Nos últimos tempos o tema dominante é a grande dúvida Shakespeariana há golpe ou não há golpe.
Desde à cerca de três semanas que tem acontecido, um pouco por todo o país, uma constante movimentação de efctivos e equipamento militar de uma unidade para outra naquilo que parece ser uma reorganização da presença de efectivos e material nas várias unidades aquarteladas.
Segundo o porta-voz do Governo, Panitan Wattanayagorn, cerca de 20.000 militares serão colocados em alerta por todo o país; 13.300 no nordeste (área predominantemente thaksiniana), e 6.500 em Bangkok. À volta da capital serão organizados cerca de 200 pontos de controlo de entradas e de movimentos. De acordo com Panitan o número final de efectivos poderá chegar aos 35.000.
A UDD e o Puea Thai já vieram afirmar, e desmentir ao mesmo tempo, afirmações de que estaria em constituição um “exército do povo”, que seria comandado pelo General Khattya e que 1 milhão de pessoas desceriam a Bangkok para cercar o Parlamento e o Governo até que esse caísse. Tudo isto aconteceria por volta ou antes do dia 26 deste mês quando o Supremo decidir no caso relativo aos bens de Thaksin, cerca de 1,5 mil milhões de Euros, que poderão vir a ser confiscados a favor do Estado.
Vários Deputados e outros elementos próximos do Governo afirmam estarem a ser treinados por todo o país membros para tal exército numa operação de recrutamento massivo de pessoas.
Parece tudo um pouco surrealista inclusivé tendo em vista as recentes divergências no seio da UDD e as manifestações que agora realizam, quase que diáriamente, e ás quais somente poucas pessoas acorrem. Na passada Quinta-feira manifestaram-se junto ao clube militar na zona norte de Bangkok e não chegariam a ser 100 pessoas por relatos de pessoas amigas que presenciaram. Também no dia anterior o fizeram no Quartel General do exército e igualemente não chegaria a ser 200 o número dos presentes.
O próprio Governo que anteriormente utilizava sempre o Internal Security Act (ISA), lei que lhe permite impôr medidas excepcionais, se necessário, não tem utilizado actualmente essa medida.
Serão tudo manobras para fazer crer que existe uma fraqueza do “lado vermelho” e fazer relaxar as guarda defensiva? Será que a fraqueza existe na verdade, como as divergências vindas a lume parecem mostrar? Será que essa fraqueza pode levar a actos extremos tipo “última oportunidade”? Estas são muitas das perguntas que andam no ar neste momento.
As únicas certezas são as seguintes: existem movimentações militares (para além dos exercícios conjuntos com os Americanos); no meio militar desdobram-se as manifestações de apoio ao General Anupong (entretanto em oportuna visita aos Estados Unidos); existe grande nervosismo no sector governamental como o demonstram todas as informações daí provenientes entre as quais as do Ministro Kasit aos diplomatas, que em vez de acalmar as capitais as alarma; Suthep, há muito calado, vem afirmar estar o país pronto para garantir a sua segurança; existem as permanentes ameaças do General Khattyia ao qual ninguém consegue pôr cobro (nem ás suas constantes deslocações para visitar Thaksin); o próprio Conselho Privado do Rei saiu agora, através de um dos seus membros, a criticar aquilo que apelidam de “inacção do Governo em defender a monarquia”, etc
Entretanto o General Prem, Presidente do Conselho Privado do Rei, cujas palavras são sempre alvo de enorme atenção e expeculação, afirmou ontem que a Tailândia necessita de um líder carismático e integro (no ano passado tinha afirmado que o país estava em boas mãos com Abhisit) e que o exército continua a jogar um papel crucial no país. "Os militares têm de ter qualidades de liderança melhores do que os outros pois o seu trabalho é em favor do bem estar do povo e da preservação da paz em tempos de guerra".
Costuma-se sempre perguntar. Quem é que beneficía com este clima de aparente instabilidade? Por certo que não é o Governo que deveria estar calmo e confiante. Não são os militares que sabem bem o custo de um intervenção não desejada pelo povo. Só pode ser o “canto” Thaksin, o único ao qual a confusão poderia ser benéfica neste momento.
Fica assim mais uma pergunta no ar. Tem ainda tanta força ao ponto de conseguir fazer que os seus melhores aliados nesta guerra psicológica sejam o próprio governo e as forças que o apoiam, que vão criando rumores e factos políticos que lhes são adversos?
Entretanto Thaksin reuniu-se este fim de semana com os seus mais radicais "amigos" (foto de cabeçalho).
O pior que se pode fazer a um animal acossado e perseguido é acurralá-lo pois torna-se raivoso e assanhado e portanto perigoso. Parece que é isto mesmo que está a acontecer.
Desde à cerca de três semanas que tem acontecido, um pouco por todo o país, uma constante movimentação de efctivos e equipamento militar de uma unidade para outra naquilo que parece ser uma reorganização da presença de efectivos e material nas várias unidades aquarteladas.
Segundo o porta-voz do Governo, Panitan Wattanayagorn, cerca de 20.000 militares serão colocados em alerta por todo o país; 13.300 no nordeste (área predominantemente thaksiniana), e 6.500 em Bangkok. À volta da capital serão organizados cerca de 200 pontos de controlo de entradas e de movimentos. De acordo com Panitan o número final de efectivos poderá chegar aos 35.000.
A UDD e o Puea Thai já vieram afirmar, e desmentir ao mesmo tempo, afirmações de que estaria em constituição um “exército do povo”, que seria comandado pelo General Khattya e que 1 milhão de pessoas desceriam a Bangkok para cercar o Parlamento e o Governo até que esse caísse. Tudo isto aconteceria por volta ou antes do dia 26 deste mês quando o Supremo decidir no caso relativo aos bens de Thaksin, cerca de 1,5 mil milhões de Euros, que poderão vir a ser confiscados a favor do Estado.
Vários Deputados e outros elementos próximos do Governo afirmam estarem a ser treinados por todo o país membros para tal exército numa operação de recrutamento massivo de pessoas.
Parece tudo um pouco surrealista inclusivé tendo em vista as recentes divergências no seio da UDD e as manifestações que agora realizam, quase que diáriamente, e ás quais somente poucas pessoas acorrem. Na passada Quinta-feira manifestaram-se junto ao clube militar na zona norte de Bangkok e não chegariam a ser 100 pessoas por relatos de pessoas amigas que presenciaram. Também no dia anterior o fizeram no Quartel General do exército e igualemente não chegaria a ser 200 o número dos presentes.
O próprio Governo que anteriormente utilizava sempre o Internal Security Act (ISA), lei que lhe permite impôr medidas excepcionais, se necessário, não tem utilizado actualmente essa medida.
Serão tudo manobras para fazer crer que existe uma fraqueza do “lado vermelho” e fazer relaxar as guarda defensiva? Será que a fraqueza existe na verdade, como as divergências vindas a lume parecem mostrar? Será que essa fraqueza pode levar a actos extremos tipo “última oportunidade”? Estas são muitas das perguntas que andam no ar neste momento.
As únicas certezas são as seguintes: existem movimentações militares (para além dos exercícios conjuntos com os Americanos); no meio militar desdobram-se as manifestações de apoio ao General Anupong (entretanto em oportuna visita aos Estados Unidos); existe grande nervosismo no sector governamental como o demonstram todas as informações daí provenientes entre as quais as do Ministro Kasit aos diplomatas, que em vez de acalmar as capitais as alarma; Suthep, há muito calado, vem afirmar estar o país pronto para garantir a sua segurança; existem as permanentes ameaças do General Khattyia ao qual ninguém consegue pôr cobro (nem ás suas constantes deslocações para visitar Thaksin); o próprio Conselho Privado do Rei saiu agora, através de um dos seus membros, a criticar aquilo que apelidam de “inacção do Governo em defender a monarquia”, etc
Entretanto o General Prem, Presidente do Conselho Privado do Rei, cujas palavras são sempre alvo de enorme atenção e expeculação, afirmou ontem que a Tailândia necessita de um líder carismático e integro (no ano passado tinha afirmado que o país estava em boas mãos com Abhisit) e que o exército continua a jogar um papel crucial no país. "Os militares têm de ter qualidades de liderança melhores do que os outros pois o seu trabalho é em favor do bem estar do povo e da preservação da paz em tempos de guerra".
Costuma-se sempre perguntar. Quem é que beneficía com este clima de aparente instabilidade? Por certo que não é o Governo que deveria estar calmo e confiante. Não são os militares que sabem bem o custo de um intervenção não desejada pelo povo. Só pode ser o “canto” Thaksin, o único ao qual a confusão poderia ser benéfica neste momento.
Fica assim mais uma pergunta no ar. Tem ainda tanta força ao ponto de conseguir fazer que os seus melhores aliados nesta guerra psicológica sejam o próprio governo e as forças que o apoiam, que vão criando rumores e factos políticos que lhes são adversos?
Entretanto Thaksin reuniu-se este fim de semana com os seus mais radicais "amigos" (foto de cabeçalho).
O pior que se pode fazer a um animal acossado e perseguido é acurralá-lo pois torna-se raivoso e assanhado e portanto perigoso. Parece que é isto mesmo que está a acontecer.
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