Duas imagens tiradas hoje do Bangkok Post que demonstram o pensamento das pessoas depois de há duas noites atrás 22 APC, a definição militar para Armoured Personnel Carrier, terem atravessado as ruas de Bangkok, fazendo parar o trânsito e aumentar a factura das empresas de telecomunicações tantas foram as chamadas e mensagens trocadas pelas pessoas que queriam saber o que estava a acontecer. Ontem o porta voz dos militares deu a explicação oficial - veículos vindos do Sul em trânsito para uma província ao Norte de Bangkok para serem reparados e posteriormente enviados para o Sudão - e pediu desculpa pelo facto das forças armadas não terem informado com a devida clareza do movimento.
Pergunta-se porque o não fizeram e mais por que é que foi necessário fazer o transbordo em Bangkok e fazer circular os tanques pelas ruas da capital? Não teria sido mais simples e menos oneroso fazê-lo directamente de um sítio par o outro? Parece que sim.
As confusões no campo militar com permanentes desmentidos sobre golpes e contragolpes está agora acrescida devido a um novo escândalo que surgiu com a compra de detectores de explosivos, utilisados no Sul, que se mostram completamente ineficientes. Ontem no Parlamento um Deputado, sem que tivesse sido contestada a sua afirmação, disse que o exército os tinha comprado por um valor três vezes superior ao valor de mercado e que por certo alguém, no exército, teria ganho com a compra. Silêncio total.
Ainda está quente, embora o exército tente fazer esquecer, o "incidente" da granada atirada para o Quartel General e logo aparecem outros casos a chamuscarem a corporação.
Há quem diga que é tudo manobra das forças thaksinistas para provocarem o caos e fazerem intervir os militares. Será? Não me convence muito pois penso pouco terem a ganhar mas com a decisão sobre os bens de Thaksin congelados agendada para daqui a 4 semanas eventualmente qualquer confusão lhe possa ser benéfica.
Contudo é meu crer profundo que os militares, apesar das suas insuficiências, deficiências e problemas internos, querem levar tudo com tranquilidade até à reforma de Anhupong em 30 de Setembro.
Depois será com Prayuth e Anhupong estará já calmo a preparar o seu futuro na política ou eventualmente a jogar golf com o seu companheiro de escola militar Thaksin, o próprio.
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