Em tempos de pré campanha eleitoral muitas vezes dizem-se coisas que fazem pouco sentido e algumas provocam mais ondas de choque do que o tremor de terra ontem sentido no Norte da Tailândia cujo epicentro se situou na Birmânia não muito longe da fronteira com Chiang Rai. Desse tremor não são conhecidas as consequências no país vizinho, sempre tão fechado ao Mundo, e aqui provocou a morte de uma mulher que foi atingida pela parede da sua casa que ruiu, na província de Chiang Rai,
Foi esse o caso das palavras proferidas pelo Vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban ontem e relatadas em toda a imprensa nacional e internacional.
Os jornalistas perguntavam a Suthep sobre a possibilidade de haver observadores estrangeiros nas próximas eleições parlamentares em princípio agendadas para a última semana de Junho ou primeira de Julho ao que o governante respondeu não.
Suthep numa declaração muito clara, afirmou que " Eu não respeito os estrangeiros (usou a palavra farang sinónimo de ocidentais) e acho que não temos que nos vergar a eles" para continuar dizendo não entender como é que os camisas vermelhas queriam "abrir mão da soberania tailandesa" ao requererem que observadores estrangeiros estivessem presentes durante as eleições.
Suthep estava a fazer uma intervenção política clara, tentando apelar a elementos nacionalistas mas foi pouco cuidado na forma como se expressou o que espantou tudo e todos.
Recorde-se que a Tailândia se dispensasse os "farangs" e outros estrangeiros como os japoneses, veria a sua indústria basicamente desaparecer visto ela ter por base, em mais de 80%, o investimento estrangeiro.
No que respeita a observação das eleições continua a ser confundido tal facto como uma ingerência interna nos assuntos tailandeses tal como o foi durante as eleições de 2007. Recordo que nessa altura quando o então Embaixador de Portugal, exercendo a presidência da União Europeia, foi propor ao governo uma missão de observação, tal facto originou fortes e errados comentários na comunicação social alguns mesmo de carácter profundamente xenófobo. As missões de observação eleitoral da UE acontecem em muitos países no Mundo, incluindo os Estados Unidos, e são sempre bem recebidas pois são usadas para fortalecer o processo e nunca para nele se imiscuir.
Suthep para terminar a sua cruzada anti-estrangeiro acabou a dizer que concordava com os chefes militares tailandeses no que respeita a recusarem-se a participar na reunião da Comissão de Demarcação da Fronteira (com o Camboja) agendada para Jacarta dentro de duas semanas visto no seu entender a reunião não necessitar de nenhuma mediação e deve ser somente bilateral. Suthep parece ter-se esquecido que essa reunião tinha sido previamente acordada (a 22 de Fevereiro) pelo seu colega de gabinete, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, e por certo a posição da Tailândia nessa reunião foi discutida e concertada em conselho de ministros onde Suthep é o número dois como sempre acontece nestes casos.
As campanhas eleitorais por vezes fazem com que os pensamentos e as palavras dos políticos sejam mais rápidos do que o que a cabeça deverá ditar.
Foi esse o caso das palavras proferidas pelo Vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban ontem e relatadas em toda a imprensa nacional e internacional.
Os jornalistas perguntavam a Suthep sobre a possibilidade de haver observadores estrangeiros nas próximas eleições parlamentares em princípio agendadas para a última semana de Junho ou primeira de Julho ao que o governante respondeu não.
Suthep numa declaração muito clara, afirmou que " Eu não respeito os estrangeiros (usou a palavra farang sinónimo de ocidentais) e acho que não temos que nos vergar a eles" para continuar dizendo não entender como é que os camisas vermelhas queriam "abrir mão da soberania tailandesa" ao requererem que observadores estrangeiros estivessem presentes durante as eleições.
Suthep estava a fazer uma intervenção política clara, tentando apelar a elementos nacionalistas mas foi pouco cuidado na forma como se expressou o que espantou tudo e todos.
Recorde-se que a Tailândia se dispensasse os "farangs" e outros estrangeiros como os japoneses, veria a sua indústria basicamente desaparecer visto ela ter por base, em mais de 80%, o investimento estrangeiro.
No que respeita a observação das eleições continua a ser confundido tal facto como uma ingerência interna nos assuntos tailandeses tal como o foi durante as eleições de 2007. Recordo que nessa altura quando o então Embaixador de Portugal, exercendo a presidência da União Europeia, foi propor ao governo uma missão de observação, tal facto originou fortes e errados comentários na comunicação social alguns mesmo de carácter profundamente xenófobo. As missões de observação eleitoral da UE acontecem em muitos países no Mundo, incluindo os Estados Unidos, e são sempre bem recebidas pois são usadas para fortalecer o processo e nunca para nele se imiscuir.
Suthep para terminar a sua cruzada anti-estrangeiro acabou a dizer que concordava com os chefes militares tailandeses no que respeita a recusarem-se a participar na reunião da Comissão de Demarcação da Fronteira (com o Camboja) agendada para Jacarta dentro de duas semanas visto no seu entender a reunião não necessitar de nenhuma mediação e deve ser somente bilateral. Suthep parece ter-se esquecido que essa reunião tinha sido previamente acordada (a 22 de Fevereiro) pelo seu colega de gabinete, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, e por certo a posição da Tailândia nessa reunião foi discutida e concertada em conselho de ministros onde Suthep é o número dois como sempre acontece nestes casos.
As campanhas eleitorais por vezes fazem com que os pensamentos e as palavras dos políticos sejam mais rápidos do que o que a cabeça deverá ditar.
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