segunda-feira, 25 de maio de 2009

ASEAN


A Junta Militar da Birmânia acaba de emitir um comunicado rejeitando violentamente a declaração da Presidência da ASEAN, a Tailândia, que no passado dia 18 apelou à libertação da Aung San Suu Kyi e dos outros prisioneiros políticos.

A Junta acusa a Tailândia de emitir uma declaração que não está de acordo com os princípios da associação e viola a soberania de um dos países membros.

A declaração é um facto inédito de luta política entre dois membros da ASEAN. Recorde-se que um dos principiou da associação é a de não intromissão nos assuntos internos dos estados, bem diferente da União Europeia. Contudo o assunto da detenção de Aung San Suu Kyi só com uma visão muito restrita poderá ser considerado um assunto unicamente respeitante ao estado birmanês visto ser uma clara violação das próprias leis do país para além da violação de leis internacionais algumas delas a que o próprio estado está obrigado.

Na recente cimeira da ARF em que estive presente o Delegado da Birmânia agradeceu, como já referi, aos países vizinhos, omitindo propositadamente a Tailândia, China, Índia e Laos, a compreensão para com o processo Democrático em curso (já há quase 20 anos, acrescentaria) solicitando ao mesmo tempo que se tornassem nos arautos desse entendimento perante o Mundo. A China não condenou a prisão de lutadora pela liberdade mas referiu que o processo democrático deveria envolver todas as partes envolvidas nas questões no país, numa clara alusão à exclusão a que a oposição ao regime ditatorial está obrigada.

Teremos agora de esperar pela resposta da Tailândia e ver como se seguirá o diálogo daqui para a frente no espaço ASEAN.

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