Apesar dos problemas políticos e dos grandes danos que vêm trazendo ao país fundamentalmente desde 2008, a economia tailandesa continua florescente embora sejam visíveis perigos no horizonte de curto/médio prazo.
Em 2008 a acção dos amarelos do PAD obrigou à paralisação do governo durante mais de meio ano e terminou com a ocupação dos aeroportos da capital, durante uma semana o que foi um duro golpe para o turismo e para a confiança no país
Em 2009 os vermelhos da UDD iniciaram a sua "révanche" e em Abril tivemos os incidentes à volta da cimeira da ASEAN em Pattaya e alguns incidentes sangrentos em Bangkok que não só criaram problemas à reputação internacional do país como mostraram a volatilidade da situação, afugentando pessoas.
Em 2010 foi o culminar da acção da UDD e confrontações com forças militares com os sangrentos incidentes de Abril/Maio em que vieram a perecer 92 pessoas e foram destruídos pelo fogo mais de 30 edifícios no centro de Bangkok. A anarquia viveu durante mais de 120 dias na capital fazendo com que muitos dos sectores da economia sofressem fortemente com a situação para além de mais uma vez a reputação e credibilidade internacional do país terem caído fortemente.
Não foi só o investimento directo estrangeiro que sofreu foram as remessas de emigrantes e as visitas de turistas que diminuíram bastante neste longo período. De igual modo nas estatísticas e classificações nos vários índices preparados pelas agências das Nações Unidas e afins, a Tailândia sofreu fortes quedas o que normalmente se reflecte na economia de um país. Investidores estrangeiros procuram estabilidade de modo a que possam projectar o retorno dos seus investimentos dentro da normal previsibilidade e sem sobressaltos.
Tudo o que se passou no país neste últimos três anos apontaria para que a economia tailandesa estivesse a enfrentar substanciais problemas o que inclusive poderia afectar o seu tecido social e criar ainda mais instabilidade. Para além de tudo o que foi dito a continuada valorização do baht contra o dólar americano e o euro (este último na casa dos 23 % no ano passado) e a desvalorização do dong vietnamita, um forte concorrente no sector das exportações, seriam acrescidos obstáculos ao desenvolvimento das exportações elemento fundamental da economia tailandesa.
Contudo os números agora vindos a lume mostram o oposto:
Em 2008 a acção dos amarelos do PAD obrigou à paralisação do governo durante mais de meio ano e terminou com a ocupação dos aeroportos da capital, durante uma semana o que foi um duro golpe para o turismo e para a confiança no país
Em 2009 os vermelhos da UDD iniciaram a sua "révanche" e em Abril tivemos os incidentes à volta da cimeira da ASEAN em Pattaya e alguns incidentes sangrentos em Bangkok que não só criaram problemas à reputação internacional do país como mostraram a volatilidade da situação, afugentando pessoas.
Em 2010 foi o culminar da acção da UDD e confrontações com forças militares com os sangrentos incidentes de Abril/Maio em que vieram a perecer 92 pessoas e foram destruídos pelo fogo mais de 30 edifícios no centro de Bangkok. A anarquia viveu durante mais de 120 dias na capital fazendo com que muitos dos sectores da economia sofressem fortemente com a situação para além de mais uma vez a reputação e credibilidade internacional do país terem caído fortemente.
Não foi só o investimento directo estrangeiro que sofreu foram as remessas de emigrantes e as visitas de turistas que diminuíram bastante neste longo período. De igual modo nas estatísticas e classificações nos vários índices preparados pelas agências das Nações Unidas e afins, a Tailândia sofreu fortes quedas o que normalmente se reflecte na economia de um país. Investidores estrangeiros procuram estabilidade de modo a que possam projectar o retorno dos seus investimentos dentro da normal previsibilidade e sem sobressaltos.
Tudo o que se passou no país neste últimos três anos apontaria para que a economia tailandesa estivesse a enfrentar substanciais problemas o que inclusive poderia afectar o seu tecido social e criar ainda mais instabilidade. Para além de tudo o que foi dito a continuada valorização do baht contra o dólar americano e o euro (este último na casa dos 23 % no ano passado) e a desvalorização do dong vietnamita, um forte concorrente no sector das exportações, seriam acrescidos obstáculos ao desenvolvimento das exportações elemento fundamental da economia tailandesa.
Contudo os números agora vindos a lume mostram o oposto:
As exportações cresceram 28.1% para quase 200 mil milhões de US$ e a projecção para este ano é de novo crescimento de cerca de 10%. Um dos números interessantes é o registado pelo sector automóvel, um pouco em crise pelo mundo, e que apesar de todos os problemas registados com a recolha de milhões de veículos especialmente no caso da Toyota, o maior produtor "tailandês", viu o número de veículos vendidos subir 45,8% em 2010.
O sector privado tailandês tem sabido viver no meio da crise política mantendo-se equidistante dos actores em confronto, apoiando à esquerda e à direita mas seguindo em frente, e apostando na pujança do mercado asiático que fundamentalmente, no caso da ASEAN, está a ter um impulso extraordinário com a entrada em vigor do ACFTA ou seja o acordo de comércio livre entre a China e os 10 estados membros da associação do sudeste asiático. O comércio entre a China e a ASEAN subiu 38% ultrapassando os 150 mil milhões de Euros no ano passado.
Claro que há sempre um senão e apesar da sociedade tailandesa conseguir ter uma distribuição de riqueza que não é alarmante no que respeita o agravar do fosso social o aumento que se regista actualmente nos preços dos bens de consumo está por um lado a obrigar o estado a abrir os cofres para tentar manter artificialmente os preços e por outro a fazer subir a inflação para níveis que se podem tornar inquietantes.
No que respeita à política do governo de manutenção dos preços de bens essenciais abaixo do seu custo de produção, a par de outras políticas tendentes a atrair os menos favorecidos como empréstimos a longo prazo e sem juros, tal está a ter dois efeitos. Por um lado há produtores que começam a largar sectores que se tornam menos lucrativos (exemplo do óleo de palma) e por outro lado o governo já teve de recorrer a um orçamento extraordinário de 2,5 mil milhões de euros para fazer face a estes custos adicionais com o consequente aumento do deficit orçamental e as implicações futuras dessa prática de políticas populistas.
O sector privado tailandês tem sabido viver no meio da crise política mantendo-se equidistante dos actores em confronto, apoiando à esquerda e à direita mas seguindo em frente, e apostando na pujança do mercado asiático que fundamentalmente, no caso da ASEAN, está a ter um impulso extraordinário com a entrada em vigor do ACFTA ou seja o acordo de comércio livre entre a China e os 10 estados membros da associação do sudeste asiático. O comércio entre a China e a ASEAN subiu 38% ultrapassando os 150 mil milhões de Euros no ano passado.
Claro que há sempre um senão e apesar da sociedade tailandesa conseguir ter uma distribuição de riqueza que não é alarmante no que respeita o agravar do fosso social o aumento que se regista actualmente nos preços dos bens de consumo está por um lado a obrigar o estado a abrir os cofres para tentar manter artificialmente os preços e por outro a fazer subir a inflação para níveis que se podem tornar inquietantes.
No que respeita à política do governo de manutenção dos preços de bens essenciais abaixo do seu custo de produção, a par de outras políticas tendentes a atrair os menos favorecidos como empréstimos a longo prazo e sem juros, tal está a ter dois efeitos. Por um lado há produtores que começam a largar sectores que se tornam menos lucrativos (exemplo do óleo de palma) e por outro lado o governo já teve de recorrer a um orçamento extraordinário de 2,5 mil milhões de euros para fazer face a estes custos adicionais com o consequente aumento do deficit orçamental e as implicações futuras dessa prática de políticas populistas.
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