e a Malásia.
Vestígios dos tempos da colonização Inglesa e Francesa nesta região e de ambições territoriais que essa colonização teve sobre o território Siamês. O facto é que essas demarcações nunca foram resolvidas e nem o facto de os países pertencerem a uma mesma associação regional, ASEAN, cria melhores condições para que tal aconteça visto ser sempre entendido como um problema bilateral.
neste momento estamos numa altura em que a diplomacia esta´a actuar e as tropas estão paradas, mas num frente a frente que pode a qualquer momento voltar a causar vítimas.
Ambos os países querem chegar a formas de consenso mas de momento é difícil entender como vão ser retomadas as conversações sem que o problema escale para instâncias internacionais. O Cambodja já fez eco da sua posição junto do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Tailândia parece contar com algum apoio junto dos outros países da ASEAN, o que foi já alvo de criticas de Phnon Pehn.
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