domingo, 29 de junho de 2008

Visto do Estoril

Pois é agora deveria redenominar o blog como "Visto do Estoril" ou de Portugal pois não me limitarei a este recolhimento mas como o Mundo hoje em dia tem poucas fronteiras, especialmente no mundo cibernético, é quase que irrelevante o local onde nos encontramos.

O que nos liga a esses locais são as pessoas, as memórias e os costumes.

As pessoas primeiro pois somos seres dependentes, da atenção, dos olhares, dos comentários, das intrigas e das acções, dos cheiros do ar das folhas e das comidas.

A comida cria em nós terríveis dependências. Nunca conseguimos resistir aos nossos sabores e mesmo longe, aquilo que nos vem sempre à ideia como tempero nacional é cozinhar, comer, algo de "nosso".

Pois aqui estou. Portugal lindo na sua aproximação a Lisboa, cheio daquela luz que fez Wim Wenders rumar a Portugal, cheio também daquelas imperfeições a que já tanto nos habituamos.

Lisboa apresentou-se bonita na aproximação mas já não tanto quando se foca demasiado o nosso olhar. Pouco, nada, muda, parece dormente e pouco atenta ao desenvolvimento no Mundo. Para além disso para quem vem de uma cidade de 10 milhões de pessoas entrar num "bairro" com menos de um milhão parece que somos capazes de o ter e controlar. Qual quê? Lisboa é fugidia pois continua a procurar o seu melhor sempre de olhos postos barra fora e nunca em si onde deveriam estar.

Depois de Lisboa o Estoril. Sempre apetecido mas pelas pessoas. Elas estão aqui. Passeiam-se por entre as casas acolhem-se nos mesmos lugares, visitam-se.

A Garrett tem sempre encontro marcado. Lugar cativo nas caminhadas e no estômago e porque não no nariz. Os cheiros vêm longe. Viajam ao longo da rua e não só no Natal, quando toda a rua se submete à ditadura da Garrett.

Ontem também tivemos saudade. Saudades sentidas e profundas. Era 28 de Junho um dia de memórias e de recordações boas porque o que a vida nos deu é bom e nunca o devemos rejeitar por mais duro e doloroso que tenha sido.

Sempre pensai que é mais importante lembrar o bom do que o que de mau existiu. A vida tem de ser feita de passos positivos e não de passos dolorosos da nossa caminhada. Só com esses passos positivos avançamos ou outros puxam-nos para trás e para o fundo.

E a vida está lá à frente sempre um milímetro à nossa frente para que a possamos alcançar.

E a Ema continua a dormir.

2 comentários:

Keatisak disse...

Muito Bom!

Eu sei sua tailandês é melhor do que meu português.

Más hoje eu falo português um pouco. Gosto de Bolo de Arros e Um Galão muito 555( em tailandês = hahaha)

Keith em Bangkok

Anónimo disse...

Sempre pensai... "O malíssimo é coisa do passado!

Prá frente é o caminho...

Mas hoje que regressei de "Kanchanaburi" fiquei com umas saudades e "peninhas" do caraças não ficar por lá mais uns diazitos.

Na estrada não encontrei "chuis" a fazer parar os condutores; aqueles "gajinhos" (portugas (ASA?) nos restaurantes) a meter o nariz na cozinha, na comida e a cheirá-la.

E, cinco dias no "Jolly Frog" com dormida, comida (excelente), com uma cervejola a cada refeição cifrou-se o total: uns três mil baht (uns 60 euros). Viva a Tailândia!

Para mais informações convido visitar o http://aquitailandia.blogspot.com "

P.S. esquecia-me: "Viva o Sporting!"