Como já muitas vezes referi as relações entre o Camboja e a Tailândia ao longo dos séculos nunca foram boas embora a história e a cultura dos dois povos se misture em muitos aspectos.
Desde a crise de meados 2008 quando o Camboja decidiu requerer à UNESCO a classificação do templo de Preah Vihearn como património da humanidade, facto que levou à queda do Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês, que a tensão se agravou.
Houve algumas trocas de tiros na fronteira, aliás o que acontece ocasionalmente quando há intrusões territoriais, facto quase que natural numa fronteira mal demarcada, acabarm por morrer duas dezenas de militares de cada lado, o templo acabou por ser fechado ao turismo, houve confrontações entre os residentes do local e manifestantes do PAD, que tomaram esta disputa como um caso de soberania nacional ameaçada, etc.
Existem mais de 800 quilómetros de fronteira irregularmente demarcados e para tentar resolver essa disputa existe uma comissão conjunta que nunca conseguiu passar do primeiro ponto da agenda que é a denominação dos locais, que embora pareça ser igual se escreve diferentemente em thai e em khmer.
De qualquer forma as disputas occoridas desde 2008 sempre foram mais provocadas por desígnios políticos internos do que por reais questões àcerca do problema. Como referi no início, esta situação existe, pode dizer-se há 13 séculos, e as populações e os países sempre assim viveram. As relações pessoais trans-fronteiriças são as da melhor vizinhança existindo famílias que se constituem com membros de um e de outro lado já que na realidade eles não são tailandeses ou cambojanos mas locais que falam a mesma língua, comem a mesma comida, sofrem as mesmas alegrias e tristezas e veneram os mesmos credos.
Desde a crise de meados 2008 quando o Camboja decidiu requerer à UNESCO a classificação do templo de Preah Vihearn como património da humanidade, facto que levou à queda do Ministro dos Negócios Estrangeiros tailandês, que a tensão se agravou.
Houve algumas trocas de tiros na fronteira, aliás o que acontece ocasionalmente quando há intrusões territoriais, facto quase que natural numa fronteira mal demarcada, acabarm por morrer duas dezenas de militares de cada lado, o templo acabou por ser fechado ao turismo, houve confrontações entre os residentes do local e manifestantes do PAD, que tomaram esta disputa como um caso de soberania nacional ameaçada, etc.
Existem mais de 800 quilómetros de fronteira irregularmente demarcados e para tentar resolver essa disputa existe uma comissão conjunta que nunca conseguiu passar do primeiro ponto da agenda que é a denominação dos locais, que embora pareça ser igual se escreve diferentemente em thai e em khmer.
De qualquer forma as disputas occoridas desde 2008 sempre foram mais provocadas por desígnios políticos internos do que por reais questões àcerca do problema. Como referi no início, esta situação existe, pode dizer-se há 13 séculos, e as populações e os países sempre assim viveram. As relações pessoais trans-fronteiriças são as da melhor vizinhança existindo famílias que se constituem com membros de um e de outro lado já que na realidade eles não são tailandeses ou cambojanos mas locais que falam a mesma língua, comem a mesma comida, sofrem as mesmas alegrias e tristezas e veneram os mesmos credos.
O assunto estava em banho maria já que havia outros mais importantes para que as forças em disputa na Tailândia se preocupassem com as relações na fronteira.
Contudo recentemente o Rei do Camboja decidiu, a pedido do seu Primeiro Ministro Hun Sen, nomear Thaksin Shinawatra como conselheiro económico do país e tudo voltou a aquecer. Desde esse momento as reacções foram crescendo de tom: houve chamada de Embaixadores com a consequente diminuição do estatudo das representações diplomáticas, acusações de um lado e de outro, etc. Do lado cambojano Hun Sen não esquece que o Ministro Kasit o acusou de ladrão da terra tailandesa quando militava no PAD e no auge da campanha nacionalista levada a cabo pelos “amarelos”. Do lado tailandês não se esquece a nomeação de Thaksin e o acolhimento que a este é dado cada vez que pôe os pés no país vizinho.
Este fim de semana Hun Sem decidiu ir visitar na região fronteiriça os templo de Preah Vihearn e Ta Muan Thom, um outro templo situado noutra zona em disputa mas “de facto” em território tailandês (província de Surin).
A tensão avolumou-se, as tropas estiveram em alerta, embora os militares continuem a tentar manter-se afastados desta polémica que é essencialmente desencadada por necessidades das politicas domésticas, mas tudo parecia ir acabar calmo. Contudo as deslocações não foram exactamente de acordo com a agenda de Hun Sem e ele decidiu falar dizendo aquilo que era impensável. O sempre conciliador Suthep disse que Hun Sem estaria furioso por não ter conseguido fazer as visitas como queria e foi essa a razão.
Foram as seguintes as afirmações que fez:
“Você (Abhisit) é um ladrão que roubou o poder. Se não acredita no que digo então convoque eleições e verá o resultado”. “ Se vier dizer que o exército tailandês não invadiu o Camboja em 15 de Julho de 2008 só espero que todas os demónios e males (que ttenha um acidente de carro, que o avião em que ele e a família viagem caía, que parta o pescoço, etc) caiam sobre si”. “Os tailandeses não só invadiram o meu país como distoceram a história chamando nomes errados a Preah Vihearn”. “Eu quero dizer ao povo tailandês que nunca antes o país esteve tão dividido a não ser desde que Abhisit é PM. As relações com os países estrangeiros são péssimas”. “Você utilizou os “amarelos” para fazer um golpe de estado e conseguir o poder”. “ Se eu uso ou não fardamenta militar (Hun Sen apresentou-se com a sua mulher ambos vestindo camuflados) não é um assunto que lhe diga respeito”
Abhisit com alguma elegância, hoje, respondeu que não tinha medo das maldições lançadas por Hun Sem e que o que o preocupava era verificar se não havia violações do território tailandês. Mesmo assim à cautela lá recebeu um amuleto que um monge de Roi Et lhe foi levar ao gabinete.
Contudo recentemente o Rei do Camboja decidiu, a pedido do seu Primeiro Ministro Hun Sen, nomear Thaksin Shinawatra como conselheiro económico do país e tudo voltou a aquecer. Desde esse momento as reacções foram crescendo de tom: houve chamada de Embaixadores com a consequente diminuição do estatudo das representações diplomáticas, acusações de um lado e de outro, etc. Do lado cambojano Hun Sen não esquece que o Ministro Kasit o acusou de ladrão da terra tailandesa quando militava no PAD e no auge da campanha nacionalista levada a cabo pelos “amarelos”. Do lado tailandês não se esquece a nomeação de Thaksin e o acolhimento que a este é dado cada vez que pôe os pés no país vizinho.
Este fim de semana Hun Sem decidiu ir visitar na região fronteiriça os templo de Preah Vihearn e Ta Muan Thom, um outro templo situado noutra zona em disputa mas “de facto” em território tailandês (província de Surin).
A tensão avolumou-se, as tropas estiveram em alerta, embora os militares continuem a tentar manter-se afastados desta polémica que é essencialmente desencadada por necessidades das politicas domésticas, mas tudo parecia ir acabar calmo. Contudo as deslocações não foram exactamente de acordo com a agenda de Hun Sem e ele decidiu falar dizendo aquilo que era impensável. O sempre conciliador Suthep disse que Hun Sem estaria furioso por não ter conseguido fazer as visitas como queria e foi essa a razão.
Foram as seguintes as afirmações que fez:
“Você (Abhisit) é um ladrão que roubou o poder. Se não acredita no que digo então convoque eleições e verá o resultado”. “ Se vier dizer que o exército tailandês não invadiu o Camboja em 15 de Julho de 2008 só espero que todas os demónios e males (que ttenha um acidente de carro, que o avião em que ele e a família viagem caía, que parta o pescoço, etc) caiam sobre si”. “Os tailandeses não só invadiram o meu país como distoceram a história chamando nomes errados a Preah Vihearn”. “Eu quero dizer ao povo tailandês que nunca antes o país esteve tão dividido a não ser desde que Abhisit é PM. As relações com os países estrangeiros são péssimas”. “Você utilizou os “amarelos” para fazer um golpe de estado e conseguir o poder”. “ Se eu uso ou não fardamenta militar (Hun Sen apresentou-se com a sua mulher ambos vestindo camuflados) não é um assunto que lhe diga respeito”
Abhisit com alguma elegância, hoje, respondeu que não tinha medo das maldições lançadas por Hun Sem e que o que o preocupava era verificar se não havia violações do território tailandês. Mesmo assim à cautela lá recebeu um amuleto que um monge de Roi Et lhe foi levar ao gabinete.
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